sábado, 19 de dezembro de 2020

Tempo dos POBRES DE ESPÍRITO (07.08.2020)

Um tempo de pobreza de espírito. Um tempo dos ‘sinistros de sangue’, pobres de espírito. Para pessoas assim, silêncio e muita atenção. Pobres de espírito e ‘sinistros de sangue’ são dinamite acesa embaixo do equilíbrio emocional alheio. Eles têm energias confusas e conflituosas, com capa de ‘bom mocismo’. Eu só observo e nem sei por onde começar. Aliás nem vou começar porque meu caminho é outro e minha disposição NENHUMA! É uma desilusão em cima de desilusão e eu não posso ter coração fraco e mente inútil. Eu tenho um histórico profissional que não me deixa fingir demência por muito tempo. Por causa disso, nada mais existe no ‘reino da Dinamarca’ familiar. Leoninos são assim: não gostam de mudar ou ‘deixar para lá’; mas quando tomam uma decisão, no caso, impelidos pela ingratidão sinistra, o descarte é sem dó ou piedade.

Ainda assim, os pobres de espírito transitam para lá e para cá, em modo avião. São o que são, mas estão desconfiados. As escrituras dizem que são dos pobres de espírito, o reino dos céus. Sinistros de sangue, pobres de espírito, acreditam nisso e forjam um mundo cheio de farsas religiosas, dentro de uma escrita com sérios problemas gramaticais. Mas como assim ‘reino dos céus’? No mundo dos homens, a leitura não é essa. No mundo dos homens, ‘aqui se faz, aqui se paga’. No mundo dos homens, ‘aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei’. Fazer o que né?

Pobres de espírito tem e causam emoções que deturpam tranquilidades ou prazeres. De repente, mas momentaneamente, eles têm esse poder. É uma loucura. Só que não devemos aceitar isso com facilidade. Na surpresa, há um choque; mas a surpresa sempre faz cola com outros sentimentos, daí é a hora do raciocínio e das posturas mais radicais. Por que? Porque pobres de espírito tem limites visuais; são infantis; vivem do passado; não observam nada além do umbigo; não são empáticos ou o são por interesse; se acreditam ‘malandros’; tem a ilusão de conhecimento; são inseguros e frágeis; ignoram família ou afetos; são ingratos conscientes; são opacos emocionais; não tem humildade; são vazios de argumentos; são marionetes; são apegados a eles mesmos, por isso invejam os outros; mentem que nem sentem; usam pessoas e coisas; descontrole é sua característica real; vendem laços de família por dinheiro ou quaisquer outros bens materiais; são narcísicos; são um grande blefe humano com necessidade de afetos infantis que nunca terão. O que fazer, então, com os pobres de espírito? Não importa. Eles vivem o vazio de sempre, agora. Não há futuro superável para eles. Vivem as consequências dos próprios atos ao longo da vida e, por isso, ‘só dão o que tem’ e estão corrompidos pelos vícios sem herança.

Por essas e outras que o decantado ‘perdão’ ou ‘desculpas’ é fogo de palha daqueles que preferem o ‘politicamente correto’, ao invés da verdade. Quando a morte chegar, não mais adiantará chorar pelo tempo perdido ou pela ignorância das percepções. A proteção e os ouvidos desaparecerão. Sete palmos de terra vão selar o arrependimento e um distanciamento definitivo. Eles vão selar sua solidão. Mas os pobres de espírito, sinistros de sangue não pensam nisso ou assim. Eles se blindaram em seu mundo fantástico e absurdo, e se acreditam dentro da série ‘os coitados’. Vamos ter atenção, nunca pena. Pobres de espírito, sinistros de sangue, não merecem nem isso, já que o livre arbítrio é para todos.

Lendo vários textos aqui, eu me deparei com a Síndrome de Peter Pan. Essa é a base dos pobres de espírito, sinistros de sangue, crianças que, mesmo depois de adultas (se recusam a crescer) e mantem comportamentos infantis (imaturidade emocional). Pois é. É isso. Pobres de espírito, sinistros de sangue, vivem em um mundo de fantasia, presos na Terra do Nunca, impossibilitados de viverem a vida adulta com tranquilidade ou em parceria.

Hoje eles estão diante da perda iminente da sua segurança e agem por pavor. O corte umbilical acontecerá independente de sua vontade. E eles têm medo! Nesta emoção, se desgovernam, inventam histórias mirabolantes sobre si mesmos e agem reativamente, sem perceberem que perderão, não somente, parte de sua genética; mas todo um território de afago, de escuta, de ajuda, depois que a realidade se impor.

Sentada, perto da janela, tomando meu vinho e olhando uma vida em suspenso, seguindo seu fluxo para outra dimensão, gradativamente, penso o seguinte: a PROTEÇÃO está acabando para todos. Uns vão se organizar para viver apesar de, com uma dor enorme e a respiração em suspenso toda manhã, fazendo coisas certas e outras nem tanto; outros, como os pobres de espírito sinistros de sangue, vão aumentar o nível de sua fantasia de realidade, recrudescer seus vícios internos, usurpar o que puderem, observar o compromisso como obstáculo e se esconder atrás de desculpas toscas, fazendo coisas certas e outras nem tanto.

Estou sem tempo para brincar de viver...

 

Prof.ª Claudia Nunes (07.08.2020)

 

Uma noite com o 'INDEVIDO'... só uma noite... (22.07.2020)

Há algumas noites que se apresentam sem estrelas. Noites de turbilhão, insegurança e negatividade. Então é preciso deixar fluir tudo isso para não sustentar o indevido. Nada indevido se sustenta numa mente harmônica ou com a consciência da presença deste indevido. Nesse fluir, portas emocionais são abertas. Não há opção. Ficar melhor ou sustentar o autoconhecimento exige portas abertas, mesmo diante de uma ‘surpresa ruim’. É acesso, reconhecimento, limpeza e uma próxima vez.

Nesse instante, o indevido se movimenta com vigor. De tanto tempo guardado, o indevido nem sabe que vivo está ou quais caminhos tomar; ele apenas quer o luxo da liberdade oferecida e perturbar. Sim, o indevido tem uma característica clara: ele perturba. Nem dá tempo para se sentir empatia por ele; ele perturba as emoções e desorganiza o florescer das ligações ritmadas de pensamentos mais calmos ou compreensíveis, pelo menos, para que durmamos bem.

O tempo passa, mas não ajuda, afinal foi uma decisão deixar fluir as emoções e abrir as portas. Alguns dirão: aprendizagem. Outros dirão: autoconhecimento. Outros mais: liberdade. Tanto faz. O contato com as perturbações do indevido convocam sentimentos protegidos e bem controlados a serem invadidos e destravados. E um deles, é o desprezo.

Que susto? Logo nós, desprezando? É. E é ruim. Ruim demais sentir desprezo. Este sentimento é uma forma de esquecimento dolorido e humilhante. Mas também uma proteção sensorial; uma salvaguarda. Só que, diante do sentimento de desprezo, muitos outros se aproximam, como a recusa, a vergonha, o estresse, o descontrole, a ansiedade e, talvez, a raiva e a tristeza. É o indevido perturbando e tentando fazer morada.

