sábado, 19 de dezembro de 2020

Tempo dos POBRES DE ESPÍRITO (07.08.2020)

Um tempo de pobreza de espírito. Um tempo dos ‘sinistros de sangue’, pobres de espírito. Para pessoas assim, silêncio e muita atenção. Pobres de espírito e ‘sinistros de sangue’ são dinamite acesa embaixo do equilíbrio emocional alheio. Eles têm energias confusas e conflituosas, com capa de ‘bom mocismo’. Eu só observo e nem sei por onde começar. Aliás nem vou começar porque meu caminho é outro e minha disposição NENHUMA! É uma desilusão em cima de desilusão e eu não posso ter coração fraco e mente inútil. Eu tenho um histórico profissional que não me deixa fingir demência por muito tempo. Por causa disso, nada mais existe no ‘reino da Dinamarca’ familiar. Leoninos são assim: não gostam de mudar ou ‘deixar para lá’; mas quando tomam uma decisão, no caso, impelidos pela ingratidão sinistra, o descarte é sem dó ou piedade.

Ainda assim, os pobres de espírito transitam para lá e para cá, em modo avião. São o que são, mas estão desconfiados. As escrituras dizem que são dos pobres de espírito, o reino dos céus. Sinistros de sangue, pobres de espírito, acreditam nisso e forjam um mundo cheio de farsas religiosas, dentro de uma escrita com sérios problemas gramaticais. Mas como assim ‘reino dos céus’? No mundo dos homens, a leitura não é essa. No mundo dos homens, ‘aqui se faz, aqui se paga’. No mundo dos homens, ‘aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei’. Fazer o que né?

Pobres de espírito tem e causam emoções que deturpam tranquilidades ou prazeres. De repente, mas momentaneamente, eles têm esse poder. É uma loucura. Só que não devemos aceitar isso com facilidade. Na surpresa, há um choque; mas a surpresa sempre faz cola com outros sentimentos, daí é a hora do raciocínio e das posturas mais radicais. Por que? Porque pobres de espírito tem limites visuais; são infantis; vivem do passado; não observam nada além do umbigo; não são empáticos ou o são por interesse; se acreditam ‘malandros’; tem a ilusão de conhecimento; são inseguros e frágeis; ignoram família ou afetos; são ingratos conscientes; são opacos emocionais; não tem humildade; são vazios de argumentos; são marionetes; são apegados a eles mesmos, por isso invejam os outros; mentem que nem sentem; usam pessoas e coisas; descontrole é sua característica real; vendem laços de família por dinheiro ou quaisquer outros bens materiais; são narcísicos; são um grande blefe humano com necessidade de afetos infantis que nunca terão. O que fazer, então, com os pobres de espírito? Não importa. Eles vivem o vazio de sempre, agora. Não há futuro superável para eles. Vivem as consequências dos próprios atos ao longo da vida e, por isso, ‘só dão o que tem’ e estão corrompidos pelos vícios sem herança.

Por essas e outras que o decantado ‘perdão’ ou ‘desculpas’ é fogo de palha daqueles que preferem o ‘politicamente correto’, ao invés da verdade. Quando a morte chegar, não mais adiantará chorar pelo tempo perdido ou pela ignorância das percepções. A proteção e os ouvidos desaparecerão. Sete palmos de terra vão selar o arrependimento e um distanciamento definitivo. Eles vão selar sua solidão. Mas os pobres de espírito, sinistros de sangue não pensam nisso ou assim. Eles se blindaram em seu mundo fantástico e absurdo, e se acreditam dentro da série ‘os coitados’. Vamos ter atenção, nunca pena. Pobres de espírito, sinistros de sangue, não merecem nem isso, já que o livre arbítrio é para todos.

