sábado, 19 de dezembro de 2020

Tempo dos POBRES DE ESPÍRITO (07.08.2020)

Um tempo de pobreza de espírito. Um tempo dos ‘sinistros de sangue’, pobres de espírito. Para pessoas assim, silêncio e muita atenção. Pobres de espírito e ‘sinistros de sangue’ são dinamite acesa embaixo do equilíbrio emocional alheio. Eles têm energias confusas e conflituosas, com capa de ‘bom mocismo’. Eu só observo e nem sei por onde começar. Aliás nem vou começar porque meu caminho é outro e minha disposição NENHUMA! É uma desilusão em cima de desilusão e eu não posso ter coração fraco e mente inútil. Eu tenho um histórico profissional que não me deixa fingir demência por muito tempo. Por causa disso, nada mais existe no ‘reino da Dinamarca’ familiar. Leoninos são assim: não gostam de mudar ou ‘deixar para lá’; mas quando tomam uma decisão, no caso, impelidos pela ingratidão sinistra, o descarte é sem dó ou piedade.

Ainda assim, os pobres de espírito transitam para lá e para cá, em modo avião. São o que são, mas estão desconfiados. As escrituras dizem que são dos pobres de espírito, o reino dos céus. Sinistros de sangue, pobres de espírito, acreditam nisso e forjam um mundo cheio de farsas religiosas, dentro de uma escrita com sérios problemas gramaticais. Mas como assim ‘reino dos céus’? No mundo dos homens, a leitura não é essa. No mundo dos homens, ‘aqui se faz, aqui se paga’. No mundo dos homens, ‘aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei’. Fazer o que né?

Pobres de espírito tem e causam emoções que deturpam tranquilidades ou prazeres. De repente, mas momentaneamente, eles têm esse poder. É uma loucura. Só que não devemos aceitar isso com facilidade. Na surpresa, há um choque; mas a surpresa sempre faz cola com outros sentimentos, daí é a hora do raciocínio e das posturas mais radicais. Por que? Porque pobres de espírito tem limites visuais; são infantis; vivem do passado; não observam nada além do umbigo; não são empáticos ou o são por interesse; se acreditam ‘malandros’; tem a ilusão de conhecimento; são inseguros e frágeis; ignoram família ou afetos; são ingratos conscientes; são opacos emocionais; não tem humildade; são vazios de argumentos; são marionetes; são apegados a eles mesmos, por isso invejam os outros; mentem que nem sentem; usam pessoas e coisas; descontrole é sua característica real; vendem laços de família por dinheiro ou quaisquer outros bens materiais; são narcísicos; são um grande blefe humano com necessidade de afetos infantis que nunca terão. O que fazer, então, com os pobres de espírito? Não importa. Eles vivem o vazio de sempre, agora. Não há futuro superável para eles. Vivem as consequências dos próprios atos ao longo da vida e, por isso, ‘só dão o que tem’ e estão corrompidos pelos vícios sem herança.

Por essas e outras que o decantado ‘perdão’ ou ‘desculpas’ é fogo de palha daqueles que preferem o ‘politicamente correto’, ao invés da verdade. Quando a morte chegar, não mais adiantará chorar pelo tempo perdido ou pela ignorância das percepções. A proteção e os ouvidos desaparecerão. Sete palmos de terra vão selar o arrependimento e um distanciamento definitivo. Eles vão selar sua solidão. Mas os pobres de espírito, sinistros de sangue não pensam nisso ou assim. Eles se blindaram em seu mundo fantástico e absurdo, e se acreditam dentro da série ‘os coitados’. Vamos ter atenção, nunca pena. Pobres de espírito, sinistros de sangue, não merecem nem isso, já que o livre arbítrio é para todos.

Lendo vários textos aqui, eu me deparei com a Síndrome de Peter Pan. Essa é a base dos pobres de espírito, sinistros de sangue, crianças que, mesmo depois de adultas (se recusam a crescer) e mantem comportamentos infantis (imaturidade emocional). Pois é. É isso. Pobres de espírito, sinistros de sangue, vivem em um mundo de fantasia, presos na Terra do Nunca, impossibilitados de viverem a vida adulta com tranquilidade ou em parceria.

Hoje eles estão diante da perda iminente da sua segurança e agem por pavor. O corte umbilical acontecerá independente de sua vontade. E eles têm medo! Nesta emoção, se desgovernam, inventam histórias mirabolantes sobre si mesmos e agem reativamente, sem perceberem que perderão, não somente, parte de sua genética; mas todo um território de afago, de escuta, de ajuda, depois que a realidade se impor.

Sentada, perto da janela, tomando meu vinho e olhando uma vida em suspenso, seguindo seu fluxo para outra dimensão, gradativamente, penso o seguinte: a PROTEÇÃO está acabando para todos. Uns vão se organizar para viver apesar de, com uma dor enorme e a respiração em suspenso toda manhã, fazendo coisas certas e outras nem tanto; outros, como os pobres de espírito sinistros de sangue, vão aumentar o nível de sua fantasia de realidade, recrudescer seus vícios internos, usurpar o que puderem, observar o compromisso como obstáculo e se esconder atrás de desculpas toscas, fazendo coisas certas e outras nem tanto.

Estou sem tempo para brincar de viver...

 

Prof.ª Claudia Nunes (07.08.2020)

 

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