segunda-feira, 1 de outubro de 2018

CÍRCULO SOCIAL: bem ou mal?

Facebook. Ambiente de socialidade sem corpo físico, mas com todos os sentidos a pleno vapor. Rede social e virtual. Nós, sujeitos comunicativos e sociais, ganhamos outros pontos de contato com a vida junto a outras pessoas. E nessas redes, nós criamos as mesmas relações afetivas. Um detalhe diferente: em ambiente virtual, temos esconderijos melhores, criamos disfarces sofisticados e acreditamos em privacidade e segurança. Que coisa...
Mesmo assim, de tempos em tempos, nós sentimos tédio. O novo tem tempo de validade também. Nós convivemos virtualmente, mas sempre procuramos desafios e novidades, mesmo entre grupos de pessoas ‘invisíveis’. Só que isso não é permanente, e logo, surgem o tédio, a rotina e a falta de interesse. Hora da faxina! O círculo social deve ser limpo. Hora de emoções mais iluminadas.
Uma página de facebook é como um facho de luz que atrai múltiplas pessoas. Por interesse intelectual, afetivo ou bisbilhoteiro, pessoas acessam pessoas acreditando que estão construindo laços. Alias estão mesmo... Laços virtuais, inicialmente frágeis, mas laços bem duradouros. Há reencontros bem interessantes. Mas de tempos em tempos, o nível de negatividade cresce. Como na vida real, as emoções, através da escrita ou das imagens (linguagens), entram em choque e a confusão acontece. Hora da faxina! Hora da limpeza! Hora da desconexão!
Na vida real ou virtual, quaisquer níveis emocionais tóxicos devem ser prevenidos: viver com as diferenças é importante e faz crescer, mas prevenção quanto a própria saúde mental é fundamental. Caso não seja possível prevenir, níveis emocionais tóxicos devem ser observados, pensados e ignorados ou descartados. Eis a hora de pensar o círculo social de forma consciente: ignorar ou descartar? Para decidir bem, pensemos em CONFIANÇA.
Sem o contato físico, nós precisamos ter atenção às linguagens. Mesmo em ambiente virtual, as pessoas não escapam de ser quem são. Nós levamos nosso mundo mental conosco e, depois de certo tempo, o mundo exterior reflete exatamente esse mundo mental. Ou seja, também nas redes sociais virtuais, diante de emoções tóxicas (negatividades, radicalismos, ignorâncias, egocentrismos, orgulhos, autoritarismos), nós precisamos encontrar pontos de contato com a resiliência, a empatia, certa compaixão e o transporte de linguagens mais positivas para sobreviver nessa selva de... bits.
Pare e observe. Pare e ‘finja demencia’. Pare e analise. Pare e perceba que, possívelmente, há alguns tipos de pessoas tóxicas com quem todos nós lidamos, mas que devemos nos livrar educadamente (lógico) ou, no mínimo, devemos evitar contatos mais rotineiros.
Quer saber quem são essas pessoas? Analise do quadro:
Os ESPONJAS - Ocupam seu tempo inconvenientemente. Usam e abusam da amizade. Ignoram seu espaço e sua autonomia. São aproveitadores. Querem, querem e querem. Sua vida quase para em função desta relação. Importante ter estratégias de afastamento, já que não são pessoas ruins, apenas incomodas. Só atenda o celular se tiver tempo para conversar. Ignore algumas mensagens. Evite exposições de si mesmo. Avise que não terá tempo. É preciso limitar. Ficar sozinho ou com outras pessoas é importante.
Os CRÍTICOS - Nunca tem algo positivo para dizer ou escrever sobre nada. Tudo é observado com dúvida e estranheza. É destrutivo. Não há utilidade, afetividade, compreensão em sua fala. Estratégias: brinque com essa característica (é um alerta). Fale de outras pessoas que tenham a mesma característica e quanto isso é estranho. Sugira que pode perder amigos. Viver isolado.
As VÍTIMAS - São especialistas em culpa. Todos não gostam deles. Tudo é com eles. Eles nunca se apropriam de suas próprias falhas ou erros. Eles são a vítima! Tudo parece sempre ser culpa do outro: alguém que nunca lhes deu uma chance. São energias confusas e enviar essas energias aos outros. Eles nos envolver em jogos de culpas e insensatez.
Os NEGATIVOS - O mundo é péssimo. São como doença contagiosa. Mente negativa e dramática. Muito ansiosas, preocupadas, pessimistas, deprimidas e queixam-se de tudo. Importante manter pouco contato com eles; ou, vez por outra, dialogar sobre isso. Lembre-se que deboche e ironias agravam essa atitude.
Os IMPACIENTES - Tem explosões tolas e infantis. Todos têm momentos difíceis, mas é preciso autocontrole. São subdesenvolvidas psicologicamente. Inteligencia emocional baixa. Drenam energia também. São grosseiros. Insultam por quaisquer motivos. Se o afastamento for impossível, seja paciente. Escute, mas não ‘alimente’. Evite confusões.
Os NARCÍSICOS - Não tem ouvidos para os outros. Não tem empatia ou compaixão. Ignoram as necessidades alheias. Pouco prestativos. Tem problemas de pesonalidade. Quase não interagem socialmente. Tudo parece girar em torno deles mesmos. O outro é seu codjuvante sempre. Sempre que puder amplie sua redes social. Tenha pouco contato. Procure sair com outras pessoas.
Os MENTIROSOS - Entre o silencio e a palavra, mente-se muito mais com palavras. Os mentirosos, afirmam alegremente: ‘não sou baú para guardar segredos’. Espalham notícias sobre todos sem confirmar. Enganam. Disfarçam. Não falam de si mesmo. Disfarçam pensamentos e desejos. Não conhecem sigilo. São prejudiciais à saúde da relação. Tem valor invertidos. Fuja se puder.
Os MANIPULADORES - São exploradores. Fazem fofoca como arma. Usam palavras certas para conseguir o que querem. Usam de emoções diversas para mudar decisões dos outros. Eles querem o que você tem ou quer. Seguem seu rastro para conquistar o que você quer. Tem histórias para justificar ações e comportamentos. Eles sabem extrair informações e fazer você fazer o que querem. Afinal sabe suas fraquezas. Eles exploram sua generosidade e sua consciência social e raramente darão nada em troca. São fáceis de serem identificados e precisam ser desmascarados.
Os ASTUTOS - Todas as vezes que abrem a boca são prejudiciais; causam problemas; gostam de gritar; criticas a tudo que faz; tem observações irritantes e que ofendem / magoam. Tem comentários desagradáveis. Questionam sua honestidade, diligência ou habilidade. Cobram constantemente. Abaixam quaisquer autoestimas. Estão sempre pensando em conquistar custe e que custar. Não se deixe subornar; não ature.
Os ESTRESSADOS - Temos todos os tipos de emoções. A vida faz testes em tempo integral. Precisamos sobreviver às tensões. Mas há os exagerados: os preocupados com tudo em excessos. Eles sempre aparecem e nos envolvem com seus problemas, sem parar ou exageradamente. Tem uma fragilidade enorme com as ‘coisas’ da vida.
A vida é para ser vivida em sua integralidade sim; mas com equilíbrio inclusive quanto às pessoas que colocamos em nossas redes sociais virtuais ou não. Elas trazem emoções que nós não merecemos. Atenção!
Profª Claudia Nunes

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