sexta-feira, 23 de abril de 2010

BANHO DE SILÊNCIO, Salve Jorge!


Hoje é dia de São Jorge! Acordei com a tradicional ‘Alvorada’. Diferentes seitas e religiões espocam rojões e bombas em toda parte, ao mesmo tempo e por vários minutos. São 5h10min, estou na janela, escutando. Este é o único sentido deste momento: escutar. Isto incomoda um pouco porque o olhar procura identificar de onde vêm barulhos tão fortes. É uma ação básica no ser humano, olhar para conhecer. Mas é inútil. De manhã não podemos identificar ‘os fogos’ como o fazemos quando observamos atividades de balões no ar, à noite. São proibidos, eu sei, mas é lindo demais! Depois de muitas tentativas, desisto e aceito ‘o escutar’. É retumbante! Meu coração parece acompanhar aqueles sons. De repente identifico outros sons. Não sei se as pessoas estão acordando ou foram acordadas como eu, mas tenho certeza que, já de pé, começam a vida, não tem jeito. Os sons se misturam cada vez mais e perdem suas identificações, inclusive de lugar. De sons pontuais tornam-se barulhos ou ruídos gerais. Se, no princípio, os sons tinham conotações religiosas, agora confundem e doem aos ouvidos. São 7h30min e começo a pensar no silêncio. Eu daria tudo por um repentino silêncio, talvez... de tudo. Um silêncio de tudo iniciaria uma renovação, será? É a minha esperança hoje. Este pensamento me leva a algumas perguntas: qual é o sentido do silêncio? É o barulho que anuncia a importância do silêncio? Qual seria a utilidade do silêncio? É estranho pensar essas coisas? Pois é, minha cabeça funciona assim esses dias... Desisto da janela, os sons diminuem e resolvo tomar um banho gelado. Dias de calor intenso, logo banhos ‘homéricos’ e gelados! Mesmo assim, mesmo debaixo d’água, de olhos fechados, penso no silêncio. Há um silêncio diferente no banho: limpeza. Banho limpa e o silêncio também: por quê? Penso em impurezas. Sei que ruídos e silêncio podem ser grandes refúgios, mas também, no silêncio do mundo, podemos ajudar o cérebro a agir com mais coerência, afinal, hoje, estamos imersos numa loucura de informações por ‘nano segundo’. Durante o banho, o corpo e a mente, sozinhos, esfriam e se acalmam. Acalmam? Bom, pelo menos, se (re)organizam memórias e emoções, segundo o Prof. Iván Izquierdo. É uma espécie de preparação para enfrentamentos no mundo porque há ruídos demais dentro e fora de nós. São ruídos complicados porque não nos dão a chance de entender e, muito menos de nos explicar. São ruídos das regras na família, na amizade, no amor, na escola, no trabalho etc. E não há separação: é tudo ao mesmo tempo agora a cada 24h de vida. Por isso, humanos anseiam pelo silêncio disfarçado em palavras como liberdade, meditação, espiritualidade, ginásticas, hobbys etc. De outra forma, ao sermos atingidos pelo som de uma fala, um gesto, uma leitura, seguramente, perdemos o direito de escolher porque tudo é avassalador e excessivo. Num click, num ato, numa situação, uma decisão, qualquer decisão, e só as consequencias serão pensadas e (re)pensadas. Mas, na solidão do banho, posso tudo, inclusive me desconectar do que ‘devo-ser’ e encontrar ‘quem-sou’, sem as restrições do contato com o Outro. É um momento temeroso, reconfortante e sedutor. Desculpem, mas o olhar do Outro agindo o tempo todo é um saco! Nos meus pés sinto passar mais do que água e sabão, mas minhas descamações cujo resultado é um grande sorriso. A água corrente continua caindo em mim e sigo aprendendo. Uma palavra a ser pensada também é autodisciplina. Como assim autodisciplina? Estabelecer hora e lugar para o silêncio das coisas? De novo estabelecer uma forma de controle? Quem sabe? Qual seria a possibilidade de escapar deste redemoinho? Enquanto procuro a toalha, penso em algumas propostas: segundo Iván Izquierdo, usar o bom senso; segundo minha amiga Marcela, abstrair-se; ou, segundo minha avó, cantar ‘babalu em grego’ e nunca parar de se/me experimentar no mundo e nos Outros. De qualquer forma, no silêncio ou no barulho, preciso de toalha, roupa limpa e um próximo passo.

SALVE JORGE!!!!