Lendo vários textos aqui, eu me deparei com a Síndrome de Peter Pan. Essa é a base dos pobres de espírito, sinistros de sangue, crianças que, mesmo depois de adultas (se recusam a crescer) e mantem comportamentos infantis (imaturidade emocional). Pois é. É isso. Pobres de espírito, sinistros de sangue, vivem em um mundo de fantasia, presos na Terra do Nunca, impossibilitados de viverem a vida adulta com tranquilidade ou em parceria.

Hoje eles estão diante da perda iminente da sua segurança e agem por pavor. O corte umbilical acontecerá independente de sua vontade. E eles têm medo! Nesta emoção, se desgovernam, inventam histórias mirabolantes sobre si mesmos e agem reativamente, sem perceberem que perderão, não somente, parte de sua genética; mas todo um território de afago, de escuta, de ajuda, depois que a realidade se impor.

Sentada, perto da janela, tomando meu vinho e olhando uma vida em suspenso, seguindo seu fluxo para outra dimensão, gradativamente, penso o seguinte: a PROTEÇÃO está acabando para todos. Uns vão se organizar para viver apesar de, com uma dor enorme e a respiração em suspenso toda manhã, fazendo coisas certas e outras nem tanto; outros, como os pobres de espírito sinistros de sangue, vão aumentar o nível de sua fantasia de realidade, recrudescer seus vícios internos, usurpar o que puderem, observar o compromisso como obstáculo e se esconder atrás de desculpas toscas, fazendo coisas certas e outras nem tanto.

Estou sem tempo para brincar de viver...

 

Prof.ª Claudia Nunes (07.08.2020)

 

Uma noite com o 'INDEVIDO'... só uma noite... (22.07.2020)

Há algumas noites que se apresentam sem estrelas. Noites de turbilhão, insegurança e negatividade. Então é preciso deixar fluir tudo isso para não sustentar o indevido. Nada indevido se sustenta numa mente harmônica ou com a consciência da presença deste indevido. Nesse fluir, portas emocionais são abertas. Não há opção. Ficar melhor ou sustentar o autoconhecimento exige portas abertas, mesmo diante de uma ‘surpresa ruim’. É acesso, reconhecimento, limpeza e uma próxima vez.

Nesse instante, o indevido se movimenta com vigor. De tanto tempo guardado, o indevido nem sabe que vivo está ou quais caminhos tomar; ele apenas quer o luxo da liberdade oferecida e perturbar. Sim, o indevido tem uma característica clara: ele perturba. Nem dá tempo para se sentir empatia por ele; ele perturba as emoções e desorganiza o florescer das ligações ritmadas de pensamentos mais calmos ou compreensíveis, pelo menos, para que durmamos bem.

O tempo passa, mas não ajuda, afinal foi uma decisão deixar fluir as emoções e abrir as portas. Alguns dirão: aprendizagem. Outros dirão: autoconhecimento. Outros mais: liberdade. Tanto faz. O contato com as perturbações do indevido convocam sentimentos protegidos e bem controlados a serem invadidos e destravados. E um deles, é o desprezo.

Que susto? Logo nós, desprezando? É. E é ruim. Ruim demais sentir desprezo. Este sentimento é uma forma de esquecimento dolorido e humilhante. Mas também uma proteção sensorial; uma salvaguarda. Só que, diante do sentimento de desprezo, muitos outros se aproximam, como a recusa, a vergonha, o estresse, o descontrole, a ansiedade e, talvez, a raiva e a tristeza. É o indevido perturbando e tentando fazer morada.

Em alguns casos, ‘quem despreza tem a clara intenção de humilhar o outro’. Tudo bem. Diante do livre arbítrio e uma porta aberta, tudo é possível. E o indevido segue perturbando; segue abrindo feridas e algumas verdades. E a noite se aprofunda... Dor e alívio na mesma intensidade. Na psicologia, afirma-se que o desprezo é uma emoção letal. É o indevido tendo a capacidade de fazer uma rave, junto às outras emoções, criando um ambiente alucinógeno e cheio de armadilhas adocicadas. Estamos num território subterrâneo muito obscuro e louco.

