sábado, 15 de janeiro de 2011

SINAIS DO AMOR

Domingo de muito frio. Frio traz certa melancolia e preguiça ao corpo. Mesmo as pessoas mais felizes preferem a quietude do lar e a quentura do cobertor. É um dia para o silêncio de si ou para o amor mais lento, mais simples, mais sensível com o Outro. E o dia segue arrepiando a pele vez por outra de qualquer jeito... Num domingo de muito frio, é o coração que ‘fala’ mais alto. Amor em todos os poros, ou sobre os outros e nossos tantos assuntos da semana; ou sobre ‘UM’ outro seja real ou imaginário. Todo o conjunto do que se chama ‘romantismo’ se materializa. Num dia maravilhoso de frio, nosso coração está amoroso e é puro desejo. Ainda assim, um dia de frio deve ser o início de atenções à atividade que começa a vibrar nas veias e através do sangue. O ritmo está mais lento, é certo, mas é possível sentir momentos sem cor ou espaços vazios nesta corrida de vida. O que fazer? Vozes ao lado dirão: ‘supere!’, não adianta. Vozes do passado afirmarão: ‘experimente!’, é tarde. Vozes dos sonhos lembrarão: ‘acredite!’, é estranho. Vozes do medo suspirarão: ‘cuidado!’, é assustador. O que fazer? Hoje, num dia de frio, é simples dizer: sinta o coração! Mas o que fazer quando a mente cisma em romper a imaginação e segregar nossos mais queridos afetos? Lutar! Nosso coração pulsa o hino dos amores de mil maneiras. Nosso coração baseia a vertencia das felicidades e engrossa o sangue que corre em nossas veias. Capturados pelas emoções, passeamos pela vida acreditando no carinho e no abraço dos outros. O frio da realidade entra em fervura por causa de todos os contatos de pele ou do olhar. Amor é coração! Amizade é coração! E o cérebro é nossa mecânica, nossa engrenagem. Mesmo assim os mistérios continuam. Como agüentamos tantas emoções? Necessidade? Ignorância? Não! Procuramos preencher os espaços vazios em projeções individuais em busca da realização dos desejos, e aí criamos experiência. Saltamos entre êxtases de toda sorte na expectativa de construir parcerias afetivas. Alias as parcerias sempre são afetivas: com carinho, por solidariedade, por amizade, com saudade, para sorrir, pela lembrança, num grande abraço, com licença, por um ‘bom dia’, no toque, no torpedo, no scrap, no telefone, nos estudos, no trabalho, com o vizinho, com seus livros, sua solidão, seu cobertor, a si mesmo, sua vida. E como isso se dá? Por escolhas. Não tem jeito, são as escolhas que nos determinam no tempo, na realidade e na história. Nós temos problemas com o tempo porque esquecemos que ele (o tempo) não é nosso, tem humores e acontece quando deve ser. Hoje, agora, amanha, à tarde, são adjuntos de tempo e como adjuntos complementam os fatos e não podem ser supostos ou previstos na ação do sujeito. Logo, o que melhor fazemos, então, depois de ‘ontem’, é permanecer sonhando e desejando... E o coração mantém sua bombástica relação com a vida. É imprescindível saber que os afetos, os amores e as amizades são para relaxar, são para energizar o organismo, são para iluminar caminhos/mentes radicais. E lembrem-se para que o coração continue ardente de emoções, é preciso ser orgiástico ou orgasmático vez por outra;é preciso aceitar um kit realista por dentro das emoções: choro, amigos, novos amigos, novo guarda-roupa, corte de cabelo e novos olhares, afinal a vida não espera; é preciso estimular os hormônios, ter distrações e manter um sorriso de eterno gozo; é preciso criar limites para gente espaçosa demais e se manter respeitado; é preciso desobstruir as paredes dos vasos sanguíneos: relaxar e ter ataques de riso; é preciso sentir a ‘antioxidância’ de gesto de amor por dia; é preciso se movimentar, sozinho ou acompanhado, bombeando o coração de novidades e surpresas do que for impressionante.

Portanto, AJUDE-SE!

Referência:

Profa Claudia Nunes

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