Profa. Claudia Nunes

quarta-feira, 21 de abril de 2010

NAMASTÊ interior

É tempo de despertar! Oliver Sacks e eu aceitamos esta regra: é tempo de despertar! Um tempo em que, suspeito, tomaremos, eu e Oliver, novos caminhos. Mas o passo neste sentido está em gestação. Ao olhar ao redor, o tempo tem movimentos bem mais lentos do que antes e algo nos diz ‘nada será como antes’. Mas quando? Quando o ‘antes’ será ‘agora’? Ou ainda, por onde? A expectativa cria uma angústia. Como? Onde? E os dias passam. Numa terça-feira, experimentamos outro olhar. Saímos do cotidiano e tentamos esvaziar o corpo para o ‘porvir’. Susto no shopping. Susto no metrô. Acostumados com o ambiente solitário do carro, nos submetemos a todo tipo de olhar no metrô. São mudanças de objetivos, de ponto de fuga. Nós estamos em silêncio e olhando para todos os lados. Não é medo, é gratificação: estamos no meio de todos. Em uma propaganda de rua, a palavra ‘namastê’ estampa nossa mente. Novo susto! A vida trazia uma benção. A vida saudava nossas novas aventuras no mundo real. Nós nos entreolhamos e sorrimos. Estamos felizes. No centro da cidade, nos despedimos e sigo meu caminho. Engraçada essa expressão: sigo o meu caminho. Quando eu fiz isso? O que me valeu fazer isso? Quais mudanças fazer isso me trouxe? Eu não sei, só sei que seguir era única forma de me encontrar. Cada caminho é resultado de uma escolha que dificilmente poderei me arrepender e com o qual deverei conviver, por isso, hoje, com certos cuidados, sigo o meu caminho. Ando de olhos fechados: é uma decisão. Quero sentir os sons, os movimentos e os cheiros desta cidade que não pára de me surpreender. Amo minha vida. Amo outras vidas. Amo saber que posso ser e ter outras vidas. Com amor no coração, assisto à palestra ‘Cultura – Espiritualidade: os caminhos da individuação’. Muitas sensações. Orgulho da amizade. Prazer do reconhecimento. Felicidade pela conquista do Outro. Expectativa pela passagem do tempo. Esperança de sucesso. Tudo decorre bravamente para a louvação. Mas internamente sofro. Minhas angustias são discutidas numa história, numa análise e na expressão dos conteúdos. Presto atenção, é o máximo de comportamento que me dou ao direito. Presto atenção porque, mais do que revelação, tenho a capacidade de entender que ouvia como entender meu ‘touro’ atual. Ao meu olhar, o significado ou o esclarecimento advinham de gestos fortes, tonalidade de voz sedutora, afirmativas contundentes e muitas questões oferecidas para colar em minha ‘sinistra’ individuação. Depois de Oliver, Jung me atinge e exige novas ações de vida. A platéia, incomodada, fala baixinho, lembra e chora. Como assumir a cultura do perdão como forma de nova espiritualidade? A vida já tem (ou já está em) curto prazo, então como passar borrachas em intransigências, grosserias ou indiferenças tácitas? Eu não me mexo. Como sempre, aparece o pavor de chamar a atenção. Estou imersa em mim e atrás do meu ‘touro’. Amizade é um santo remédio! Na sala, todo o mundo rodopiou, a palestra era só pra mim. Eu precisava sair do esperado, precisava descompor minha neblinas construídas, boa parte, por projeções de outros. É uma cerca com brechas, mas é uma cerca. Serei eu uma camuflagem? Ou como escutei uma vez, um blefe? Cada palavra, toque de olhar e expressão fácil montam um quebra-cabeça de ideações de superação (abandono) de minhas inseguranças e inquietações. Como não posso brincar de adivinhações, espero um novo dia sem tantos egoísmos.

Profa Ms Claudia Nunes

10 coisas que nós nao sabemos sobre o CÉREBRO

Uma coisa estranha é que nosso cérebro falha em entender o funcionamento dele mesmo! Desde o tempo dos egípcios tentamos entender como esse órgão misterioso opera e buscamos saber o que há, afinal, entre nossas orelhas.