Só que a mente forte e positiva tem outras tantas portas a serem abertas, mesmo nesta noite profunda; além disso, alimentar covardia e ressentimento não faz parte do seu show. É importante saber que o indevido participa do conjunto de sentimentos passíveis de serem revelados e usados no cotidiano; mas é necessário reajustar a maturidade emocional e manter a saúde mental, social, afetiva e profissional. Não é fácil. O indevido é confortável, amigável, conhecido e prazeroso. Então, queridos, empatia inversa.

Não devemos ter empatia pelo indevido, iríamos enlouquecer ou morrer, em tempo recorde; nós precisamos ter empatia por nós mesmos; daí nós a chamarmos de empatia inversa: na presença do indevido, há nossa capacidade de sentir nossas emoções e nos colocarmos em nosso próprio lugar, fora da ‘cadeia alimentar’, das perturbações indevidas de outrem.

Da noite mais profunda ao dia mais ensolarado, do autoconhecimento à empatia inversa, outra palavra de ordem é reconexão. É experimentar o tal ‘fundo do poço’ e ter a capacidade de se reconectar com as próprias necessidades, sonhos e objetivos, apesar das sensações indevidas. E, no clarear do dia mais ensolarado, empatia, reconexão e o fortalecimento da autoestima, da autovalorização, do foco, da escuta, da sensibilidade e do sorriso fácil, tornam-se armas violentas para destruição dos sentimentos indevidos.

Ainda não é possível pensar em compaixão; nem na ilusão religiosa do perdão; mas é possível parar de se autoflagelar pelo indevido que nós aceitamos e deixamos livres no transito da vida.

Sigamos vivendo, aprendendo e prestando atenção, os indevidos estão em nossa mente, mas também em nosso coração.

 

Prof.ª Claudia Nunes (22.07.2020)

Em presença dos SINISTROS DE SANGUE (17.07.2020)

Família. Oh território estranho. É bom, mas é estranho. Tudo vai bem enquanto estão todos bem. Todos estão bem seguindo suas vidas com seus desafios e revezes. Mas aí um membro falece, adoece ou há um desafio mais grave cuja dependência pode atrapalhar a dinâmica de vida de alguns. Pronto! Há estranhamentos; desconexões; ruídos; e confusões no território familiar: alguém precisa assumir a responsabilidade.

Alguns passam indiferentes, mas estão perto; outros se preocupam, mas de longe ou não podem; outros ainda estão longe, mas quando chamados se apresentam gratamente e fazem justa parceria; e há aqueles que se revelam completos estranhos a tudo e a todos. A esses vou chamar de ‘sinistros de sangue’.

Hoje penso nestes últimos que, apesar do sangue, ignoram totalmente suas memórias, sua criação, suas influências, suas obrigações; e criam egoisticamente muita confusão com suas atitudes e falas. ‘Sinistros de sangue’ se pensam malandros. Por isso, hoje penso em equilíbrio emocional para pensar, sem pena, e em silencio estratégico, no que os ‘sinistros de sangue’ pensam da vida, principalmente, da vida após a ausência de um ente querido. De cara: eles não pensam... E lembro de uma frase forte e realista: ‘as pessoas só dão o que tem’.

Alguns sociopatas tem esse perfil. Não são dignos de pena e nem observo como ‘pobreza de espírito’; simplesmente, ao longo da vida, não foram capazes de dar valor a tudo que tiveram porque, egoístas, sempre quiseram muito mais... e muito mais só para eles mesmos. São adolescentes eternos em que o mundo sempre está contra; são mentirosos de si mesmos; e são viciados em vitimizações incoerentes. E aí os limites são necessários.