Em alguns casos, ‘quem despreza tem a clara intenção de humilhar o outro’. Tudo bem. Diante do livre arbítrio e uma porta aberta, tudo é possível. E o indevido segue perturbando; segue abrindo feridas e algumas verdades. E a noite se aprofunda... Dor e alívio na mesma intensidade. Na psicologia, afirma-se que o desprezo é uma emoção letal. É o indevido tendo a capacidade de fazer uma rave, junto às outras emoções, criando um ambiente alucinógeno e cheio de armadilhas adocicadas. Estamos num território subterrâneo muito obscuro e louco.

Só que a mente forte e positiva tem outras tantas portas a serem abertas, mesmo nesta noite profunda; além disso, alimentar covardia e ressentimento não faz parte do seu show. É importante saber que o indevido participa do conjunto de sentimentos passíveis de serem revelados e usados no cotidiano; mas é necessário reajustar a maturidade emocional e manter a saúde mental, social, afetiva e profissional. Não é fácil. O indevido é confortável, amigável, conhecido e prazeroso. Então, queridos, empatia inversa.

Não devemos ter empatia pelo indevido, iríamos enlouquecer ou morrer, em tempo recorde; nós precisamos ter empatia por nós mesmos; daí nós a chamarmos de empatia inversa: na presença do indevido, há nossa capacidade de sentir nossas emoções e nos colocarmos em nosso próprio lugar, fora da ‘cadeia alimentar’, das perturbações indevidas de outrem.

Da noite mais profunda ao dia mais ensolarado, do autoconhecimento à empatia inversa, outra palavra de ordem é reconexão. É experimentar o tal ‘fundo do poço’ e ter a capacidade de se reconectar com as próprias necessidades, sonhos e objetivos, apesar das sensações indevidas. E, no clarear do dia mais ensolarado, empatia, reconexão e o fortalecimento da autoestima, da autovalorização, do foco, da escuta, da sensibilidade e do sorriso fácil, tornam-se armas violentas para destruição dos sentimentos indevidos.

Ainda não é possível pensar em compaixão; nem na ilusão religiosa do perdão; mas é possível parar de se autoflagelar pelo indevido que nós aceitamos e deixamos livres no transito da vida.

Sigamos vivendo, aprendendo e prestando atenção, os indevidos estão em nossa mente, mas também em nosso coração.

 

Prof.ª Claudia Nunes (22.07.2020)

Em presença dos SINISTROS DE SANGUE (17.07.2020)

Família. Oh território estranho. É bom, mas é estranho. Tudo vai bem enquanto estão todos bem. Todos estão bem seguindo suas vidas com seus desafios e revezes. Mas aí um membro falece, adoece ou há um desafio mais grave cuja dependência pode atrapalhar a dinâmica de vida de alguns. Pronto! Há estranhamentos; desconexões; ruídos; e confusões no território familiar: alguém precisa assumir a responsabilidade.

Alguns passam indiferentes, mas estão perto; outros se preocupam, mas de longe ou não podem; outros ainda estão longe, mas quando chamados se apresentam gratamente e fazem justa parceria; e há aqueles que se revelam completos estranhos a tudo e a todos. A esses vou chamar de ‘sinistros de sangue’.

Hoje penso nestes últimos que, apesar do sangue, ignoram totalmente suas memórias, sua criação, suas influências, suas obrigações; e criam egoisticamente muita confusão com suas atitudes e falas. ‘Sinistros de sangue’ se pensam malandros. Por isso, hoje penso em equilíbrio emocional para pensar, sem pena, e em silencio estratégico, no que os ‘sinistros de sangue’ pensam da vida, principalmente, da vida após a ausência de um ente querido. De cara: eles não pensam... E lembro de uma frase forte e realista: ‘as pessoas só dão o que tem’.

Alguns sociopatas tem esse perfil. Não são dignos de pena e nem observo como ‘pobreza de espírito’; simplesmente, ao longo da vida, não foram capazes de dar valor a tudo que tiveram porque, egoístas, sempre quiseram muito mais... e muito mais só para eles mesmos. São adolescentes eternos em que o mundo sempre está contra; são mentirosos de si mesmos; e são viciados em vitimizações incoerentes. E aí os limites são necessários.

Não posso com emoções toxicas de outras pessoas. É loucura mantê-las enquanto seu vetor está na esbórnia de uma vida de mentira, de ingratidão, de covardia e de solidão. Eu estou me preparando e observando, basicamente, para lutar pela qualidade de vida de uma pessoa e pela minha saúde mental. Limites então são fundamentais para mim, para minha caminhada com o cuidar e para o depois. Perdi as ilusões e estou me resguardando / protegendo. Aos poucos, vou informar aos ‘sinistros de sangue’ o que preciso e o que QUERO para a minha vida, apesar de. É triste. É sangue. É necessário.

Agora (e depois), as linhas de respeito serão estabelecidas para que eu me sinta bem mental, física e emocionalmente. É tempo de ser egoísta por pura preservação: minha e dela. Não é fácil, é sangue; mas não tenho receio; não me sinto culpada; não tenho mais fantasias; não tenho essa responsabilidade; é inútil e inocente pensar e agir de outra forma. Volto ao ponto de equilíbrio para pensar no MEU amanhã sem cola com os ‘sinistros de sangue’, em total desconsideração com sua base. Esse é um dos resultados da quarentena: autoconhecimento, preservação e paz.

Em quarentena, um tempo forte de observação de quem é quem, em minha família, e de decisões de quem ficará e quem não mais, pelo menos em intensidade, apesar do sangue. Eu estudo para me conhecer e aprender, e principalmente, para ME respeitar; logo, os limites para quem não se faz presente ou o faz por interesse são inevitáveis. Não é (será) fácil, sei quem sou diante da injustiça (Xangô e Nanã que o digam), mas sempre e de qualquer jeito, minha AUTOESTIMA agradece e agradecerá.

Hoje estou em silêncio interno porque há ações dos ‘sinistros de sangue’, para mim, inacreditáveis; mas como escrevi, no início deste relato, ‘as pessoas só dão o que tem’. E como para tudo há consequências, faço questão de avisar aos ‘sinistros de sangue’ também: ‘respeito é bom e eu gosto’, e farei valer isso de qualquer jeito, nem que seja também na justiça dos homens.