Mas não podemos dizer que não fizemos progresso nenhum. Aliás, confira essa lista com 10 coisas incríveis que você não sabia sobre o recheio do seu crânio:

1. O cérebro humano é enorme: parece estranho dizer isso quando estamos tão acostumados com o tamanho de nossas cabeças. O peso médio de um cérebro adulto é de 1,4 quilos. Alguns neurocirurgiões descrevem a textura dele como “pasta de dente”. Mas não é uma analogia muito exata, já que o cérebro não se espalha como pasta de dente. Uma comparação mais cabível seria com tofú (queijo de soja). Ainda não está encantado com a descrição? Então saiba que, se algum dia você resolver colocar um cérebro no liquidificador quase irá conseguir preencher uma garrafa de refrigerante de dois litros com o conteúdo.

2. Mas os cérebros estão diminuindo: mas não fique convencido por conseguir encher uma garrafa de Coca-cola com seu cérebro. Os humanos de cinco mil anos atrás possuíam ainda mais massa cinzenta. Arqueólogos sabem que os cérebros “antigos” eram 10% maiores baseados em “múmias” que eles encontram ao redor do mundo. Ainda não se sabe porque os cérebros estão encolhendo, mas alguns teorizam que é uma evolução para que fiquem mais eficientes. De qualquer forma, o tamanho do cérebro não é documento – segundo pesquisadores, o tamanho não é proporcional à inteligência.

3. Nosso cérebro queima energia: ele pode representar apenas 2% do peso do nosso corpo, mas usa 20% do oxigênio do nosso sangue e 25% dos açúcares que circulam no organismo. A hipótese aceita para os cientistas é que a evolução do cérebro foi causada por mudanças climáticas, competição social e uma dieta baseada em carne (já que os nossos ancestrais precisavam caçar seu alimento).

4. Rugas nos tornam mais espertos: qual é o segredo da inteligência dos humanos? Acredite ou não, a resposta pode ser algo tão improvável quanto rugas! Mas não estamos falando dos pés de galinha de sua tia e sim de fissuras cerebrais chamadas de sulcos. Elas ficam no córtex cerebral – região que contém cerca de 100 bilhões de neurônios. Como o cérebro é enrugado ele tem mais superfície em um espaço menor, o que gera a possibilidade de termos mais neurônios mesmo em uma área menor.

5. A maioria das células do cérebro não é de neurônios: aquela história de que usamos apenas 10% da capacidade de nosso cérebro é balela, mas estudos mostram que 10% é o número de células do órgão que são neurônios. Os outros 90% são de glia (que significa cola, em grego). A glia seria um material que une os neurônios, mas estudos recentes mostram que ela pode ser muito mais – elas podem modular o crescimento e o funcionamento das sinapses, além de oferecer proteção para elas.

6. O cérebro é um clube exclusivo: ele também tem seguranças na porta, para que nem todo mundo possa entrar. Células do sistema sanguíneo do cérebro só deixam proteínas e substâncias necessárias entrarem. O problema é que isso não funciona só como proteção. Muitas vezes importantes medicamentos são mantidos fora do cérebro quando deveriam ser absorvidos por ele.

7. O cérebro começa como um tubo: o cérebro começa a crescer cedo. Três semanas após a concepção uma camada de células embrionárias forma o tubo neural. É só no terceiro trimestre de gravidez que o cérebro do feto começa a se parecer com um cérebro normal.

8. O cérebro dos adolescentes não está completamente formado: e não é conversa de pai careta. Parte da atitude rebelde dos adolescentes vem do fato que o cérebro deles ainda está em formação. Algumas mudanças dramáticas acontecem na parte frontal do cérebro, responsável pela opinião e pelas decisões.

9. Eles nunca param de mudar: o cérebro é uma metamorfose não-ambulante. Quando ele alcança a idade adulta ele não para de se desenvolver, por que isso significaria que você não pode fazer mais nenhuma conexão neural –ou seja, não poderia aprender. Como estamos aprendendo todos os dias, o cérebro também muda um pouco todos os dias.

10. Mulheres não são de Vênus e homens não são de Marte: é óbvio. O que queremos dizer é que os cérebros de homens e mulheres não são muito diferentes. Os hormônios de cada organismo afetam o desenvolvimento do cérebro de alguma forma (mulheres são mais sensíveis e homens mais estressados, por exemplo), mas o efeito do sexo no comportamento é muito pequeno – próximo a zero, de acordo com uma análise da Associação dos Psicólogos dos EUA.

Fonte: http://hypescience.com/10-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-cerebro/

domingo, 18 de abril de 2010

Palestra: CULTURA - ESPIRITUALIDADE

Palestra: CULTURA - ESPIRITUALIDADE: O caminho da Individuação

Profa Ms MARIA CRISTINA URRUTIGARAY
Psicologa, Analista Didata da Associação Junguiana do Brasil,
Arteterapeuta, Membro da IAAP

Endereço: CLUBE NAVAL - Av. Rio Branco, 180, 5º andar
                Centro - Rio de Janeiro

Data: 20/04/2010

Horário: De 14h às 16h

Entrada GRATUITA

NÃO PERCAM!!!!!!!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Culpada? Nossa eterna ATARAXIA!