Não posso com emoções toxicas de outras pessoas. É loucura mantê-las enquanto seu vetor está na esbórnia de uma vida de mentira, de ingratidão, de covardia e de solidão. Eu estou me preparando e observando, basicamente, para lutar pela qualidade de vida de uma pessoa e pela minha saúde mental. Limites então são fundamentais para mim, para minha caminhada com o cuidar e para o depois. Perdi as ilusões e estou me resguardando / protegendo. Aos poucos, vou informar aos ‘sinistros de sangue’ o que preciso e o que QUERO para a minha vida, apesar de. É triste. É sangue. É necessário.

Agora (e depois), as linhas de respeito serão estabelecidas para que eu me sinta bem mental, física e emocionalmente. É tempo de ser egoísta por pura preservação: minha e dela. Não é fácil, é sangue; mas não tenho receio; não me sinto culpada; não tenho mais fantasias; não tenho essa responsabilidade; é inútil e inocente pensar e agir de outra forma. Volto ao ponto de equilíbrio para pensar no MEU amanhã sem cola com os ‘sinistros de sangue’, em total desconsideração com sua base. Esse é um dos resultados da quarentena: autoconhecimento, preservação e paz.

Em quarentena, um tempo forte de observação de quem é quem, em minha família, e de decisões de quem ficará e quem não mais, pelo menos em intensidade, apesar do sangue. Eu estudo para me conhecer e aprender, e principalmente, para ME respeitar; logo, os limites para quem não se faz presente ou o faz por interesse são inevitáveis. Não é (será) fácil, sei quem sou diante da injustiça (Xangô e Nanã que o digam), mas sempre e de qualquer jeito, minha AUTOESTIMA agradece e agradecerá.

Hoje estou em silêncio interno porque há ações dos ‘sinistros de sangue’, para mim, inacreditáveis; mas como escrevi, no início deste relato, ‘as pessoas só dão o que tem’. E como para tudo há consequências, faço questão de avisar aos ‘sinistros de sangue’ também: ‘respeito é bom e eu gosto’, e farei valer isso de qualquer jeito, nem que seja também na justiça dos homens.

 

Prof.ª Claudia Nunes (17.07.2020)

 

PORTA ABERTA: perdas e ganhos (13.07.2020)

E quando uma porta abre, um mundo se apresenta e o medo também. Sim! Portas fechadas são misteriosas. Porta abertas são oportunidades. Será que posso atravessá-la? Depois da porta, tudo de novo e sem retorno. Lá deve ter caminhos íngremes, pedregulhos, becos sem saída, atalhos escuros e gente... gente demais. Há uma luta em mim: quero ir, desejo ir, mas não gosto de mudanças. Portas tem uma mensagem: ‘começar de novo’. Paro, observo e penso demais. Eu temo esse outro eu depois da porta. Ele não tem controle... Eu tenho curiosidade sobre esse outro eu em frente à porta. Sou muito simultânea com meus sonhos; mas não sei que mecanismo pode me ajudar. Na porta, um caminho que desconheço, mas que é natural. Antes da porta, a natureza e o fim; depois da porta, minha essência e eu desvirada. Engraçado que nada é como eu esperava. Depois da porta, um design diferente, maduro, sem firmeza. O momento é de perda dos pontos de contato confortáveis. O confortável está fragilizado, carente, desidratado. Eu vivia num projeto, só que agora os andaimes caíram, e tudo que vejo são paredes inacabadas, ainda que esperançosas. Não sou menor, vivo de equivalências e, agora, diante daquela porta aberta, não sei reagir. O que posso oferecer? Só o que tenho; só minhas memórias. De repente, uma porta aberta é isso: momento de memórias, de entrega, de recepção e de acolhimento do que sou sem tantos medos ou pensamentos. “E a minha vida é a mais importante de todas porque é a que eu estou vivendo agora”. (Monja, 2018) A ideia é atravessar essa porta e fazer do caminho algo importante, de novo, em minha vida, do jeito que puder. É aceitar a porta aberta, viver as dores de atravessá-la e acreditar que o melhor está por vir. Diante dos meus últimos meses, portas abertas significam enormes perdas e também a hora de maior atenção a mim mesma. Depois da porta: existe a outra; nunca, eu. Para entender e praticar a vida, um lema se repete: “Está com medo? Vai com medo mesmo”. O dia acabou, a porta está aberta e eu esperando uma senha: umavidaacabar77. Que pena...

