sexta-feira, 26 de junho de 2009

INFÂNCIA: recuperada pela perda



Morreu Michael Jackson! Morreu Farrah Fawcett! Depois de um dia vagando pela cidade à procura de amigos e festa, volto para casa e tenho o cérebro chacoalhado. Uma dor muito grande! Avós, cheiros, musicas, brincadeiras, sorrisos, celebrações, tudo vem à tona! Sabemos que, fisicamente, tudo acaba, mas o que fazer com esse momento? Michael representa minhas melhores leituras, silêncios, brincadeiras com os primos e primeiro beijo num clube de subúrbio. Num fundo escuro de um clube em Jacarepagua, aconteceu meus primeiros 'passos na lua', nas relaçoes, nas angústias, nas decisões. Michael e Farrah ampliaram meus horizontes afetivos.
Fiquei olhando e escutando as noticias à noite toda querendo saber como pode um ícone pulverizar-se repentinamente sem me preparar. Egoista mesmo, eu nao entendi meus sentimentos: triste pelas pessoas, raiva pelos que ficam, sei lá... Confusão!

Musicas e imagens de uma adolescencia privilegiada pelas viagens literárias organizadas pelo ritmo e pelos sentidos. Além do cérebro, o coração de todos foi acelerado por mais de 50 anos, mas hoje nao tem rumo. Ícones realmente adoecem, realmente desaparecem e realmente destoam as trilhas sonoras de nossas lembranças. Hoje estou meio boba.

Sonhei com meu pai e eu nao podia dizer que ele nao podia estar em minha cozinha fazendo 'muqueca'. 'Inacredito' de tudo o que aconteceu. Michael, rapaz, doente, sofrimento, sucesso, infantil, sozinho, pára o próprio coração quando feliz. Farrah, bonita, bonita, bonita, perde a luta para um ingrato e sorrateiro mal, mas feliz porque realizou seu 'love story'.

E eu aqui com desejos por realizar, lembrando mais do que nunca e imaginando o que seja viver 'felicidade'. Que ambos sigam o caminho da luz divina e encontrem a paz do sentir.

Abraços Profa. Ms. Claudia Nunes

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta sensação eu também senti... Não que eu considere os artistas eternos (na verdade eu nem os considero celebridades), mas por minha infância e, por consequência, a realidade.

Sim! Nossos ícones da juventude estão partindo e com eles nossos familiares, parentes, amigos...

Processo natural da vida, que vem a tona quando somos confrontados com a verdade: estamos só de passagem.

Beijos, Silvia

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...