sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Professor, estude Neurociência!




Hoje em dia, nós, professores, não podemos mais perder de vista a importância da neurociência à aprendizagem. Reafirma-se a idéia de que professores são profissionais dos estudos constantes das múltiplas áreas de saber que apresentem possibilidades estratégicas de se estimular adequadamente as aprendizagens aprendentes. Nós não podemos parar de estudar para melhorar nossa ‘ensinagem’.
O tempo é de ascensão de aprendentes com emoções conturbadas e em dificuldade de aprendizagem; logo, de aprendentes recebendo estímulos distorcidos, base de impulsos estranhos aos chamados ‘imigrantes digitais’, dentro de uma sociedade violenta. Mesmo assim, nós, professores, precisamos sempre atualizar e qualificar nossas formas de ensinar. Por isso, segundo Tracey Tokuhama-Espinosa (2012), “renovar ou inovar ações educacionais sem uma compreensão do funcionamento do cérebro, é como querer desenvolver um avião apesar do pavor de voar”.
Nos tempos atuais, um professor precisa de paixão, estudos e atitude, apesar de políticas públicas imprimem nossa desvalorização. Cada apresentação temática de quaisquer áreas de saber precisa ir além da perspectiva da atenção sustentada, é preciso entender como o cérebro opera e o aluno aprende: é preciso entender que, junto às mídias digitais e virtuais, o mundo mudou sua configuração emocional e cognitiva, daí as formas de interação (envolvimento, atenção e foco) reorganizaram um movimento de construção emocional com certo delay temporal. É o entendimento de que ponto esse cérebro aprendente se emociona que introduz a chamada ‘humanizaçao das aprendizagens’.
Professores precisam conhecer o contexto e as experiências aprendentes para organizar ensinagens específicas. Pensar junto à neurociência é dar o ponta-pé para o desenvolvimento de projetos pessoais cujas emoções melhorem os resultados educacionais. Não há promessa de sucesso ou de solução! Há outra possibilidade de dinamizar a sala de aula incluindo o prazer e com mais protagonismo aprendente.
Aprender requer memória e memória requer reconhecimento dos saberes aprendentes e estímulos adequados a sua ascensão prática. Eis o grande desafio para nós, professores: estudar, entender e estimular adequadamente os cérebros aprendentes, respeitando suas singularidades (experiências pessoais).
Como iniciar: estude e entenda o conceito de NEUROPLASTICIDADE.

Profª. Claudia Nunes (20.11.19)

Referência:
TOKUHAMA-ESPINOSA, Tracey. What Neuroscience Says About Personalized Learning. Educational Leadership February 2012 | Volume 69 | Number 5 For Each to Excel.


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