 

Prof.ª Claudia Nunes (17.07.2020)

 

PORTA ABERTA: perdas e ganhos (13.07.2020)

E quando uma porta abre, um mundo se apresenta e o medo também. Sim! Portas fechadas são misteriosas. Porta abertas são oportunidades. Será que posso atravessá-la? Depois da porta, tudo de novo e sem retorno. Lá deve ter caminhos íngremes, pedregulhos, becos sem saída, atalhos escuros e gente... gente demais. Há uma luta em mim: quero ir, desejo ir, mas não gosto de mudanças. Portas tem uma mensagem: ‘começar de novo’. Paro, observo e penso demais. Eu temo esse outro eu depois da porta. Ele não tem controle... Eu tenho curiosidade sobre esse outro eu em frente à porta. Sou muito simultânea com meus sonhos; mas não sei que mecanismo pode me ajudar. Na porta, um caminho que desconheço, mas que é natural. Antes da porta, a natureza e o fim; depois da porta, minha essência e eu desvirada. Engraçado que nada é como eu esperava. Depois da porta, um design diferente, maduro, sem firmeza. O momento é de perda dos pontos de contato confortáveis. O confortável está fragilizado, carente, desidratado. Eu vivia num projeto, só que agora os andaimes caíram, e tudo que vejo são paredes inacabadas, ainda que esperançosas. Não sou menor, vivo de equivalências e, agora, diante daquela porta aberta, não sei reagir. O que posso oferecer? Só o que tenho; só minhas memórias. De repente, uma porta aberta é isso: momento de memórias, de entrega, de recepção e de acolhimento do que sou sem tantos medos ou pensamentos. “E a minha vida é a mais importante de todas porque é a que eu estou vivendo agora”. (Monja, 2018) A ideia é atravessar essa porta e fazer do caminho algo importante, de novo, em minha vida, do jeito que puder. É aceitar a porta aberta, viver as dores de atravessá-la e acreditar que o melhor está por vir. Diante dos meus últimos meses, portas abertas significam enormes perdas e também a hora de maior atenção a mim mesma. Depois da porta: existe a outra; nunca, eu. Para entender e praticar a vida, um lema se repete: “Está com medo? Vai com medo mesmo”. O dia acabou, a porta está aberta e eu esperando uma senha: umavidaacabar77. Que pena...

 

Prof.ª Claudia Nunes (13.07.20)

DOENÇA sentada na minha frente (06.07.2020)

 

Em tempos de pandemia, estou pensando em GATILHOS MENTAIS, estímulos percebidos pelo cérebro que auxiliam e influenciam o processo de tomada de decisão. É a hora das FUNÇÕES EXECUTIVAS. Hora do nosso CPF (córtex pré-frontal) e das decisões simples e/ou complexas. Mas, e quando a situação é independente de sua vontade? E quando não há decisão que resolva um assunto? Aí é a hora da INTELIGENCIA EMOCIONAL. É o começo de uma reestruturação mental e mudança de pensamento.

Nem sempre os desafios têm soluções objetivas (rápidas). As vezes o desafio precisa de tempo de imersão e observação; escolhas estratégicas pontuais; e pequenas ações assertivas. Tudo isso relaciona-se ao autoconhecimento para viver o desafio de outra maneira ou com menos intensidade. Ou seja, gatilhos mentais servem para que você SE persuada a ser uma pessoa mais ciente do próprio potencial e a criar espaços mais adequados para refletir suas perspectivas de vida. O tal ‘olho do furacão’ oportuniza o aparecimento de novos comportamentos, resultados e trajetórias de vida.

Gatilhos mentais são as surpresas da vida, retirando nossos hábitos de um ritmo, de forma abrupta. Não é apenas uma mudança de velocidade, é uma reorganização cerebral e mental para que saibamos viver o desafio imposto, sem sincronia. Nesse momento, a respiração se altera, olhamos para todos os lados, incômodos se estabelecem por dentro do corpo e reconhecemos nossa vulnerabilidade. É o momento do autoquestionamento: vamos conseguir? Seremos fortes? O que fazer primeiro? É o tempo do vazio de opções.

Nós não podemos nos enganar, fingir que nada acontece ou procrastinar; o baque é forte e sério; e este engatilha emoções escondidas ou bem controladas. Nós precisamos nos persuadir a nos acalmar, pensar, escolher e agir com mais atenção. Gatilhos mentais servem para espelhar quem somos e nos incentivar a oferecer o que temos de melhor. Gatilhos mentais, bases da persuasão da memória, podem justificar nosso envolvimento com novas e positivas atitudes; e podem despertar boas necessidades e novos objetivos. Mas enquanto o desafio é apenas desafio sua relação com essa aprendizagem está enevoada, acinzentada.

Por que escrevo isso? Estou pensando na doença da minha mãe. Um enorme desafio. Um grande susto que engatilhou pesadelos turbulentos. Um momento de incerteza e grandes decisões. Um tempo de reestruturação da vida quase sozinha. Uma certeza que precisa ser trabalhada emocionalmente até o fim, todos os dias.

Doença como gatilho para múltiplos aprendizados estranhos, chatos, interessantes e importantes. Paradoxo total. E eu sigo tentando me persuadir que tudo ficará bem; sigo me influenciando às tomadas de decisão mais adequadas; sigo tentando não agir por impulso ou de forma automática; sigo tentando harmonizar as interconexões neuronais definindo bem minhas escolhas diárias; e sigo na briga entre o emocional e o racional, sem justificativas bobas. Quero pensar devagar, consciente de que estou em meu melhor. É trabalhoso, é desgastante, é cansativo; todos os sentidos e memórias estão na cena que vejo todos os dias; e é trabalhoso, desgastante e cansativo.

Hoje estava lendo aleatoriamente textos na internet, eu me deparei com um texto que elencava 21 Gatilhos Mentais importantes, no caso, para vendas, a saber: escassez; autoridade; urgência; reciprocidade; porquê (motivo); prova social; novidade; dor x prazer; antecipação; comprometimento; descaso; paradoxo da escolha; simplicidade; referência; história; inimigo comum; garantia; curiosidade; surpresa; similaridade (ou afinidade); exclusividade.

Eu não sei se passei por tudo isso. Não estou à venda e nem vendendo alguém ou um produto; mas lendo a explicação sobre cada um deles, alguns gatilhos eu assumi para minha atual dinâmica de vida, na seguinte ordem:

 

SURPRESA

A emoção mais sinistra. Aquela que desorganiza corpo e alma para logo se colar, no meu caso, com a tristeza e um pouco de raiva. Não há tranquilidade imediata. Não tive tempo para pensar. Não há bônus, apenas ônus e silêncio interno. Uma surpresa que desmonta e amedronta. Surpresa: chegada da doença. Detonador de futura solidão. É a vida com seus brindes estúpidos.

URGÊNCIA

Meu desafio requer urgência. Sem urgência, há consequências. Razão tentando sobrepujar a emoção. Interesse em saúde ou em qualidade. Compreensão do processo para agir com certeza. Conjunto mnemônico em polvorosa; comunicação aos estalos; procura de reorganização, apesar da dificuldade. Primitividade quase sem controle.

INIMIGO COMUM

Uma doença sentada na minha vida. Ela me encara sem perdão. É comum e minha inimiga. Depois de um tempo, temos empatia. Dor e prazer: doença, cuidado e aprendizado. Oportunidade de ir dizendo ‘até logo’. Estou indignada, mas agradeço. De quem é a culpa? Ninguém! Objetivos interrompidos, objetivos recriados. Vou para o combate porque vale a pena. Tempo de aproximação, diálogo, beijos e abraços, carinhos nada estranhos, qualidade e amor. A doença me encara, agora, desconfiada: é encarada também e sem medo. Sou dessas.

CURIOSIDADE

Fato dado, fato assumido. O tempo não é de discutir. Assumir e se comprometer. Sou curiosa: quem sou? Nada disso eu queria, mas houve um salto no tempo sem efeitos especiais. E agora preencho meu tempo com outros conhecimentos e atendimentos. Sou curiosa mesmo. Equilíbrio e curiosidade: desejo de sobreviver, saber mais e atender mais. No meio de tudo, aprender a ser simples, apesar de leonina. É difícil. É tenso. O controle é confuso. Preciso ser criativa para sobreviver.