 

Prof.ª Claudia Nunes (13.07.20)

DOENÇA sentada na minha frente (06.07.2020)

 

Em tempos de pandemia, estou pensando em GATILHOS MENTAIS, estímulos percebidos pelo cérebro que auxiliam e influenciam o processo de tomada de decisão. É a hora das FUNÇÕES EXECUTIVAS. Hora do nosso CPF (córtex pré-frontal) e das decisões simples e/ou complexas. Mas, e quando a situação é independente de sua vontade? E quando não há decisão que resolva um assunto? Aí é a hora da INTELIGENCIA EMOCIONAL. É o começo de uma reestruturação mental e mudança de pensamento.

Nem sempre os desafios têm soluções objetivas (rápidas). As vezes o desafio precisa de tempo de imersão e observação; escolhas estratégicas pontuais; e pequenas ações assertivas. Tudo isso relaciona-se ao autoconhecimento para viver o desafio de outra maneira ou com menos intensidade. Ou seja, gatilhos mentais servem para que você SE persuada a ser uma pessoa mais ciente do próprio potencial e a criar espaços mais adequados para refletir suas perspectivas de vida. O tal ‘olho do furacão’ oportuniza o aparecimento de novos comportamentos, resultados e trajetórias de vida.

Gatilhos mentais são as surpresas da vida, retirando nossos hábitos de um ritmo, de forma abrupta. Não é apenas uma mudança de velocidade, é uma reorganização cerebral e mental para que saibamos viver o desafio imposto, sem sincronia. Nesse momento, a respiração se altera, olhamos para todos os lados, incômodos se estabelecem por dentro do corpo e reconhecemos nossa vulnerabilidade. É o momento do autoquestionamento: vamos conseguir? Seremos fortes? O que fazer primeiro? É o tempo do vazio de opções.

Nós não podemos nos enganar, fingir que nada acontece ou procrastinar; o baque é forte e sério; e este engatilha emoções escondidas ou bem controladas. Nós precisamos nos persuadir a nos acalmar, pensar, escolher e agir com mais atenção. Gatilhos mentais servem para espelhar quem somos e nos incentivar a oferecer o que temos de melhor. Gatilhos mentais, bases da persuasão da memória, podem justificar nosso envolvimento com novas e positivas atitudes; e podem despertar boas necessidades e novos objetivos. Mas enquanto o desafio é apenas desafio sua relação com essa aprendizagem está enevoada, acinzentada.

Por que escrevo isso? Estou pensando na doença da minha mãe. Um enorme desafio. Um grande susto que engatilhou pesadelos turbulentos. Um momento de incerteza e grandes decisões. Um tempo de reestruturação da vida quase sozinha. Uma certeza que precisa ser trabalhada emocionalmente até o fim, todos os dias.

Doença como gatilho para múltiplos aprendizados estranhos, chatos, interessantes e importantes. Paradoxo total. E eu sigo tentando me persuadir que tudo ficará bem; sigo me influenciando às tomadas de decisão mais adequadas; sigo tentando não agir por impulso ou de forma automática; sigo tentando harmonizar as interconexões neuronais definindo bem minhas escolhas diárias; e sigo na briga entre o emocional e o racional, sem justificativas bobas. Quero pensar devagar, consciente de que estou em meu melhor. É trabalhoso, é desgastante, é cansativo; todos os sentidos e memórias estão na cena que vejo todos os dias; e é trabalhoso, desgastante e cansativo.