Depressão é nosso ‘mal do século’! Nós desconsideramos nossas limitações e diante de um susto como as últimas chuvas no Rio de Janeiro, ficamos frente a frente com nossa imensa fragilidade. Para além do corpo, encaramos a certeza de uma fragilidade com muitos adjetivos: social, política, psicológica, comportamental. É triste... Foi triste... Está sendo aterrador...

Segundo Manzano (2010), o filósofo Pascal inicia uma busca entre emoção e razão, mas, na prática, o que vimos e o que vemos é uma profunda indiferença, um profundo descaso sobre a Natureza e seus desígnios, por princípio. Mantemos um olhar firme sobre os próprios pés e afins. Caminhamos acreditando que conceitos como ética, moral, verdade, cuidado e respeito não têm praticidade e nem trazem bens materiais ou conforto financeiro. Daí não prestarem para nada. Logo, em nossa pretensa ação de visibilidade procuramos o estrelato e não qualquer aglomerado de asteróides.

Diante de nosso raciocínio plasmamos em nossa genética a idéia de que temos (ou podemos ter) respostas para tudo porque tudo só existe a partir da nossa existência. É muito abuso! Com essa idéia, cada vez menos nos sensibilizamos ou exploramos nossa inteligência a serviço da cooperação, colaboração ou solidariedade no cotidiano.

A sociedade em geral reclama das desigualdades. Os detentores do poder político discursam textos amplamente subjetivos. As instituições mais importantes como família e religião apresentam-se com diversos antolhos. Logo, no barco que nos carrega pela vida, estamos seqüestrados de atitudes transformadoras do real porque nos falta ferramentas como articulação, reflexão, entendimento, conhecimento e pensamento sobre passado, presente ou futuro das próprias comunidades e da sociedade.

Como aconteceu ao Titanic, a humanidade imerge num grande caos com velocidade. Não há nada previsto por Nostradamus ou no Apocalipse, não se enganem, sofremos as conseqüências das ações da própria humanidade e o melhor que podemos fazer é nos aterrorizar e entristecer diante dos acontecimentos. Manzano (2010) afirma que ‘nunca se desprezou tanto a questão afetiva’ e ele tem razão. Até nossas doenças tomaram outros rumos e ganharam novas nomenclaturas, como depressão, síndrome do pânico etc. No bojo disto ainda convivemos com ‘friezas, superficialidade nas relações interpessoais, estresse’, o que, de acordo com Manzano (2010), são ‘sinais de uma sociedade doente emocionalmente’.

Por que será? Porque nos percebemos ao relento de qualquer qualidade de vida. Porque fomos obrigados a assumir nossa incompetência organizacional. Porque estamos sendo ceifados da Terra às dezenas a cada minuto do relógio. Desta forma, ‘as pessoas, cada vez mais se isolam e se sentem cada vez mais sozinhas’. Desta forma, só as hecatombes (terremotos, aguaceiros, avalanches, por exemplo) nos despertam de um crescente ‘embrutecimento e insensibilidades atuais’ e nos convocam a reconhecer a presença do Outro como um ser em necessidade e/ou como espelho de nossas próprias incapacidades.

Quando fomos iluminados por uma genética que nos fez pensar, solucionar problemas e criar; quando fomos presenteados com habilidades mutantes e competências híbridas em meio às tantas relações/redes que construímos; também deveríamos entender (e aceitar) que somos incompletos, inconstantes e que ainda não chegamos ‘ao ápice de nosso desenvolvimento’. Esta seria nossa atitude de sucesso/salvadora, porque envolveria ‘o reconhecimento de nossa limitação’ e nos ajudaria a ‘repensar nossa existência’.

A sensibilidade de hoje é inócua, desculpem. Ela será sobrepujada (já está sendo) por novos dias com mais sol, seguidos de novas (outras) notícias como Copa do mundo, Olimpíadas, Eleições, Corrupções, assassinatos torpes dentro outros. Neste ínterim, as comunidades atingidas abruptamente pelas avalanches de terra continuarão soterradas em problemas e por promessas ambíguas ou irrealizáveis, porque aproveitando Manzano (2010), estamos nos renovando dentro de um estoicismo exacerbado, ou seja, dentro de uma ‘grande indiferença quanto aos diversos problemas da vida, o que eleva a grandiosidade do homem, que uma vez pautado pelo seu lado racional, pode se sentir ileso a qualquer problema de vida’. Então, ‘o máximo que temos é uma relativa comoção que não se aprofunda’ porque seu acontecimento tem limites.

