sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

"O QUE FOI QUE A VIDA FEZ DE MIM?"




“O que foi que a vida fez de mim?”. Essa é a pergunta que persegue Sancha há muitas semanas. Mesmo lidando com certos controles, limites e prazeres por escolhas diárias, Sancha, hoje, para que foi dominada por algo irracional que virou de ponta a cabeça suas rotinas. Sem querer e em pouco tempo, ela precisou remodelar seus comportamentos até mesmo emocionais para se adaptar. Sim, se adaptar. Não há explicações místicas, mas é preciso procurar razões para dormir e acordar com sentidos. Será uma prisão? Será ‘nunca mais’? Será mudança? Diante do que lhe aconteceu, Sancha só decidi uma coisa: não reclamar. Ela não pode reclamar. Mesmo no fundo do poço, qualquer um tem que saber que existem sempre portas abertas. E a mente é a zona tanto do perigo quanto da liberdade. Na hora do aperto ou da completa escuridão, parar e respirar são as melhores estratégias para emergir rápido. Só que, na hora do aperto, não pensamos nisso. Nós nos desesperamos. Sancha se desespera e fica cega aos caminhos possíveis. Muitos estudos, no mundo todo, comprovam que “podemos reestruturar a anatomia cerebral usando a imaginação”. Como? Sancha se pergunta: como? Essência e autoconhecimento. Mas Sancha não consegue pinçar nada em sua memória. Como? O que fazer? Mudar a estrutura de pensamento exige força e paciência, afinal reclamar é sempre bem melhor. Mudar a estrutura de pensamento exige outros pensamentos. Pensar sobre o pensar e, assim, imaginar rotas de fuga ao desespero estabelecido. Pensar sobre o pensar, imaginar e memorizar, e, enfim realizar. Na hora do desespero, a comunhão mente e corpo são a senha do movimento de readequação ao que nos / lhe aconteceu. Sancha só está no primeiro nível: pensando... Ela buscar novas rotas aos seus neurônios para dar um novo start ao seu cotidiano. Ele precisa se livrar o lixo toxico que ascende quando aceitação o ato de reclamar. Reclamar paralisa e nos desconecta com o senso imaginativo da superação dos desafios. Sancha, repirando, escutando musica, ignora o entorno e segue na experiência de reprogramar seu cérebro. Seu modelo mental não pode mais lhe ajudar. A experiência do desespero e da fragilidade da pergunta “o que foi que a vida fez de mim?” não tem mais suporte técnico, já que o contexto é outro e difuso. Ela respira, respira, respira; fecha os olhos, ouve a música, se incomoda, desliga o rádio, entende o silêncio, reencontra suas funções vitais e abre a porta da frente do seu coração e da sua casa. Ao levantar, Sancha deixa o vento lhe atravessar totalmente e, sem reclamar, abre um livro de física quântica, deixado de lado com a ideia de que era impossível de ler. Hoje, Sancha sabe: diferente do ‘para sempre’ que sempre acaba; o impossível sempre acontece no torto da menor distração inconsciente.

Profª Claudia Nunes (10.11.19)

Referência: VIEGAS, Emerson & BARBOSA, Jaqueline. Os bastidores da sua mente e como ela afeta nossas relações. In. Lixo Emocional: faça uma limpeza emocional e viva mais leve. 2019, 59-72 [PDF]

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