Hoje estava lendo aleatoriamente textos na internet, eu me deparei com um texto que elencava 21 Gatilhos Mentais importantes, no caso, para vendas, a saber: escassez; autoridade; urgência; reciprocidade; porquê (motivo); prova social; novidade; dor x prazer; antecipação; comprometimento; descaso; paradoxo da escolha; simplicidade; referência; história; inimigo comum; garantia; curiosidade; surpresa; similaridade (ou afinidade); exclusividade.

Eu não sei se passei por tudo isso. Não estou à venda e nem vendendo alguém ou um produto; mas lendo a explicação sobre cada um deles, alguns gatilhos eu assumi para minha atual dinâmica de vida, na seguinte ordem:

 

SURPRESA

A emoção mais sinistra. Aquela que desorganiza corpo e alma para logo se colar, no meu caso, com a tristeza e um pouco de raiva. Não há tranquilidade imediata. Não tive tempo para pensar. Não há bônus, apenas ônus e silêncio interno. Uma surpresa que desmonta e amedronta. Surpresa: chegada da doença. Detonador de futura solidão. É a vida com seus brindes estúpidos.

URGÊNCIA

Meu desafio requer urgência. Sem urgência, há consequências. Razão tentando sobrepujar a emoção. Interesse em saúde ou em qualidade. Compreensão do processo para agir com certeza. Conjunto mnemônico em polvorosa; comunicação aos estalos; procura de reorganização, apesar da dificuldade. Primitividade quase sem controle.

INIMIGO COMUM

Uma doença sentada na minha vida. Ela me encara sem perdão. É comum e minha inimiga. Depois de um tempo, temos empatia. Dor e prazer: doença, cuidado e aprendizado. Oportunidade de ir dizendo ‘até logo’. Estou indignada, mas agradeço. De quem é a culpa? Ninguém! Objetivos interrompidos, objetivos recriados. Vou para o combate porque vale a pena. Tempo de aproximação, diálogo, beijos e abraços, carinhos nada estranhos, qualidade e amor. A doença me encara, agora, desconfiada: é encarada também e sem medo. Sou dessas.

CURIOSIDADE

Fato dado, fato assumido. O tempo não é de discutir. Assumir e se comprometer. Sou curiosa: quem sou? Nada disso eu queria, mas houve um salto no tempo sem efeitos especiais. E agora preencho meu tempo com outros conhecimentos e atendimentos. Sou curiosa mesmo. Equilíbrio e curiosidade: desejo de sobreviver, saber mais e atender mais. No meio de tudo, aprender a ser simples, apesar de leonina. É difícil. É tenso. O controle é confuso. Preciso ser criativa para sobreviver.

DOR X PRAZER

(de cuidar)

Aqui a louca mistura das emoções básicas. No processo reduzir dores e aumentar o prazer. Prazer de aprender a cuidar como necessidade de evitar a dor, o desconforto. Depois da dor, uma certa satisfação: assumir o cuidado. Não há como ignorar, é tolerar e viver o que for possível. Muito caminho a percorrer. Muitos dias para viver. Dias mais; dias menos. Dias de prioridades físicas e mentais; outros nem tanto. Revisão de necessidades.

HISTÓRIA

Lembranças e memórias. Comunicação total com minha essência. Na noite, olhar e lembrar: exemplos de vida. Muitas histórias de crescimento e de aprendizagem de ser ser vivo humano. Extraordinário como a mente encontra jeito de nos distrair com nossas histórias. Lembranças com sentimentos / vivências. É bom consumir histórias, as vezes com um pouco de ficção. Corpo treme. Histórias, exemplos para tomada de decisão. Histórias como gatilhos mentais poderosos para dor e prazer. Hora de aproveitar para criar equilíbrio emocional. Não é fácil.