DOR X PRAZER

(de cuidar)

Aqui a louca mistura das emoções básicas. No processo reduzir dores e aumentar o prazer. Prazer de aprender a cuidar como necessidade de evitar a dor, o desconforto. Depois da dor, uma certa satisfação: assumir o cuidado. Não há como ignorar, é tolerar e viver o que for possível. Muito caminho a percorrer. Muitos dias para viver. Dias mais; dias menos. Dias de prioridades físicas e mentais; outros nem tanto. Revisão de necessidades.

HISTÓRIA

Lembranças e memórias. Comunicação total com minha essência. Na noite, olhar e lembrar: exemplos de vida. Muitas histórias de crescimento e de aprendizagem de ser ser vivo humano. Extraordinário como a mente encontra jeito de nos distrair com nossas histórias. Lembranças com sentimentos / vivências. É bom consumir histórias, as vezes com um pouco de ficção. Corpo treme. Histórias, exemplos para tomada de decisão. Histórias como gatilhos mentais poderosos para dor e prazer. Hora de aproveitar para criar equilíbrio emocional. Não é fácil.

AFINIDADE

Na hora do aperto, as afinidades. Pesquisa, encontros, histórias, amigos com afinidades e exemplos. Muita coisa para escutar e ler; muita coisa para descartar e fazer. Identificação ainda em processo. Não me sinto colada nem com a doença nem com as afinidades. Pairo em tudo, apesar de me jogar sem luxo. Antes e durante não é fácil me influenciar. Talvez teimosia; ou juba lustrada; ou mesmo, ignorância. Só quero ser quem aprendi a ser, nunca me promover. Elogios ajudam, ações são mais admiráveis. Não pertenço a nada disso, mas quero fazer o que é certo. Missão? Qualidade de vida e equilíbrio emocional. Uma hora a doença vai se levantar...

COMPROMETIMENTO

Diante de um fato (o meu fato), só há comprometimento. Não há como resolver; há como viver da melhor forma. É parar e rever meus potenciais para remodelar o cotidiano em outro status: filha que cuida. Gatilho que desperta confiança no que sou. É provar para mim o que posso ser todo dia. É provar só para mim. Oportunidade de aprender sem o sucesso de vencer.

 

Profª Ms. Claudia Nunes (06.07.20)

 

Referência:

https://www.nucleoexpert.com/gatilhos-mentais-mais-poderosos/

CRIATIVIDADE e o "novo normal"

Um mundo sem criatividade. Um mundo repleto de criatividade. Eis o mundo no qual vivemos. Um mundo em que AINDA precisamos duramente possibilitar criatividade. Não há outro aspecto que proporcione uma sociedade forte e organizada. Estímulos, repetições, acessos e criatividade. Juntando tudo, temos EXPERIENCIA. É precisa oferecer territórios de experiência a todos, principalmente, àqueles em desenvolvimento. Quais seriam os primeiros passos, basicamente, no tão decantado ‘novo normal’? Opto por um conjunto de ações: observação, respeito, escuta, desafio, vontade e liberdade. Qual seria o resultado? Inspiração e criatividade; em sequencia: amadurecimento; motivação; inovação e conquistas. Assim, eu aceito a falácia do ‘novo normal’ no campo da criatividade e/ou mudança de comportamento. Será que estamos preparados? Ou, ao menos, nos preparando? Parte do que chamamos de ‘ações tradicionais’ estão cheias de rachaduras. Vãos de onde observamos a possibilidade de experimentar nossas ‘loucuras’ e ‘ver no que dá’. Espaços onde inserimos nossos desejos e suspendemos a respiração diante dos inusitados resultados. A hora é de ouvir a todos e a tudo. Pinçar adequações. E experienciar a real criatividade, mesmo com base no conceito de SOBREVIVÊNCIA. Importante transmitir mensagens positivas e reais. Outras palavras que precisamos entender: encorajamento e engajamento. Estamos dentro de um quebra-cabeças de cinco mil peças (as ideias) e precisamos saber escolher, fazendo uma trança, aquelas que melhor convergirão e fortalecerão nossa criatividade. Precisamos melhorar nossos intercâmbios, trocas, diálogos, ofertas. Precisamos gerar fluidez nas relações para compor outros contatos com as pessoas, com os assuntos, com o tempo, com a vida. Liberdade para falar. Comunicação sem tantos impedimentos gera vitalidade à seleção e prática de ideias. Diminuição da força das hierarquias no pensamento alheio. O segredo para resolvê-los problemas é encontrar formas de ver o que está e o que não está funcionando, o que parece ser muito mais simples do que é na realidade. Nós temos que criar melhores maneiras de VER para saber ESTAR em quaisquer lugares. Mudar as abordagens ou perspectivas. Precisamos entender melhor o sentido da palavra VANGUARDA. A Ideia fundante da criatividade, no meu entender, é a INTENÇÃO, não apenas o movimento. A vida é cheia de possibilidades, apenas devem aprender a tocar nas tantas potencialidades brutas. Ambientes criativos: abertos às intenções.

 

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (03.07.20)

terça-feira, 23 de junho de 2020

ERRO DE DESCARTES (um resumo do capítulo)

Um pouco desse livro FANTÁSTICO. É apenas a INTRODUÇÃO. Há o livro em PDF, mas tenham o livro físico. Muito importante. Bo noite!

