Uma das coisas
fundamentais quando aprendemos e vivemos o sentido da resiliência é se
beneficiar com a presença do caos. Outro dia estava lendo partes de um livro
chamado antifrágil e entendi que “fragilidade” designa coisas, pessoas ou
organizações que se debilitam ao serem feridas. Debilidade é então porta de
entrada para a depressão, a tristeza sem fim, a ansiedade e a ratificação do
medo. Em tempos tão líquidos, essa debilidade desajusta as estratégias de
repressão bem construídas e nos tira do prumo, da zona de conforto. Será que
estaremos preparados para sair e voltar de nós mesmos? Já pensaram nisso? Será
que estaremos preparados para entrar em nosso próprio submundo, vive-lo /
senti-lo, e nos recuperar com poucos danos internos / emocionais? É uma batalha
árdua e, vira e mexe, sempre a enfrentamos. A questão de aprender a ter
resiliência justamente será a força que poderá nos fazer aguentar as
intempéries sem nos abater tanto; além disso, aprender a ser resiliente pode
nos dar a dimensão de quem somos e provocar mais autoconhecimento. Que tal
isso? Força, qualidade ou saúde apesar de tudo o que nos acontece de ruim é a
tônica de se aprender resiliência. Lembremo-nos do célebre aforismo de
Nietzsche: “O que não nos mata, nos fortalece”. Pensem nisso: o que lhes
acontece lhes fragmenta, desorganiza ou ajusta suas vidas e lhes oportuniza um
novo olhar sobre o mundo e os dias? Diante das formas com que aprendemos a nos
emocionar, só nós saberemos como responder a isso e agir mais equilibradamente.
Nossa capacidade de voltar à normalidade está diretamente ligada às
experiências de vida que seguimos burilando e ajustando como memória, ao longo
da vida. Tenha cuidado com o que você será com o que lhe aconteceu, sua saúde
mental agradecerá.
Prof.ª
Claudia Nunes (04.10.2020)
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