segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

2018: A EXPERIÊNCIA DE MUDAR...


Lá vem 2018. Há uma grande expectativa no ar. E a palavra de ordem é MUDANÇA. Há um esforço enorme para imaginar mudanças. Sim, nós, de novo, imaginamos e nos confortamos com isso. O mundo vem mudando há tempos e nós também. Daí, precisamos de estabilidade, inovação e oportunidade; senão mudar é uma ação somente da natureza humana.
Viver em sociedade, como sabemos, é ir muito além da Natureza. Nessa marcha, vamos além do corpo humano. Mudamos no corpo e na mente porque mudar significa que estamos nos relacionando. De qualquer jeito, virtual e presencial, estamos nos relacionando. A natureza conectiva precisa disso. Nossa neuroquímica precisa disso.


Em neurociência estudamos a NEUROPLASTICIDADE, isso é mudar toda a energia do corpo para mover o corpo e ser um corpo de qualidade em sociedade. É afetar, estimular e mudar outros jeitos de ser ser vivo humano mesmo reconhecendo nossa maior crença: a certeza da morte. Neuroplasticidade também é mudar as regras do sistema nervoso ao incluirmos múltiplas informações em sua sistemática. Então que venha 2018 e suas reais mudanças de toda sorte. Nós precisamos ressurgir da onda gigante de confusões e negações a que fomos submersos para sobreviver até 2017.
Como a palavra ADAPTAR, mudar pressupõe a palavra SOBREVIVER como nossa maior definição, todos os dias. Só que mudar como ação de qualidade exige observação e escuta. Mudar age como eliminador de sombras. Nada de reafirmar as sombras da caverna de Platão ainda que mudar seja assombroso mesmo. É o fora da caixinha; é saída da zona de conforto; é maturação lenta e gradual; é um ambiente sem garantias; é a contemplação das incertezas; é a sensação de insegurança; é o medo e a ansiedade; mas também é CRESCIMENTO.
A conexão humana é um fluxo de saltos ao crescimento às vezes de forma inconsciente e, em diferentes momentos, obriga-nos a mudar. E mudar precisa de motivos e objetivos: quais serão eles para 2018? Como bem sabe um compositor musical, mudar exige SUA PROPRIA musicalidade, cadência, rima e harmonia; e nada vem antes do tempo. Não podemos ter medo de nada, mas devemos entender que mudar é um DESAFIO (terreno pantanoso onde vivenciamos nosso imaginário e desejos) com atitude e mínimos bloqueios. É guerra!
Mesmo sem guerra vivemos em preparação para ela: mudar é aceitar outros movimentos que nos mantenham preparados para o que der e vier. Com treinos constantes, é GUERRA mesmo! E, em 2018, outra guerra nos espera já que somos homens questionadores e vivemos sempre junto a elementos da juventude como CURIOSIDADE, CRIATIVIDADE, VONTADE, ATITUDE e RISCOS. Estes elementos nos aproximam de precipícios, mas, de acordo com Shakespeare "a prudência é a melhor parte da ousadia". Eis os dois ‘Ps’ da contradição humana: precipício e prudência.
Mudar é ser prudente e mesmo assim invadir o desconhecido com estratégia. E como fazê-lo com poucos percalços? Entremos em paralelo com o OUTRO e, mesmo de esguelha, observemos comportamentos, atitudes, ideias, escolhas, relações, estudos e formas de felicidade. Livros, revistas, artigos, cursos, palestras, internet, também são importantes e boas moedas de troca; mas o OUTRO + formas de aplicação (experiência) são fundamentais para mudar, mudar e mudar.
Humanos entre humanos criam tendências, aderências, abrangências, ambiência, antecedência, audiência, benevolência, cadência e ciência de ser GENTE sendo gente, mesmo se a verdade não for obtida. Mudar então é busca e nessa busca não há controle, limites; apenas precisamos correr, de novo, na frente de nosso prejuízo nato: reconhecimento da morte. Sendo assim:
ð  Abra-se ao mundo. Aceite as diferenças. Reconheça outras verdades. Viva nossos ângulos e respirações. Experimente novas cores. Busque oportunidades. Dê linha em sua pipa de responsabilidades. Reformule suas vontades e objetivos. Estude muito. Relacione-se sem medo. Faça silêncios momentâneos. Planeje passos e prazos reais. Tenha atenção ao seu coração e intuição. Movimente-se. Reflita. Crie. Perca rumos. Conforte-se e desconforte-se sem culpa ou justificativa. Seja corajoso.

2018 é promessa, logo um pacto, um compromisso, uma obrigação cuja força à mudança desejada vem com o tempo, nas boas vibrações e a partir da nossa fé. A fé move montanhas? Não sei... Mas tenho certeza que ajuda a mover o corpo, lidar com os outros e criar mais emoções positivas de vida.
Que venha mesmo 2018!

Profa Claudia Nunes


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