DAMÁSIO, Antonio. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996 [Dados eletrônicos]
Advertência: decisões sensatas provêm de uma cabeça fria e de que emoções e razão se misturam tanto quanto a água e o azeite. Hábito: os mecanismos da razão existiam numa região separada da mente onde as emoções não estavam autorizadas a penetrar e, quando pensava no cérebro subjacente a essa mente, assumia a existência de sistemas neurológicos diferentes para a razão e para a emoção. Perspectiva largamente difundida acerca da relação entre razão e emoção, tanto em termos mentais como em termos neurológicos.
Um amigo, uma lesão afetada por uma doença neurológica que danificou um setor específico do cérebro, originando, de um dia para o outro, essa profunda deficiência na capacidade de decisão. Os instrumentos habitualmente considerados necessários e suficientes para um comportamento racional encontravam-se intatos. Ele possuía o conhecimento, a atenção e a memória indispensáveis para tal; a sua linguagem era impecável; conseguia executar cálculos; lidar com a lógica de um problema abstrato. Apenas um outro defeito se aliava à sua deficiência de decisão: uma pronunciada alteração da capacidade de sentir emoções. [...] Ou seja, a emoção era um componente integral da maquinaria da razão. [...] Ou seja, de novo, uma observação cotidiana, uma pista numa hipótese testável.
Proposta: a razão pode não ser tão pura quanto a maioria de nós pensa que é ou desejaria que fosse, e que as emoções e os sentimentos podem não ser de todos uns intrusos no bastião da razão, podendo encontrar-se, pelo contrário, enredados nas suas teias, para o melhor e para o pior.
É provável que as estratégias da razão humana não se tenham desenvolvido, quer em termos evolutivos, quer em termos de cada indivíduo particular, sem a força orientadora dos mecanismos de regulação biológica, dos quais a emoção e o sentimento são expressões notáveis. Além disso, mesmo depois de as estratégias de raciocínio se estabelecerem durante os anos de maturação, a atualização efetiva das suas potencialidades depende provavelmente, em larga medida, de um exercício continuado da capacidade para sentir emoções.
Não se pretende negar com isso que as emoções e os sentimentos podem provocar distúrbios destrutivos nos processos de raciocínio em determinadas circunstâncias. O bom senso tradicional ensinou-nos que isso acontece na realidade, e investigações recentes sobre o processo normal de raciocínio têm igualmente colocado em evidência a influência potencialmente prejudicial das emoções. É, por isso, ainda mais surpreendente e inédito que a ausência de emoções não seja menos incapacitadora nem menos suscetível de comprometer a racionalidade que nos torna distintamente humanos e nos permite decidir em conformidade com um sentido de futuro pessoal, convenção social e princípio moral.
Tampouco se pretende afirmar que, quando têm uma ação positiva, as emoções tomam as decisões por nós ou que não somos seres racionais. Limito-me a sugerir que certos aspectos do processo da emoção e do sentimento são indispensáveis para a racionalidade. No que têm de melhor, os sentimentos encaminham-nos na direção correta, levam-nos para o lugar apropriado do espaço de tomada de decisão onde podemos tirar partido dos instrumentos da lógica. Somos confrontados com a incerteza quando temos de fazer um juízo moral, decidir o rumo de uma relação pessoal, escolher meios que impeçam a nossa pobreza na velhice ou planejar a vida que se nos apresenta pela frente. As emoções e os sentimentos, juntamente com a oculta maquinaria fisiológica que lhes está subjacente, auxiliam-nos na assustadora tarefa de fazer previsões relativamente a um futuro incerto e planejar as nossas ações de acordo com essas previsões.
Sugestão: a razão humana depende não de um único centro cerebral, mas de vários sistemas cerebrais que funcionam de forma concertada ao longo de muitos níveis de organização neuronal. Tanto as regiões cerebrais de “alto nível” como as de “baixo nível”, desde os córtices pré-frontais até o hipotálamo e o tronco cerebral, cooperam umas com as outras na feitura da razão.
Os níveis mais baixos do edifício neurológico da razão são os mesmos que regulam o processamento das emoções e dos sentimentos e ainda as funções do corpo necessárias para a sobrevivência do organismo. Por sua vez, esses níveis mais baixos mantêm relações diretas e mútuas com praticamente todos os órgãos do corpo, colocando-o assim diretamente na cadeia de operações que dá origem aos desempenhos de mais alto nível da razão, da tomada de decisão e, por extensão, do comportamento social e da capacidade criadora. Todos esses aspectos, emoção, sentimento e regulação biológica, desempenham um papel na razão humana. As ordens de nível inferior do nosso organismo fazem parte do mesmo circuito que assegura o nível superior da razão.
É fascinante encontrar a sombra do nosso passado evolutivo no nível mais distintivamente humano da atividade mental, embora Charles Darwin já tivesse antevisto o essencial dessa descoberta ao escrever sobre a marca indelével das origens humildes que os seres humanos exibem na sua estrutura corporal. Contudo, a dependência da razão superior relativamente ao cérebro de nível inferior não a transforma em razão inferior. [...] O que pode mudar é a nossa perspectiva acerca da maneira como a biologia tem contribuído para a origem de certos princípios éticos que emergem num determinado contexto social, quando muitos indivíduos com uma propensão biológica semelhante interagem em determinadas circunstâncias.
A emoção é o segundo tema central deste livro. Tema escolhido pela necessidade, ao procurar entender a maquinaria cognitiva e neurológica subjacente à razão e à tomada de decisões. Por isso, uma segunda ideia presente no livro é a de que a essência de um sentimento (o processo de viver uma emoção) não é uma qualidade mental ilusória associada a um objeto, mas sim a percepção direta de uma paisagem específica: a paisagem do corpo. [...] Os sentimentos não são tão intangíveis quanto se supunha. Pode-se circunscreve-los em termos mentais, e talvez encontrar também o seu substrato neurológico.
Neste sentido, emoções e sentimentos incluem não só o sistema límbico, uma ideia tradicional, mas também alguns dos córtices pré-frontais do cérebro e, de forma mais importante, os setores cerebrais que recebem e integram os sinais enviados pelo corpo.
Concebo a essência das emoções e sentimentos como algo que podemos ver através de uma janela que abre diretamente para uma imagem continuamente atualizada da estrutura e do estado do nosso corpo. Se imaginarmos a vista dessa janela como uma paisagem, a “estrutura” do corpo é o análogo das formas dos objetos espacialmente dispostos, enquanto o “estado” do corpo se assemelha à luz, às sombras, ao movimento e ao som dos objetos nesse espaço. Na paisagem do seu corpo, os objetos são as vísceras (coração, pulmões, intestinos, músculos), enquanto a luz e a sombra, o movimento e o som representam um ponto na gama de operações possíveis desses órgãos num determinado momento. Em termos simples, mas sugestivos, o sentimento é a “vista” momentânea de uma parte dessa paisagem corporal. Tem um conteúdo específico — o estado do corpo — e possui sistemas neurais específicos que o suportam — o sistema nervoso periférico e as regiões cerebrais que integram sinais relacionados com a estrutura e a regulação corporal. Dado que o sentir dessa paisagem corporal é temporalmente justaposto à percepção ou recordação de algo que não faz parte do corpo — um rosto, uma melodia, um aroma —, os sentimentos acabam por se tornar “qualificadores” dessa coisa que é percebida ou recordada.
A partir das emoções, o corpo entra numa faixa positiva (alteração veloz) ou negativa (alteração lenta). [...] Nessa perspectiva, emoções e sentimentos são os sensores para o encontro, ou falta dele, entre a natureza e as circunstâncias. E por natureza refiro-me tanto à natureza que herdamos enquanto conjunto de adaptações geneticamente estabelecidas, como à natureza que adquirimos por via do desenvolvimento individual através de interações com o nosso ambiente social, quer de forma consciente e voluntária, quer de forma inconsciente e involuntária.
Os sentimentos, juntamente com as emoções que os originam, não são um luxo. Servem de guias internos e ajudam-nos a comunicar aos outros sinais que também os podem guiar. E os sentimentos não são nem intangíveis nem ilusórios. Ao contrário da opinião científica tradicional, são precisamente tão cognitivos como qualquer outra percepção. São o resultado de uma curiosa organização fisiológica que transformou o cérebro no público cativo das atividades teatrais do corpo.
Os sentimentos permitem-nos entrever o organismo em plena agitação biológica, vislumbrar alguns mecanismos da própria vida no desempenho das suas tarefas. Se não fosse a possibilidade de sentir os estados do corpo, que estão inerentemente destinados a ser dolorosos ou aprazíveis, não haveria sofrimento ou felicidade, desejo ou misericórdia, tragédia ou glória na condição humana.
[...] Descobrir que um certo sentimento depende da atividade num determinado número de sistemas cerebrais específicos em interação com uma série de órgãos corporais não diminui o estatuto desse sentimento enquanto fenômeno humano. Tampouco a angústia ou a sublimidade que o amor ou a arte podem proporcionar são desvalorizadas pela compreensão de alguns dos diversos processos biológicos que fazem desses sentimentos o que eles são. Passa-se precisamente o inverso: o nosso maravilhamento aumenta perante os intricados mecanismos que tornam tal magia possível. A emoção e os sentimentos constituem a base daquilo que os seres humanos têm descrito há milênios como alma ou espírito humano.
Este livro compreende ainda um terceiro tema relacionado com os anteriores: a perspectiva de que o corpo, tal como é representado no cérebro, pode constituir o quadro de referência indispensável para os processos neurais que experienciamos como sendo a mente. O nosso próprio organismo, e não uma realidade externa absoluta, é utilizado como referência de base para as interpretações que fazemos do mundo que nos rodeia e para a construção do permanente sentido de subjetividade que é parte essencial de nossas experiências. De acordo com essa perspectiva, os nossos mais refinados pensamentos e as nossas melhores ações, as nossas maiores alegrias e as nossas mais profundas mágoas usam o corpo como instrumento de aferição. Por mais surpreendente que pareça, a mente existe dentro de um organismo integrado e para ele; as nossas mentes não seriam o que são se não existisse uma interação entre o corpo e o cérebro durante o processo evolutivo, o desenvolvimento individual e no momento atual. A mente teve primeiro de se ocupar do corpo, ou nunca teria existido.
De acordo com a referência de base que o corpo constantemente lhe fornece, a mente pode então ocupar-se de muitas outras coisas, reais e imaginárias. Essa ideia encontra-se ancorada nas seguintes afirmações: 1) o cérebro humano e o resto do corpo constituem um organismo indissociável, formando um conjunto integrado por meio de circuitos reguladores bioquímicos e neurológicos mutuamente interativos (incluindo componentes endócrinos, imunológicos e neurais autônomos); 2) o organismo interage com o ambiente como um conjunto: a interação não é nem exclusivamente do corpo nem do cérebro; 3) as operações fisiológicas que denominamos por mente derivam desse conjunto estrutural e funcional e não apenas do cérebro: os fenômenos mentais só podem ser cabalmente compreendidos no contexto de um organismo em interação com o ambiente que o rodeia.
O fato de o ambiente ser, em parte, um produto da atividade do próprio organismo apenas coloca ainda mais em destaque a complexidade das interações que devemos ter em conta. Não é habitual falar de organismos quando se fala sobre cérebro e mente. Tem sido tão óbvio que a mente surge da atividade dos neurônios que apenas se fala desses como se o seu funcionamento pudesse ser independente do funcionamento do resto do organismo. Mas, à medida que fui investigando perturbações da memória, da linguagem e do raciocínio em diferentes seres humanos com lesões cerebrais, a ideia de que a atividade mental, dos seus aspectos mais simples aos mais sublimes, requer um cérebro e um corpo propriamente dito tornou-se notoriamente inescapável.


