segunda-feira, 1 de novembro de 2021

CAOS, um benefício à resiliência

 

Uma das coisas fundamentais quando aprendemos e vivemos o sentido da resiliência é se beneficiar com a presença do caos. Outro dia estava lendo partes de um livro chamado antifrágil e entendi que “fragilidade” designa coisas, pessoas ou organizações que se debilitam ao serem feridas. Debilidade é então porta de entrada para a depressão, a tristeza sem fim, a ansiedade e a ratificação do medo. Em tempos tão líquidos, essa debilidade desajusta as estratégias de repressão bem construídas e nos tira do prumo, da zona de conforto. Será que estaremos preparados para sair e voltar de nós mesmos? Já pensaram nisso? Será que estaremos preparados para entrar em nosso próprio submundo, vive-lo / senti-lo, e nos recuperar com poucos danos internos / emocionais? É uma batalha árdua e, vira e mexe, sempre a enfrentamos. A questão de aprender a ter resiliência justamente será a força que poderá nos fazer aguentar as intempéries sem nos abater tanto; além disso, aprender a ser resiliente pode nos dar a dimensão de quem somos e provocar mais autoconhecimento. Que tal isso? Força, qualidade ou saúde apesar de tudo o que nos acontece de ruim é a tônica de se aprender resiliência. Lembremo-nos do célebre aforismo de Nietzsche: “O que não nos mata, nos fortalece”. Pensem nisso: o que lhes acontece lhes fragmenta, desorganiza ou ajusta suas vidas e lhes oportuniza um novo olhar sobre o mundo e os dias? Diante das formas com que aprendemos a nos emocionar, só nós saberemos como responder a isso e agir mais equilibradamente. Nossa capacidade de voltar à normalidade está diretamente ligada às experiências de vida que seguimos burilando e ajustando como memória, ao longo da vida. Tenha cuidado com o que você será com o que lhe aconteceu, sua saúde mental agradecerá.

 

Prof.ª Claudia Nunes (04.10.2020)

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