Um dia temos que parar e olhar a
vida...
Mesmo em tempos tão acelerados,
competitivos e intensos, temos que parar e avaliar a realidade, nossos
confortos e certezas. Importante aproveitar as oportunidades, mas também
importante agir para auto-oxigenação. É preciso recobrar os sentidos,
readquirir o controle dos sentimentos e apontar prioridades.
Na cegueira de nossas vaidades
aceitamos tudo por hábito. Nas versões que vamos criando de nós mesmos, vamos
assumindo hábitos. Nas exigências do mundo, somos hábitos que se repetem sem
pensar. Quero os obstáculos! Quero novas identidades e outros padrões. Quero os
escândalos instintivos que assustam e surpreendem. Logo, são os hábitos que
devem ser atacados de pronto!
Mudar os caminhos, as leituras,
os olhares, os passos, as vontades, as posturas. Mudar ações de sempre e tirar
as molduras dos comportamentos, mesmo os mais apreciados. Não vamos selecionar
o que está fora, selecionemos o que está dentro. Vamos por dentro e inaugurar
novas condutas desde a hora do café até a hora de dormir. Mas e nossas
eficiências e atitudes sempre tão apreciadas? Eliminemos! Mesmo o que é prazeroso,
lúdico e alegre deve sofrer alterações porque os costumes são outros, há outras
necessidades.
Enquanto aprendemos, cada vez nos
focamos mais num ponto, conteúdo ou ação. Com o tempo até nos sentimos em
vocação, uns predestinados; até nos permitimos a percepção de objetivos
alcançados e voamos além dos sonhos. Vamos aprender. E aprender é recolher
escolhas extravagantes para compor um corpo intelectual pensado como iluminação
modificadora da mente. Aprender é algo bom e que faz crescer. Cuidemos de
nossas memórias!
Em fragmentos, a memória criar
downloads, recalls e pequenas senhas de acesso: são nossos temperamentos,
aptidões, vocações, competências e habilidades. E nada é certo: nada é certo
mesmo! Mas mesmo e ainda assim criamos hábitos. Culpados? Os sentidos e
percepções. Somos humanos: desenvolvemos e destruímos padrões. É a procura da
novidade e da qualidade. Mas somos humanos arrumadinhos e os concertos sempre
serão nosso melhor jeito de formatar e reformatar hábitos, valores e costumes.
Não adiantam as emoções ruins:
elas também são momentâneas. Hábito é fruto das repetições sempre agradáveis
dos comportamentos e das emoções. Linkamos os dias de acordo com nossas
necessidades, mas basicamente com nossas experiências anteriores. Hábitos são
as experiências anteriores de prazer elaboradas para justificar a presença e a sentença.
Cuidado com sentenças.
Hábitos são limitantes, mas todo
limite é frágil diante da consciência da capacidade de ser outra possibilidade
de recomeço, mesmo remota. Hábitos são práticas da consciência em busca da
permanência de uma lista de condutas e lidera o automatismo humano pelos múltiplos
usos. O luxo do hábito é a expectativa do cansaço das tentativas, erros e
acertos da/sobre a vida. E para aprender é necessário investimento contínuo no
hábito. Aprender é um processo de internalização dos hábitos e estímulo ao
comportamento emocional. É experimentar e elaborar a emoção da descoberta do
mundo em diferentes conteúdos sem a interferência da percepção: dúvida,
insegurança, fragilidade, negação.
Hábito é a melhor zona de
conforto humana, então façamos o seguinte: façamos o bem. Sejamos pró-ativos
para o bem e lutar por nossos sonhos e desejos.
Como começar? Seja organizado!
Prof.ª Ms Claudia
Nunes