Em relação ao cérebro, o corpo em sentido estrito não se limita a fornecer sustento e modulação: fornece, também, um tema básico para as representações cerebrais. [...] Nesta perspectiva, o amor, o ódio e a angústia, as qualidades de bondade e crueldade, a solução planificada de um problema científico ou a criação de um novo artefato, todos eles têm por base os acontecimentos neurais que ocorrem dentro de um cérebro, desde que esse cérebro tenha estado e esteja nesse momento interagindo com o seu corpo. A alma respira através do corpo, e o sofrimento, quer comece no corpo ou numa imagem mental, acontece na carne.
[...] A esta altura, é provável que o leitor já tenha descoberto que essa conversa não se debruçou sobre Descartes nem sobre a filosofia, embora tenha sido por certo acerca da mente, do cérebro e do corpo. Estamos sob o signo de Descartes, visto não existir forma de tratar tais temas sem evocar a figura emblemática que moldou a abordagem mais difundida respeitante à relação mente-corpo.

SETE REGRAS DA MENTE (resumo capítulo)

         Mesmo com tantos estudos, uma coisa é certa: toda e qualquer programação não se sustenta diante do tempo ou da surpresa. Em ciência, afirma-se, que temos uma programação natural; mas também é sabido que, diante das surpresas, a que chamaremos experiências, há grandes modificações nas estruturas cerebrais e sociais. Experiências, influências, mudanças. Segundo Arruda (2018), é preciso entender como a mente nos afeta na prática, ou seja, nós precisamos entender as setes regras da mente, a saber:

SETES REGRAS DA MENTE

1.       Todo pensamento ou ideia causa uma reação física.

 

Lição: Esteja atento às reações do corpo. Quais pensamentos podem causá-las?

 

Corpo e mente estão sempre conectados. Início de um pensamento, alguma emoção ativada. Organismo em preparação. Momento de terror? De amor? De susto? De paixão? Diferentes situações. Pele em reação. A mente subconsciente não sabe a diferença do real para o imaginário. Imagine uma cena de amor ‘caliente’, por alguns segundos. Sentidos excitados. Seu coração bate mais acelerado. Pressão aumenta. Reações físicas fortes.

2.       O que é esperado tende a ser realizado.

 

Lição: Acredite que você pode realizar o que quiser.

 

‘Efeito placebo’. A mente projeta o desejo de melhora. Cria uma crença. A saúde física depende da expectativa mental. Tudo é mais difícil quando o pessimismo impera, ideia já aceita pelos médicos. Mas é difícil expandir essa regra para outras áreas da vida, como profissional ou pessoal. Talvez pensamento positivo. Talvez força de vontade. Leiam ‘O Segredo’ de Rhonda Byrne cuja interpretação é, em termos simples, que toda energia vibra numa frequência; por ser energia, você também vibra numa frequência, e o que determina sua frequência de vibração a qualquer momento dado é o que você pensa e sente. Para Arruda (2018), da mesma forma que suas programações podem mudar você e seus planos para pior, também podem mudar para melhor. Tente.

3.       A imaginação é mais poderosa do que o conhecimento quando lidamos com a própria mente

 

Lição: Não julgue, menospreze ou discuta com pessoas com crenças ou opiniões particulares diferentes das suas. A razão dificilmente pode contra a emoção.

A razão é facilmente anulada pela imaginação. Pense em seu parceiro (a) lhe traindo. Pense nos detalhes. O desconforto, inclusive no corpo, é natural. Na verdade, qualquer ideia acompanhada por uma forte emoção, como raiva e ódio, acaba se sobrepondo à razão. E geralmente essas ideias não podem ser alteradas apenas com o uso da razão. Lembre-se das brigas sobre política, religião, futebol etc.

4.       Uma vez que um conceito foi aceito pela mente subconsciente, ele permanecerá lá até ser substituído por outro.

 

Lição: Questione as verdades que não são úteis. Mantenha só aquelas que o ajudam a ser quem você quer ser.