AFINIDADE

Na hora do aperto, as afinidades. Pesquisa, encontros, histórias, amigos com afinidades e exemplos. Muita coisa para escutar e ler; muita coisa para descartar e fazer. Identificação ainda em processo. Não me sinto colada nem com a doença nem com as afinidades. Pairo em tudo, apesar de me jogar sem luxo. Antes e durante não é fácil me influenciar. Talvez teimosia; ou juba lustrada; ou mesmo, ignorância. Só quero ser quem aprendi a ser, nunca me promover. Elogios ajudam, ações são mais admiráveis. Não pertenço a nada disso, mas quero fazer o que é certo. Missão? Qualidade de vida e equilíbrio emocional. Uma hora a doença vai se levantar...

COMPROMETIMENTO

Diante de um fato (o meu fato), só há comprometimento. Não há como resolver; há como viver da melhor forma. É parar e rever meus potenciais para remodelar o cotidiano em outro status: filha que cuida. Gatilho que desperta confiança no que sou. É provar para mim o que posso ser todo dia. É provar só para mim. Oportunidade de aprender sem o sucesso de vencer.

 

Profª Ms. Claudia Nunes (06.07.20)

 

Referência:

https://www.nucleoexpert.com/gatilhos-mentais-mais-poderosos/

CRIATIVIDADE e o "novo normal"

Um mundo sem criatividade. Um mundo repleto de criatividade. Eis o mundo no qual vivemos. Um mundo em que AINDA precisamos duramente possibilitar criatividade. Não há outro aspecto que proporcione uma sociedade forte e organizada. Estímulos, repetições, acessos e criatividade. Juntando tudo, temos EXPERIENCIA. É precisa oferecer territórios de experiência a todos, principalmente, àqueles em desenvolvimento. Quais seriam os primeiros passos, basicamente, no tão decantado ‘novo normal’? Opto por um conjunto de ações: observação, respeito, escuta, desafio, vontade e liberdade. Qual seria o resultado? Inspiração e criatividade; em sequencia: amadurecimento; motivação; inovação e conquistas. Assim, eu aceito a falácia do ‘novo normal’ no campo da criatividade e/ou mudança de comportamento. Será que estamos preparados? Ou, ao menos, nos preparando? Parte do que chamamos de ‘ações tradicionais’ estão cheias de rachaduras. Vãos de onde observamos a possibilidade de experimentar nossas ‘loucuras’ e ‘ver no que dá’. Espaços onde inserimos nossos desejos e suspendemos a respiração diante dos inusitados resultados. A hora é de ouvir a todos e a tudo. Pinçar adequações. E experienciar a real criatividade, mesmo com base no conceito de SOBREVIVÊNCIA. Importante transmitir mensagens positivas e reais. Outras palavras que precisamos entender: encorajamento e engajamento. Estamos dentro de um quebra-cabeças de cinco mil peças (as ideias) e precisamos saber escolher, fazendo uma trança, aquelas que melhor convergirão e fortalecerão nossa criatividade. Precisamos melhorar nossos intercâmbios, trocas, diálogos, ofertas. Precisamos gerar fluidez nas relações para compor outros contatos com as pessoas, com os assuntos, com o tempo, com a vida. Liberdade para falar. Comunicação sem tantos impedimentos gera vitalidade à seleção e prática de ideias. Diminuição da força das hierarquias no pensamento alheio. O segredo para resolvê-los problemas é encontrar formas de ver o que está e o que não está funcionando, o que parece ser muito mais simples do que é na realidade. Nós temos que criar melhores maneiras de VER para saber ESTAR em quaisquer lugares. Mudar as abordagens ou perspectivas. Precisamos entender melhor o sentido da palavra VANGUARDA. A Ideia fundante da criatividade, no meu entender, é a INTENÇÃO, não apenas o movimento. A vida é cheia de possibilidades, apenas devem aprender a tocar nas tantas potencialidades brutas. Ambientes criativos: abertos às intenções.

 

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (03.07.20)

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...