sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DON TAPSCOTT e Growing up Digital

No século XXI, a velocidade das informações criou um novo conflito entre as gerações. Observa-se um forte choque geracional ‘alimentado’ pela presença e influência das novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs). Jovens e adolescentes nascem e crescem ‘dentro’ da emergência de uma sociedade de economia digital e de predomínio das comunicações. Frente a frente os nativos e os imigrantes digitais de Prensky acelerando as mudanças de paradigmas.

Segundo Tapscott, no início a aprendizagem para toda a vida, o trabalho on-line e as comunicações em rede não eram conceitos interligados. Depois da web 2.0 e a multiplicação do conceito de colaboração, há a ascensão do trabalho em equipe, do compartilhamento do saber e da globalização. Novas ferramentas relacionadas ao desenvolvimento da comunicação envolvem os indivíduos mais novos (de 11 aos 30 anos) que passam a não tolerar hierarquias, tradições e modelos. Há uma séria recusa a uma comunicação fechada, linear e analógico.

A nova geração, segundo Tapscott, está para além do discurso e praticando entre si trocas múltiplas de informações. Este autor aposta na emergência de uma nova realidade econômica e social.

As comunicações em rede e as mídias digitais estão mudando radicalmente a forma como se faz negócios, se diverte ou se estuda. Os mais jovens estão profundamente afetados pelas NTICs e mais preparados á mudanças, mesmo radicais. A questão da competitividade torna-se algo natural no contexto da sua maturidade ou de expansão profissional. Mas atualmente há duas análises extremas, ainda que conservadoras, nesta discussão: um dos lados observa os jovens como ‘vítimas coitadinhas’ e o outro como ‘perigosos guerrilheiros’. A liberdade total é seu lema.

Segundo Tapscott, o fosso ‘geracional’ não é novo. Nos anos 60, não se concordava com os pais e construía-se um fosso de atitudes. Hoje, para além do fosso de atitudes, há um fosso de competências e aptidões. A diferença está na velocidade cognitiva. Como os mais jovens estão numa fase de crescimento rápido, conseguem assimilar mais facilmente as NITCs e interiorizá-las em seu cotidiano como algo natural.

Enquanto isso, os adultos tendem a se adaptar, ou seja, reconciliar o novo com o velho. Se de um lado, há um processo de assimilação que absorve pura e simplesmente o novo; de outro, há um processo de adaptação cuja aprendizagem é mais difícil e dolorosa.

Segundo Tapscott, as gerações estão em rota de colisão cujo desfecho depende basicamente da vontade e da capacidade relacional de todos. Para isso é preciso, por parte dos adultos, compreensão, paciência, diálogo e confiança. Não é submissão, é participação colaborativa e a tendência é o desaparecimento da autoridade. Mas o futuro não se adivinha, constrói-se. E os adultos devem ter uma atitude positiva em relação à cultura jovem, à sua tecnologia para evitar uma diversidade mais profunda.

Diante disso Tapscott afirma que a TV está morta, comida literalmente pela Web; e o computador ‘pessoal’ está cada vez menos pessoal porque as pessoas usam os computadores para se relacionarem com os outros. Portanto, é cada vez mais interpessoal. O PC tornou-se um meio de comunicação. Será?

Profa. Claudia Nunes

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