segunda-feira, 25 de agosto de 2014

INTELIGÊNCIA é inata OU adquirida?


A Inteligência é Inata ou Adquirida?

“Se a hereditariedade define os limites da inteligência, o meio determina a abrangência desses limites.”

- Esta é a conclusão de Erik Turkheimer, professor de psicologia da universidade de Virginia, mundialmente reconhecido por suas pesquisas sobre a inteligência de gêmeos. Os primeiros estudos, conduzidos nos anos 90, mostraram que os resultados de QI obtidos por gêmeos verdadeiros, do mesmo genótipo, eram mais similares do que os dos gêmeos com DNA diferente. Isso confirmou a origem genética da inteligência.

Foi então que Erik Turkheimer pesquisou dados de 60 mil crianças, acompanhadas desde o seu nascimento até os oito anos de idade, grande parte de minorias étnicas e de famílias pobres. O QI deles foi medido aos sete anos. O resultado foi que, se o QI de gêmeos com pais abastados pode ser atribuído à genética, entre as famílias mais pobres, o quociente de gêmeos idênticos variava tanto como se fossem falsos gêmeos. Conclusão de Turkheimer: “Em um meio difícil, o potencial genético das crianças não tem oportunidade de se expressar plenamente. As famílias abonadas, por sua vez, podem dar o estímulo mental necessário aos genes para que construam o circuito cerebral da inteligência.” Isto significa que o dinheiro faz um bom lar? Não, responde o autor. “Mas é um fator importante que permite aos pais dedicar tempo e energia, e dispor de meios para estimular as crianças mentalmente.”

De acordo com a noção da inteligência herdada, outros estudos mostraram que o QI de crianças adotadas está mais próximo ao dos pais biológicos. No entanto, mais uma vez os pesquisadores, dentre os quais Michel Duyme, da Universidade de Montpellier, na França, revelaram parcialidade. As famílias pobres raras vezes estão em condições de adotar, assim, as investigações se concentraram apenas em famílias adotivas abastadas. Duyme tem compilado os dados de milhares de adoções na França e novamente o meio desempenhou o seu papel perturbador. As crianças de famílias abastadas passadas para famílias igualmente abonadas apresentaram um QI de 119,6 em média, mas quando eram adotadas por famílias modestas, o QI médio caiu 12 pontos. E vice-versa.

As crianças de famílias modestas acolhidas por uma família das mesmas condições apresentaram um QI de 92,4, enquanto que aquelas colocadas em uma família abastada o QI obtido se elevou para 103,6. (Autor: Elena Sendere Hervé Ratel, Sciences et Avenir).

Página Face: NeuroSchola

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