“O que foi que a
vida fez de mim?”. Essa é a pergunta que persegue Sancha há muitas semanas.
Mesmo lidando com certos controles, limites e prazeres por escolhas diárias,
Sancha, hoje, para que foi dominada por algo irracional que virou de ponta a
cabeça suas rotinas. Sem querer e em pouco tempo, ela precisou remodelar seus
comportamentos até mesmo emocionais para se adaptar. Sim, se adaptar. Não há
explicações místicas, mas é preciso procurar razões para dormir e acordar com
sentidos. Será uma prisão? Será ‘nunca mais’? Será mudança? Diante do que lhe
aconteceu, Sancha só decidi uma coisa: não reclamar. Ela não pode reclamar.
Mesmo no fundo do poço, qualquer um tem que saber que existem sempre portas
abertas. E a mente é a zona tanto do perigo quanto da liberdade. Na hora do
aperto ou da completa escuridão, parar e respirar são as melhores estratégias
para emergir rápido. Só que, na hora do aperto, não pensamos nisso. Nós nos
desesperamos. Sancha se desespera e fica cega aos caminhos possíveis. Muitos
estudos, no mundo todo, comprovam que “podemos reestruturar a anatomia cerebral
usando a imaginação”. Como? Sancha se pergunta: como? Essência e
autoconhecimento. Mas Sancha não consegue pinçar nada em sua memória. Como? O
que fazer? Mudar a estrutura de pensamento exige força e paciência, afinal
reclamar é sempre bem melhor. Mudar a estrutura de pensamento exige outros
pensamentos. Pensar sobre o pensar e, assim, imaginar rotas de fuga ao
desespero estabelecido. Pensar sobre o pensar, imaginar e memorizar, e, enfim
realizar. Na hora do desespero, a comunhão mente e corpo são a senha do
movimento de readequação ao que nos / lhe aconteceu. Sancha só está no primeiro
nível: pensando... Ela buscar novas rotas aos seus neurônios para dar um novo
start ao seu cotidiano. Ele precisa se livrar o lixo toxico que ascende quando
aceitação o ato de reclamar. Reclamar paralisa e nos desconecta com o senso
imaginativo da superação dos desafios. Sancha, repirando, escutando musica,
ignora o entorno e segue na experiência de reprogramar seu cérebro. Seu modelo
mental não pode mais lhe ajudar. A experiência do desespero e da fragilidade da
pergunta “o que foi que a vida fez de mim?” não tem mais suporte técnico, já
que o contexto é outro e difuso. Ela respira, respira, respira; fecha os olhos,
ouve a música, se incomoda, desliga o rádio, entende o silêncio, reencontra
suas funções vitais e abre a porta da frente do seu coração e da sua casa. Ao
levantar, Sancha deixa o vento lhe atravessar totalmente e, sem reclamar, abre
um livro de física quântica, deixado de lado com a ideia de que era impossível
de ler. Hoje, Sancha sabe: diferente do ‘para sempre’ que sempre acaba; o
impossível sempre acontece no torto da menor distração inconsciente.
Profª
Claudia Nunes (10.11.19)
Referência:
VIEGAS, Emerson & BARBOSA, Jaqueline. Os bastidores da sua mente e como ela
afeta nossas relações. In. Lixo Emocional: faça uma limpeza emocional e viva
mais leve. 2019, 59-72 [PDF]
Nenhum comentário:
Postar um comentário