Todo mundo tem pontos de vista que não são corretos. Certezas são perenes. Uma verdade se mantém até surgir outra. A permanência de uma ideia dificulta a troca. Há verdades nem pensamos que podem ser falsas, como: ‘qualquer pessoa na minha situação também se sentiria deprimida’; ‘é difícil sair de uma depressão’; ‘vou levar anos para mudar minha saúde’; ‘não dá para sair de um vício de uma hora para outra’; ‘preciso sofrer muito para ser alguém na vida’; ‘não sou atraente para outras pessoas’; ‘difícil ser bem-sucedido’. Programações subconscientes. Assim, os hábitos (bons ou maus) são formados. Mas primeiro a gente pensa, depois age.

5.       Cada sugestão aceita cria menos oposição às próximas sugestões

 

Lição: Comece construindo o que quer em sua mente de pouco

em pouco.

Elogios são importantes e animam o dia de alguém. Mas de acordo com o estilo de cada um, um elogio pode ser sentido como ironia ou com surpresa ou mesmo descrença. Elogio alegra o dia de alguém. Quem não tem o costume de recebe-lo agiam com dúvida. Elogio por mais de uma pessoa, num mesmo dia, também gera desconforto e estranheza. Mas a regra 5 também funciona para as considerações positivas, e aí podemos nos beneficiar dela. Táticas de convencimento. Acesso direto às programações do subconsciente.

6.       Um sintoma físico emocionalmente induzido tende a causar uma mudança orgânica se persistir por tempo suficiente

 

Lição: Preste atenção nas emoções que você tem cultivado e busque formas de evitá-las. Foque-se cada vez mais em experiências positivas para incentivar emoções positivas.

Lembra da regra 1? O pensamento gera uma emoção, e esta produz uma reação física. Todavia, se essa reação física não for saudável, ao longo do tempo vai prejudicar o organismo. São as chamadas doenças psicossomáticas, que podem também apresentar sintomas físicos, sem ter uma origem orgânica. Quando você sente raiva, o cérebro produz cortisol, hormônio liberado em situações de estresse. E o estresse, além de bloquear a liberação de substâncias químicas para uma digestão saudável, pode aumentar a secreção de ácidos no estômago e provocar os sintomas clássicos da gastrite. Qualquer obsessão acaba agravando a situação, e o corpo começa a realmente produzir o que eles querem encontrar. Mas, por outro lado, também não podemos separar corpo e mente. Muitos problemas podem ser evitados se a gente mudar o jeito de pensar.

7.       Ao lidar com o subconsciente e suas funções, quanto maior esforço consciente, menor a resposta subconsciente.

 

Lição: Entenda o que precisa mudar, mas não se torne neurótico ou se esforce demais, não é assim que o subconsciente responde.

Já pensou que precisava dormir logo e, quanto mais queria dormir, parecia que menos sono tinha? Já pensou em se deitar sem se preocupar se precisa  dormir e, de repente, o sono vem antes que perceba? Já aconteceu de esquecer o nome de algo que precisava saber naquele momento, e fez de tudo para lembrar? Já colocou a mão sobre a cabeça, franziu a testa, mas nada de a palavra vir à mente, mas aí quando desiste, como num passe de mágica, a lembrança vem à mente? Quanto mais você ativa a parte consciente da mente, menos o subconsciente trabalha. Não é possível controlarmos diretamente o subconsciente, então não adianta forçar.


           
Nós precisamos então ter cuidado com nossas mentes. Em nosso desenvolvimento e formas de interação, os tipos de interpretação, edição, roteirização das informações criam tanto nossas expectativas, quanto nossas identidades. Estamos sempre sob a influência da geração de informações / estímulos que recebemos; e nesse princípio, a mente segue alterando comportamentos, certezas e sentimentos.

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (23.06.20)


Referência:

ARRUDA, Michael. Desbloqueie o poder da sua mente: programe o seu subconsciente para se libertar das dores e inseguranças, e transforme a sua vida. São Paulo: Editora Gente, 2018.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Pensando em AUTORREALIZAÇÃO a partir de Maslow

 

            Em meio a pandemia, que tal nós, professores, apostarmos no potencial aprendente? Difícil pensar diferente? Difícil sair da caixinha e agir por instinto e experimentar outros comportamentos ou recursos? É sim. É difícil sim. Mas que tal só experimentar? Enquanto reclamamos, impedimos nossa própria adaptação ao que nos aconteceu e, com isso, eliminamos a possibilidade de aprender do aprendente. Hoje estou lendo um pouco sobre a psicologia humanista de Maslow. A quarentena tem sido de grandes descobertas sobre mim mesmo, também na seara dos conhecimentos pedagógicos. Estou só me experimentando e conhecendo outros autores ou áreas de saber.

Maslow pensou no homem saudável, seus comportamentos, suas necessidades e autorrealizações. Foi e (no meu caso) ainda é uma nova visão sobre a psicologia humana, e influenciou, não somente a educação, como também, o campo dos negócios. Como sempre, outro autor cuja infância e juventude foram marcadas por problemas de interação social e de educação muito rigorosa; além disso, foi muito rejeitado por ser judeu. Impressionante como, ao ler a biografia de diferentes autores que influenciaram a educação, eu me deparo com situações de exceção (guerras) ou traumas em seu psicologismo, no período da infância ou juventude, como fatores que estimular suas criatividades em diferentes áreas de saber.

No caso de Maslow, em seus estudos universitários, a área escolhida para aprofundamento foi a psicologia. Depois do doutorado, publicou sua primeira hierarquia de necessidades, um esboço daquela que seria terminada anos depois. Maslow teve como mentor Alfred Adler e montou sua teoria da Autorrealização com base nos rastros das personalidades de Erich Fromm, Einstein e outros.

A pirâmide de Maslow, também chamada de hierarquia das necessidades de Maslow, conceito criado na década de 50 para “determinar o conjunto de condições necessárias para que um indivíduo alcance a satisfação, seja ela pessoal ou profissional”. Tais condições vão desde aquelas necessárias à sobrevivência até às mais complexas, em uma hierarquia de satisfações motivadoras.

Em princípio, há cinco níveis: fisiologia, segurança, amor e relacionamentos, estima e realização pessoal. Mas, mais recentemente, foram incluídos mais três níveis, a saber:

NIVEIS DE NECESSIDADES de Maslow

Necessidades Fisiológicas

São as necessidades mais básicas que precisam ser saciadas para manter o corpo saudável e garantir a sobrevivência, a saber: processos de homeostase (sentimento da temperatura corporal, funcionamento hormonal, entre outros); processos de respiração, sono e digestão; saciamento de fome e sede; disponibilidade de abrigo.

Necessidades de Segurança

A necessidade de segurança engloba mais do que a presença de um abrigo. A saber: estabilidade no emprego: renda garantida; segurança do corpo: abrigo seguro, proteção contra ameaças; segurança da saúde: planos de saúde, ausência de doenças; segurança da família: seguros de vida; segurança da propriedade: casa própria, garantia de proteção aos seus bens. Ou seja, esse nível da pirâmide trata das sensações de proteção e garantias de soluções perante a situações que estão fora do controle do indivíduo. Planos de saúde são um exemplo de necessidades de segurança.

