segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Emocione-se: Feliz 2007

Não vou escrever nada linear. Não vou usar a velha equação da boa escrita: introdução, desenvolvimento e conclusão. Vou escrever impressões... É fim de ano! Fim de ano é início de emoções. E emoções são as informações da pele. A dinâmica dos problemas é colocada em algumas gavetas da mente e do escritório e passamos a viver eventos emocionais. O que sobra é um tempo de ESPERANÇA. As afetividades "estão" nossas melhores doações. Não há mais um mundo privado. Calçadas cheias de idéias, presentes, alegrias, projetos e solidariedade. Restaurantes cheios de novas ilusões positivas... em grupo. Há um voluntarismo trazendo novas práticas de sociabilidade. A sensação é de amizade coletiva. Em cada esquina, muito senso de humor, espontaneidade, apoio mútuo e... paciência. No mundo atual, esse momento diferente assusta, mas constrói sorrisos. Novembro e Dezembro, meses em que nosso baú de "perdidos" é revisto e em que resolvemos experimentar o "bem estar". Não há privilégios de contextos para que abraços aconteçam com prazer. É um tempo incrível! Eu me sinto realizando um ritual humano de manutenção do meu estado de pessoa onde não há ações desconfiadas ou interesseiras, há um revigoramento das nossas conexões através de links emocionais como carinho, deleite, cortesia e respeito. Sabemos que há uma simbologia natalina cuja mensagem comunica novas interpretações quanto às maneiras de se movimentar na cotidianidade. Sabemos que essa simbologia natalina, em muitos aspectos, não condiz com o nosso tropicalismo cultural. Mas sabemos também que é a partir de certa exposição e vulnerabilidade que revivemos a "alegria da pureza das crianças". As cenas que vemos são cenas multicoloridas. O vigor das cores nos retira de nosso eixo monótono e cria novas seduções e impulsos em função do prazer do Outro. Meus avós diziam: "o melhor da festa é antes da festa..." Todo o sistema nervoso é atravessado por estímulos vigorosos de AMOR. Não deixemos de pensar também que esse tempo é de consumo. Mas por que firmar um contrato com a desesperança ou com a indiferença para sempre? Os eventos desse período são toques em nossa inocência para que nossas performances, com as pessoas e no ano seguinte, sejam meios de acesso à conquista dos nossos desejos e de sabedoria. Se vivemos por simulacros e em representações, o fazemos, nesse período, sem grande polidez, mas com muita intimidade. Adoro os comportamentos de Dezembro! As sensibilidades estão plenas em função do Outro. Os limites da individualidade são respeitados de forma diferente. Como pessoas mortas que se tornam grandes heróis, o clima não aceita ressentimentos, ofensas ou rancores. As diferenças de visão de mundo parecem "coisa" de gente imatura. Tudo parece que pode ser conversado, encarado e/ou resolvido. Em meio a ceia de Natal e a passagem do Ano, negociemos com o divino e desejemos realmente um grande 2008 para todos.

Profa Claudia Nunes
Tutora de Graduação a distancia em Pedagogia do Instituto A Vez do Mestre
Mestranda em Educação da UNIRIO

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