Nunca a
felicidade foi tão procurada como hoje em dia. Só que felicidade não se
encontra a granel por ai. É preciso ter atenção a determinados poderes, como
humildade, sensibilidade, simplicidade e escuta. Estamos vivos e, por exemplo,
nunca agradecemos. Como querer tanto a felicidade sem se dizer ‘muito obrigado’?
Hoje estou pensando nas palavras ‘gratidão’ e ‘ingratidão’.
Somos gratos por
interesse. Somos gratos, mas perdemos o foco do que/ de quem realmente
precisamos. Somos gratos, mas desaprendemos a respeitar o outro. Somos gratos
de que, então? Existe um ditado que diz que as pessoas ensinam aquilo que mais
precisam aprender. Então, de pronto, sejamos gratos por nós mesmos.
Somos nossas
memórias sensíveis e as revelamos quando somos gratos ou ingratos. Sim, também somos
ingratos vez por outra. Quando queremos ser melhores do que somos, somos
gratos; mas quando agimos e nos comportamos por interesse particular, somos
ingratos e somente conosco. Essa é a balança na qual nós, humanos, convivemos
todos os dias.
Em harmonia e
equilíbrio, somos capazes de benesses inimagináveis ao outro; em desequilíbrio
e confusão, somos sorrateiros e intransigentes. Nós temos lado ‘branco’ e lado
‘preto’; os problemas são as sombras, as omissões, os orgulhos e os disfarces
emocionais. Logo ‘fazer o bem sem o olhar a quem’ ainda é o lema básico e real.
Não criemos expectativas: elas são nossas, nunca do outro.
Tanto a gratidão
quanto a ingratidão estão em todos os nossos momentos e gestos, basta
reconhecer que somos humanos e falhos: nunca ‘se’ duvide! Ambos os sentimentos
tem a participação e permissão do outro, daí é preciso entender e mudar: somos
quem somos, nunca o que acreditamos que somos, por nossas grandes gratidões e
pequenas ingratidões. Vamos ter atenção às nossas emoções positivas e
desentoxicantes: felicidade ou infelicidade dependem disso e esses sentimentos
afluem e confluem sem inibições de acordo com nosso poder de gratidão,
principalmente, quando isto é desnecessário ou irrelevante.
Nós temos começos de vida imperfeitos e/ou difíceis cujo atrelamento condiz com nossas atitudes
com os outros e estas nos revelam como seres emocionais, pensantes e, as vezes,
com pequenas indignidades. Mas é preciso mudar! E mudar é investimento na
potencialidade de ser sendo apesar do outro. Não há beleza na expectativa excessiva; há
beleza no crescimento pessoal com mínimos julgamentos. Difícil? Com certeza! Os
obstáculos são enormes, o que dá maior valor às práticas perseverantes.
Nós precisamos
ver o bem de bem com a vida sem medos, orgulhos, raivas e amarguras, afinal
temos um cérebro que trabalha para sobreviver e perseverar: o sistema de
recompensa. É preciso levantarmo-nos quantas vezes forem necessárias, sem
pensamentos punitivos ou vingativos. E de tudo temos que entender e trabalhar
com o que não deu certo ou com a desconsideração: um passo de cada vez sem
descansar. Neste processo eliminamos o que não funciona e incorporamos o que
deu certo gradativamente.
O tempo não
pára, logo não podemos parar diante das incongruências ou da sensação da falta
de amor ao próximo do outro. Erros são possibilidades. Dores são amadurecimentos.
Silêncios são crescimentos. Quando pensarmos em gratidão, cuidado com a
necessidade/desejo de subserviência eterna, isto dirige nossa atenção a outros lugares
ou níveis nas quais não temos nenhum controle: as formas de ver o mundo do outro ou os sentimentos dos outros. Se
fizermos o bem e ponto: não há faltas e nem resmungos. Se fizermos o bem e aguardamos: sofremos
antecipadamente. Aqui o pensamento estratégico é fundamental: é deixar o outro
ser o que é sem senões ou querências que só nos dizem respeito.
Gratidão é uma
atitude e uma prática sem desníveis: mesmo se as coisas vão mal, de novo,
‘fazer o bem sem olhar a quem’. Só que precisamos aprender que, diante do
outro, as emoções e as atitudes serão outras. Agimos para o bem e acreditamos
no bem como/para recompensa. Isso é um problema! Só trabalhamos com nossas emoções,
não somos o outro. E a sensação da ingratidão gera descontentamento crônico.
Nesse caso, o eterno retorno é falho e não adianta reclamar. Reclamar para a
vida é inútil porque ela seguirá apesar de.
A leitura sobre
a ingratidão causa sombra na mente e no corpo. É muito cortisol sem sentido. É
‘um contentamento descontente’. Para quê? Todos os atos são nossos, são formas
de amadurecimento pessoal, são perspectivas de crescimento particular. Devemos
ficar alegres porque o bem e a gratidão não são interesseiros ou interessados;
eles participam das nossas melhores decisões na/da vida. O livre arbítrio nos
dá essa possibilidade: consciente ou inconscientemente, decidimos pela gratidão
ou ingratidão de acordo com nossas crenças e memórias; e, claro, de acordo com
o momento; afinal SOBREVIVER é preciso! E isso ninguém domina / controla. Se
não for assim passamos a vida murmurando emoções tóxicas e perdendo a
simplicidade das relações livres. Adoecemos. Ignoramos. Perdemos.
Gratidão é
estilo de vida. Ingratidão é momento de infertilidade. Somos os dois em tempo
integral, apenas decidimos expor um ou outro em determinados momentos. O que
pode nos diferenciar? O tempo disposto para ser grato ou ingrato. A cena da
ingratidão torna o abraço dos dias um prejuízo constante. Então cuidado: a
decisão da independência, da superação, da mudança, da opinião do outro podem
não ser ingratidões reais; elas dependem das posturas, das visões de mundo, das
memórias e da linguagem; e merecem respeito, ainda que nos sintamos chateados
ou tristes.
Sem dar conta
das experiências pelas quais o outro passou, diante de atos estranhos às nossas
vivências, geramos incríveis insatisfações e anos de reclamações. Nós nos
envolvemos com o hábito de nos sentir mal e isso é péssimo para tudo ao redor e
ao futuro de outras relações. Atenção! Cuidado! Isso é ingratidão consigo mesmo
e é uma dor insuportável. Um segredo: essa dor ninguém saberá ou reconhecerá;
ela é/será só nossa! Cuidado!
Um conselho, vamos pensar o seguinte: a gratidão não está no outro, ela está em nós mesmos. Pense em sua família; no seu trabalho; em sua casa; em seus filhos / amigos; na beleza de andar / falar / ver; em sua saúde; em seus afetos; em seus sonhos / desejos. Isso merece gratidão e permanecerá em sua lista de coisas ‘gratas’ para sempre.
Queremos gratidão?
Pensemos nesta listinha e criemos uma energia positiva constante ao nosso redor.
Um conselho, vamos pensar o seguinte: a gratidão não está no outro, ela está em nós mesmos. Pense em sua família; no seu trabalho; em sua casa; em seus filhos / amigos; na beleza de andar / falar / ver; em sua saúde; em seus afetos; em seus sonhos / desejos. Isso merece gratidão e permanecerá em sua lista de coisas ‘gratas’ para sempre.
Queremos gratidão?
Pensemos nesta listinha e criemos uma energia positiva constante ao nosso redor.
Confiar é
preciso!!!!
Claudia Nunes
Claudia Nunes
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