Martha
Gabriel, em 2016, escreve um pequeno aretigo sobre ’10 habilidades difíceis de
adquirir que valem para a vida toda’. Em tempos de habilidades socioemocionais,
acredito que devemos pensar sobre isso com foco em nossos aprendentes, tão
vulneráveis e sempre uma promessa de um mundo melhor.
Segundo
Gabriel (2016), estas habilidades difíceis serão melhores quanto mais demorarem
a ser adquiridas. Ou seja, ‘não é só de currículo e experiência que vive um
profissional’. Quando pensamos em aprendentes, podemos afirmar ‘não é só de
currículo e conteúdo que se constrói aprendizagens de qualidade’. Há
habilidades que, embora sejam simples, exigem esforço, perseverança e tempo. E esta
é a linha em que um professor faz toda a diferença.
Vamos
pensar um pouco mais:
Quando
apresentamos o conceito de aprendizagem socioemocional referimo-nos ao processo
de aquisição de habilidades socioemocionais, aquelas que nos tornam capazes de
interagir e entender os outros; ter maior compreensão de nós mesmos; o que nos
torna aptos a lidar com adversidades / frustrações.
Mas
tudo isso requer um período escolar em que sejam inseridas, através de
projetos, dinâmicas e atividades coletivas, proativas e ativas, ferramentas ou
movimentos cognitivos, emocionais e motores que tornem nossos aprendentes mais
propensos a viver e a conviver em sociedade e, por conseguinte, alcançar seus
objetivos com menos obstáculos e grandes momentos de superação. E a tríade-base
não pode ser esquecida: perseverança,
esforço e tempo. O tempero pode ter um pouco de sorte/oportunidade, mas sem
a tríade-base, as dificuldades serão muitas.
Segundo
James Hecman, em entrevista ao Roda Viva, apesar da produção contínua de
teorias educacionais e formas de avaliação, os aprendentes, principalmente
adolescentes, tem capacidades intelectuais, mas não tem desenvolvido
capacidades para:
ð
Lidar
com frustrações;
ð
Trabalhar
em equipe;
ð
Se
organizar;
ð
Planejar
o futuro;
ð
Lidar
com as adversidades.
Não há tempo
para pensamentos/teorias; os aprendentes exigem muito estudo, mas também uma
práxis inovadora para se reconhecerem no novo mundo em transformação acelerada.
A educação atual deve visar o mundo como espaço de experimentação das
ferramentas oportunizadas no tempo escolar: são dois territórios em plena
convergência. Então, segundo Gabriel (2016) quais seriam as habilidades mais
difíceis e mais úteis de aprender?
ð
Controle
do sono;
ð
Empatia;
ð
Gestão
do tempo;
ð
Solicitação
de ajuda;
ð
Consistência
relacionada a atenção;
ð
Autoestima;
ð
Atenção
aos outros;
ð
Foco
em seus próprios assuntos;
ð
Presença
real;
ð
Habilidade
de falar em público.
E quando
pensamos no processo de ensino e de aprendizagem (ensinantes e aprendentes),
outras habilidades se apresentam. Vamos pensar e agir?
ð
Saber
escutar / saber fazer silencio;
ð
Ter
responsabilidades reais;
ð
Se
exprimir com calma e clareza;
ð
Reconhecer
a presença das diversidades;
ð
Ser
organizado;
ð
Oferecer
respeito para ter respeito;
ð
Usar
a própria criatividade para o bem comum;
ð
Reconhecer
os espaços e suas diferentes linguagens.
Em tudo, nós
nos referimos a um jogo emocional particular e coletivo cujo tempo de
desenvolvimento é longo e a participação dos professores fundamental. O
cognitivo se qualifica quando reconhecemos desejos e sonhos, e os trabalhamos
com recursos interessantes e humanos.
É
possível?
Profª
Claudia Nunes
Referência:
http://www.infomoney.com.br/carreira/emprego/noticia/5423529/habilidades-dificeis-adquirir-que-valem-para-vida-toda Acessado em
18.08.2016
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