Em tempos de religações intensas com o astral, os deuses ou Deus, a culpada das nossas mazelas pode ser nossa indiferença (‘no grego, chamado ataraxia – ausência de preocupações, impertubalidade’). Descartamos do processo o entendimento e solução dos problemas, a emoção, como se esta pudesse nos levar a recantos e situações sem perdão.

O estoicismo e Rene Descartes criaram uma marca profunda em nossa massa encefálica e em nossa memória: de um lado, a razão; de outro, a emoção. Com isso ‘esfriamos a cabeça’, tendemos a acreditar que sucesso e conquista acontecem quando ‘colocamos a cabeça no lugar’. Uma pena..., pois, com isso nos desconectamos da verdadeira solidariedade, aquela que se faz todo dia, aos poucos, mesmo aos desconhecidos e sem olhar a quem.

O jogo de desvalorização da vida precisa ter um fim. Tanta racionalidade, criatividade, tecnologia, leis e ainda menosprezamos todo e qualquer capital intelectual e humano instalado ao nosso lado todos os dias. Há um ‘mecanicismo no qual os próprios seres humanos caíram’ e agora não há escadas para voltar, tendo em vista que ‘nunca se acreditou tanto na superioridade do homem’.

Diante dos fatos ocorridos em São Paulo, Santa Catarina, Rio de janeiro e, agora, Salvador (além do Haiti e China) observou-se o quão de lado estão os homens, seres humanos, que não tiveram a oportunidade de desenvolver o mínimo de sua capacidade racional; e, por conseguinte, mesmo com tantos avanços, o quanto a humanidade não se superou em termos de ‘problemas básicos, como a fome, o analfabetismo, a distribuição desigual de renda entre outros’.

O que se grita, no século XXI, é por equilíbrio, ou algo que, pelo menos, funcione como referência tranqüilizadora às diferentes populações; algo que alcance a imaginação coletiva como zona de conforto em situações de revés, por hábito. Eu acredito que este algo seja o ACESSO. Acesso com mínimos limites ou recortes. Acesso à informação, aos direitos, á cultura e lazer, aos estudos, à saúde. E, principalmente, por agora, o acesso á morte e moradias dignas e sem estampamentos nas páginas dos jornais.

Estou chateada. A humanidade fede!

Referência:
MANZANO, Rodrigo dos Santos. Por um resgate da sensibilidade. Filosofia, Ciência & Vida, nº 45, ano 2010, p. 18-26.

Profa Ms Claudia Nunes

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DUAS IDADES

Hoje eu estava pensando em relacionamentos. Engraçado né? Todo mundo quer independência, mas quase todo mundo deseja parcerias de vida... e parcerias de vida inteira! Desde cedo, há todo um esquema social montado ou pré-moldado para o acontecimento de determinados eventos de vida. Estou dirigindo pela orla do Flamengo e vejo, passeando, diversos casais arrulhando como pombos. Interessante é que se você se aproxima tem a nítida sensação de que ou o amor tem limites, ou não há peles compromissadas. Os olhares estão turvos e o calor das ações são realizadas com pouquíssimos encantamentos. Não me interesso mais por questões de gêneros, acredito no bem estar, mais do que na felicidade. Então, por que as pessoas aceitam ficarem juntas apesar de qualquer coisa? Não sei, nada me vem à memória. A idéia parece ser curtir, ficar, namorar. Ambos de alguma maneira confiam desconfiando, mas seguem de mãos dadas pelos dias supondo o próximo prazer. Meses ou anos tornam-se tempos que não refletem estabilidades a ninguém, mas o ideal é TER alguém. Parei e estacionei numa praça com carrocinhas de sorvete. Estou com um dilema: o que essas pessoas sentem? Onde apontar a emoção da paixão? Difícil... Um casal de idosos chama a minha atenção. Ela chora. Ele olha para o nada. Ela olha para dentro. Ele olha para o outro lado. Ficam ali, sentados, sem reação, mas abraçados e se amparando. O que será que aconteceu? Eu precisava saber: o que será que houve? Imaginei: depois de anos, eles descobriram novidades do corpo e da mente. Nas peles enrugadas e nos cabelos em neve, todo o esforço para construir uma história. Foram amantes de outras pessoas e, na ponta da vida, se comunicam, dialogam sobre o que não puderam ser. Suas histórias hoje causam dramas esquisitos. Eles não se conheceram nunca? O que teria acontecido? Orgulho? Vingança? Esperança? Solidão? Os velhos choram uma vida de esguelha. Do meu banco, eu via um rito de passagem para o mundo real. Discretamente, levantei e me aproximei. Ao invés de triste, eu estava empolgada com a possibilidade de saber. É infantil, bobo, cruel, mas por que não? Escuto uma última frase: ‘... volte a pensar em nossos filhos...’ Era uma decisão? Era um lamento? Era um pedido? Dois idosos sofrendo os desagradáveis efeitos de uma vida sem ternura. Dois idosos repensando seus pontos de contato. Dois idosos pensando em (re)proteger seus desejos e pensamentos com novos recursos ou disfarces. Todas as pessoas utilizam seus imaginários para suspender suas crescentes frustrações ou depressões. Seus sonhos ganham existência como defesa. Tal e qual uma bengala, os dois idosos são personagens em vôo alto, muito alto, de um mundo que se esqueceu do ritmo das idades e suas formas de envolvimento. Sinto uma tristeza absurda. Do nada, um sorriso compreensivo do homem ‘acarinha’ o meu coração. Seus braços entornam o corpo da mulher como se tocasse algo luxuoso demais. Levanto, saio e penso, ‘ninguém pode satisfazer ninguém plenamente’. Oh imaginação!