Necessidades de Amor e Relacionamentos

Relacionadas com o senso de pertencimento e intimidade, fatores essenciais para a felicidade humana. Evoluímos, afinal, de maneira social. É importante para os esquemas de motivação. A saber: Amizades; Família; Relacionamentos amorosos; Intimidade sexual; Intimidade platônica; Pertencimento a grupos ou sociedades (igreja, escola, grupos de atividades, grupos de interesses em comum); Identificação e aceitação perante a seus pares.

Necessidades de Estima

Sensação de ser estimado. Além de precisar desenvolver a habilidade de reconhecer suas potencialidades; que seus pares reconheçam e identifiquem seu valor no grupo. A saber: autoestima; confiança; conquistas e realizações; reconhecimento dos pares; respeito dos outros; respeito aos outros; conquistas e reconhecimento.

Necessidades de Realização Pessoal

São mais complexas necessidades do ser humano e, por isso, essenciais para que o indivíduo alcance a verdadeira realização pessoal e profissional. A saber: moralidade; valores; independência: autossuficiência e liberdade; criatividade; espontaneidade; controle; autoconhecimento. É preciso muito trabalho, reflexão e conhecimento de si para satisfazer essas necessidades.

Necessidade de aprendizado

O indivíduo sente ânsia de aprender, conhecer e compreender o mundo à sua volta.

Necessidade de satisfação estética

A busca pela perfeição, simetria, beleza e arte.

Necessidade de transcendência

Fé, espiritualidade, conexão com a natureza, aceitação da mortalidade.

Quadro organizado a partir da fonte: https://www.sbcoaching.com.br/blog/piramide-de-maslow/

Mas, e as perguntas iniciais? Como apostar no potencial humano através da psicologia humanista? Segundo Maslow, nós devemos compreender as necessidades humanas para seu crescimento cujo ponto culminante seria o movimento de autorrealização. Eis aí a representação de todo o potencial humano, quando adequada e continuamente estimulado. Neste sentido, eu fico pensando: todo comportamento reflete tanto as necessidades humanas, quanto a ausência de respeito a elas. A autorrealização é a parte que cabe desenvolver nas escolas, nas salas de aula, nos grupos familiares, enquanto os aprendentes se desenvolvem biologicamente e para que se fortaleçam emocional e cognitivamente. Na maturação das interconexões neuronais, a partir do acesso e assimilação das informações, a autorrealização acontece.

Além de Maslow, nós precisamos ler Carl Rogers, Victor Frank e Erich Fromm, por exemplo, e a chamada Terceira Força. Em tempos de pandemia, talvez (estou apenas começando os estudos), seja necessário que nós, professores, entendamos o valor da descoberta de si mesmo (dos aprendentes) para o acontecimento de autorrealização no futuro. Esta é uma capacidade aprendida juntando diferentes saberes, de forma consciente, para que, na medida em que o córtex frontal esteja desenvolvido, as escolhas e as decisões ocorram com equilíbrio e atenção.

Segundo alguns textos pesquisados na Internet, “a teoria da autorrealização de Maslow propõe que o homem é um todo integrado e organizado; mas que, cada um tem necessidades hierárquicas que devem ser satisfeitas. Essas necessidades são fisiológicas, afetivas e de autorrealização, e devem ser resolvidas a partir da base da pirâmide, que são as necessidades fisiológicas, de segurança, afetivas e de autoestima”.

Em tempos de ensino remoto, será possível pensar desta forma? Agora nós, professores, temos outra medida de tempo e menos mobilidades pela cidade para ensinar. Será que temos tempo para pensar como nosso aprendente aprende e, principalmente, quais são suas reais necessidades? Se, em quarentena, estamos nos adaptando por uma questão de saúde mental, por que não nos adaptar respeitosamente às necessidades de nossos aprendentes mantendo, pelo menos, uma rotina de estudos de qualidade e significativa?

Muitos professores me perguntarão: como? Todos estamos distantes. Os sentidos necessários para o trabalho da percepção e da atenção (audição e visão) destas questões estão muito limitados ou mediados pela máquina. Então como? Bem comece se perguntando: quais são suas (deles) necessidades? Todo o processo de ensino-aprendizagem pode, em princípio, apenas se basear no sentido da palavra NECESSIDADE. Em linha sequencial, a MOTIVAÇÃO torna-se uma das grandes necessidades humanas e o ESTÍMULO, uma das fontes para se criar a motivação e a necessidade e, nessa linha triádica, se sustenta bem a questão da AUTORREALIZAÇÃO.

Nós, professores, poderíamos nos apresentar como grandes estimuladores ou motivadores destes aprendentes a ponto de torná-los ‘metamotivadores’ que, segundo Maslow, a partir de estímulos positivos, seriam os exploradores das próprias necessidades básicas para a autorrealização. É um quebra-cabeças motivacional cujo resultado serão os ‘peaks’ (experiências de pico), momentos em que, de acordo com Maslow, nossos aprendentes sentem grande vontade de aprender e experimentar o que aprenderam. Momentos de imersão em sua própria experiência de aprendizagem.

Só alguns lembretes: hoje em dia, a pirâmide é analisada e aplicada com mais flexibilidade; em muitos casos, não há necessidade de todos os itens de um nível serem satisfeitos para que o aprendente passe para o segundo nível como num jogo de videogame; sendo assim, a autorrealização nunca se completa porque surgem sempre novos objetivos e sonhos (novas necessidades no pico da pirâmide); é possível que determinados fatores em um dos níveis não sejam relevantes para a motivação; é possível, em determinado momento, haver mistura de fatores de níveis diversos e, assim mesmo, criar e manter a motivação e a criatividade; e mesmo que a autorrealização demore a acontecer, o autoconhecimento está em pleno andamento pela superação de cada dificuldade no processo de aprendizagem; e, por fim, o acontecimento de frustrações, medos, angústias e inseguranças podem ser interpretados tanto como motivadores para o alcance de determinadas necessidades com mais coerência; como também “consequências da falha no cumprimento de determinadas necessidades”.

Talvez devamos pensar melhor sobre o conceito de HIERARQUIA dadas tantas flexibilidades. Mas, pelo menos, diante da pirâmide de Maslow, nós podemos reconhecer quais necessidades devem ser atingidas, em nossos aprendentes, para estimular seus sentidos, sua motivação, sua imaginação, sua criatividade, de forma a se interessarem pela manutenção da própria aprendizagem, mesmo dentro de uma rotina de estudos em geral ou a distância.

Nesta perspectiva, quando voltarmos ao ‘novo normal’ da sala de aula física, nós, professores, poderemos investir em boas experiências pedagógicas que gerem, no futuro, a autorrealização.

Ah vou lembrar: com a presença do autoconhecimento e da autorrealização (utilização do potencial pessoal como impulso para manter a motivação para aprender e alcançar expressivamente seus objetivos ou sonhos), ações de empatia, resiliência, solidariedade e equilíbrio emocional ocorrerão simples e naturalmente em nossa sociedade.

Referência:

https://amenteemaravilhosa.com.br/biografia-de-abraham-maslow/

https://www.sbcoaching.com.br/blog/piramide-de-maslow/

Indicações de leitura: Motivação e Personalidade, publicado em 1954;  Psicologia do Ser, 1962;  A Psicologia da Ciência, 1966.

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (16.06.20)

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...