Profa Ms Claudia Nunes

terça-feira, 13 de abril de 2010

A geração Y na mira do Marketing

Por Marcus Calliari
http://www.focoemgeracoes.com.br/index.php/2010/04/12/a-geracao-y-na-mira-do-marketing/

O jovem de hoje é nitidamente mais falado do que o das outras gerações. Tornou-se pauta de reuniões corporativas, alvo de milhões de campanhas de marketing e motivo de estudos desenvolvidos no mundo todo. Por causa dele, empresas estão se especializando, enxergando a necessidade de adequar seus produtos e de, até mesmo, mudar seus modelos de gestão.

A agência Namosca é exemplo disso. Especializada em marketing para jovens, pesquisa diariamente sobre as tendências da nova geração, que está determinando mudanças representativas no mundo corporativo. E para entender um pouco mais de tudo isso, o Foco em Gerações foi falar com Marcos Calliari, um dos sócios da agência, que está há mais de 15 anos nos segmentos de marketing e negócios.

Formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), com MBA na USP e na INSEAD (França), e atual professor do MBA do Ibmec, Calliari fala com propriedade sobre seu novo e tão falado cliente: o jovem.

Você trabalha numa empresa focada em marketing para o público jovem. O que você acha que muda na forma de se trabalhar para este público? Que método utilizam para entender esse comportamento?
A comunicação com o jovem de hoje é diferente de tudo o que sempre foi feito em estratégia mercadológica, em termos de forma e conteúdo. É uma geração com diversas especificidades e idiossincrasias, e acho que a principal mudança é que não há mais fórmulas prontas. Cada projeto é completamente diferente do outro e demanda aprofundamento específico, o que não é habitual nas agências tradicionais. Outro ponto importante é a necessidade de estar presente não apenas em um canal de comunicação ou ponto de contato. Assim como essa geração está acostumada a lidar com muitos estímulos simultaneamente, as organizações que querem falar com ela também devem considerar essa multiplicidade.

O ponto de partida deve ser o conhecimento profundo do público com o qual você deseja interagir. É preciso entendê-lo, saber o que pensam, o que os influencia, o que fazem, o que não respeitam. Apenas a partir desse conhecimento, que é conseguido por pesquisas de mercado, observações etnográficas, encontros periódicos com jovens líderes em suas áreas de atuação e de muita convivência com o target, é que podem vir as propostas e ideais.

A sua palestra no TEDX tinha como temática “O que influencia os jovens.” Dessa forma e diante de sua experiência, o que você acredita que influencia primordialmente o jovem de hoje? Você fala bastante dessa geração conhecida como Y. Do seu ponto de vista, como é possível definir uma geração?
A abordagem geracional evidentemente não propõe que todas as pessoas nascidas em determinada época sejam iguais. Mas sugere que todas são submetidas a uma série de influências conjunturais e de relacionamento com as demais gerações que certamente servem para contextualizar seu desenvolvimento e sua vida. Entender essa abordagem é uma ferramenta riquíssima para a compreensão dos rumos e atitudes dos grupos ou mesmo dos indivíduos. Em nossa experiência, o que vemos é que das muitas influências que agem sobre o jovem de hoje (o imediatismo, a falta de resiliência, a inclinação para o questionamento, a vontade de ser ouvido, a segurança e otimismo, por exemplo), poucas exercem influência nos indivíduos a ponto de alterar seu comportamento e ditar crenças. Isso garante que temos pessoas completamente diferentes entre si, mesmo estando dentro de um mesmo espectro de influências geracionais.

Você falou na importância das empresas se reinventarem para receber essa geração. O que acha que falta para as empresas poderem se adequar a este novo profissional?
As bases do modelo corporativo que perduram até hoje foram desenvolvidas em fundações que são intensamente questionadas pela nova geração. Horários rígidos, hierarquia, falta de autonomia, tarefas individuais, são algumas das premissas de difícil aceitação por jovens que cresceram com características diferentes dessas. Para muitas das empresas, portanto, a nova geração de profissionais pode trazer mais problemas do que soluções, já que inevitavelmente testarão seus limites dentro das organizações. Se as empresas aceitarem que algumas das regras podem ser mudadas sem sacrifício da cultura ou dos resultados da empresa, maior será a probabilidade de que esses novos profissionais, que são extremamente bem preparados em termos de formação e pró-atividade, tragam ainda melhores resultados e sintam-se cada vez mais motivados.

Por que você diz que essa geração não tem medo de mudança? O que trouxe esse novo comportamento?
Inegavelmente as mudanças acontecem muito mais rapidamente, sejam elas de cunho político, informativo ou cultural. Essa geração cresceu com uma velocidade de vida maior, portanto mais adaptada às mudanças.

Você afirma que essa geração quer se divertir, busca isso no seu dia a dia e mesmo no trabalho. Por que acha que isso acontece mais do que nas outras gerações?
Essa é uma geração que não perde tempo com tarefas pelas quais não se interessa. Em função da velocidade com que esses jovens acessam estímulos e pela quantidade de ações simultâneas que empreendem, certamente, aquelas atividades que sejam capazes de engajar o indivíduo serão preferidas.

Como é possível promover a interação entre as diferentes gerações, principalmente no ambiente de trabalho?
Esse é o maior desafio organizacional do começo do século, e objeto de muita discussão e estudo. Mas o primeiro passo certamente deve passar por uma flexibilização de processos e meios de interação por parte das empresas, revendo a metodologia de trabalho, progressão de carreira e incentivos.

Sabe-se que a geração Y já compõe grande parte da força de trabalho nas empresas, assumindo, inclusive, cargos de liderança. Você acredita que essa geração possui maturidade e expertise suficientes para ocupar tais funções?
Impossível generalizar, há indivíduos que estão preparados e outros que não estão. O que parece claro é que o estilo de liderança exercido por esses novos profissionais será muito diferente do usual – muito mais flexível, incorporador, agregador e focado em resultados.

Tags: Geração Y, líderes, Marcos Calliari, Marketing, tendências
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sábado, 3 de abril de 2010

DICAS 100 ERROS gramaticais mais comuns

Dicas - 100 erros mais comuns

http://www.graudez.com.br/portugues/dicas_100_erros_mais_comuns.htm

Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior freqüência, merecem atenção redobrada. Veja os cem mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles.

"Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

"Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

"Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

"Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

"Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

"Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

"Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

"Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.

Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.

O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.

Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).

Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.

Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.

Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.

"Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.

"Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.

Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.

Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.

Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.

Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.

Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.

"Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.

Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.

A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).

Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?

"Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.

O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.

Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.

"Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.

A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.

A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.

Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.

Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.

Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.

"Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.

Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.

Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.

Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.

Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.

Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.

O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.

As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.

Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me").

Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.

Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.

A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.

Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.

Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.

Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.

O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.

À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.

Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).

Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.

A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)

Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.

Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.

Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.

Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.

"Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.

Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.

Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.

Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").

Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).

A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.

A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.

Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.

Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.

Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.

Ninguém se "adequa". Não existem as formas "adequa", "adeqüe", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.

Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc.

Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê", etc.

Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.

O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.

A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...

Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.

Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.

"Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.

A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).

Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).

O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.

Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.

"Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).

A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").

O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.

"Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.

A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.

É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...

Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").

Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.

A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.

"Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias...

Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.

"Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.
 
Espero ter ajudado rsrsrsrs
Profa. Ms. Claudia Nunes

JORNADA NEUROCIENTÍFICA - Profa Dra Marta Relvas

Programa de Atualização em Neuropsicopedagogia Aplicada

Profa. Dra. MARTA RELVAS - Aguarda você para Jornada Neurocientífica:
RECONHECENDO O CÉREBRO HIPERATIVO E RECRIANDO ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS NA SALA DE AULA.

Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, Professora de Neurociência e Aprendizagem Escolar.

CONTEÚDO:

. Conceitos de Transtornos, Dificuldades de Aprendizagem e Comportamento.

. Bases Neurobiológicas e Neuropsicológicas do cérebro hiperativo.

. O portador de hiperatividade e suas outras eficiências na sala de aula.

PÚBLICO: Profissionais da Educação.

LOCAL: RUA CONDE DE BONFIM 255 (AUDITÓRIO)
(Próximo ao Metrô da Praça Saens Pena) - Rio de Janeiro

DATA: 11 de maio de 2010

HORÁRIO: 18h30min às 21h30min

INVESTIMENTO: R$60,00 (PROFISSIONAL) e R$48,OO (ESTUDANTE).

INSCRIÇÕES e maiores INFORMAÇÕES pelo email:
neuropsicopedagogiaaplicada@gmail.com

DIVULGUEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

ALBERTO e sua memória

Num congresso de neurociência, Alberto aguardava ansioso seu horário de apresentação. Anos de estudo, vários livros, e agora sua apresentação. Por causa de sua avó materna, tornou-se um estudioso da perda da memória humana. Suas mãos estavam geladas. Olhava ao redor e se deparava com suas referencias bibliográficas. Seria ilusão? Aquele espaço era seu? Não tinha mais família. Dependia emocionalmente de sua maritaca a mais de 14 anos. Nos dias do congresso, teve encontros estonteantes: muitas novidades em sua área, porém nenhuma mulher em sua cama. Na juventude foi chamado de nerd, mas agora perdera o sentido. Afetivamente seu cérebro escolheu um foco: o desenvolvimento mnemônico científico. Aprendera que por tentativa e erro, a possibilidade de acertos crescia em progressão. Mas diante da porta do auditório, sentia dores mentais: era um ser invisível ao gosto feminino. Outra dor: o trauma desta descoberta. Múltiplas regiões de seu cérebro são alcançadas por feixes altamente nervosos, afetando a circulação e o funcionamento do sistema nervoso. Alberto treme. Alberto tem taquicardia. Alberto suspira profundamente. Alberto precisa descansar. Perto, um banco salvador. Ele ainda tem alguns minutos. Que sintomas são esses? Sua cervical está latejando. Seria isso (des)paixão? O tempo não lhe dá permissão para se superar e, na véspera da prazer, ele vive um tormento. Devia experimentar mais? Devia SE experimentar mais? Não sabe... Há modelos que possa seguir? Modelos devem ser seguidos? Não sabe... Diferente dos seus camundongos do laboratório, ele não se recupera facilmente do choque. O que comera de manha? Seu professor dizia "uma dieta rica em gordura e baixa em carbohidratos afeta qualquer taxa de recuperação!' Será isso o que acontece com ele? Ele precisa de tempo. Ouve os aplausos no auditório. Sua vez está próxima. Como acalmar a respiração? Ele não podia estar descomposto agora. Ele não podia se descompensar agora. A porta se abre e um brilho absurdo atinge seus olhos. De um lado, um auditório lotado; de outro, de passagem, as mulheres da sua vida. O que fazer? Tal e qual as células-tronco, ele está isolado, o que evita o surgimento das sensações desagradáveis do amor, do afeto e do carinho. Levanta vagarosamente. Lembra do tanto de alunos e professores ansiosos por ver o ‘filho pródigo’. Sem perceber, sua recuperação se realiza pela própria plasticidade neural da medula. Pela corrente sanguínea, um manancial de células, responsáveis por múltiplos movimentos compensatórios do organismo, adicionam mais coerência às suas emoções. Alberto se levanta e experimenta sorrir. Uma atendente, a muito e ao longe observando aquela figura de movimentos estranhos, em frente a porta do auditório, se aproxima delicadamente e segura sua mão com coragem: "Podemos?". Noradrenalina direto no corpo. Sem olhar para o lado, Alberto aceita a reorganização das suas redes neuronais, em meio às suas memórias a tanto tempo estocadas e cujos teores reverberam em uma felicidade corporal intensa. Abrem-se as cortinas e o amor diz sim a uma vida plena. Aplausos...

Profa. Ms. Claudia Nunes

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...