Lá vem 2018.
Há uma grande expectativa no ar. E a palavra de ordem é MUDANÇA. Há um esforço
enorme para imaginar mudanças. Sim, nós, de novo, imaginamos e nos confortamos
com isso. O mundo vem mudando há tempos e nós também. Daí, precisamos de
estabilidade, inovação e oportunidade; senão mudar é uma ação somente da
natureza humana.
Viver em
sociedade, como sabemos, é ir muito além da Natureza. Nessa marcha, vamos além
do corpo humano. Mudamos no corpo e na mente porque mudar significa que estamos
nos relacionando. De qualquer jeito, virtual e presencial, estamos nos
relacionando. A natureza conectiva precisa disso. Nossa neuroquímica precisa
disso.
Em
neurociência estudamos a NEUROPLASTICIDADE, isso é mudar toda a energia do
corpo para mover o corpo e ser um corpo de qualidade em sociedade. É afetar,
estimular e mudar outros jeitos de ser ser vivo humano mesmo reconhecendo nossa
maior crença: a certeza da morte. Neuroplasticidade também é mudar as regras do
sistema nervoso ao incluirmos múltiplas informações em sua sistemática. Então
que venha 2018 e suas reais mudanças de toda sorte. Nós precisamos ressurgir da
onda gigante de confusões e negações a que fomos submersos para sobreviver até
2017.
Como a palavra
ADAPTAR, mudar pressupõe a palavra SOBREVIVER como nossa maior definição, todos
os dias. Só que mudar como ação de qualidade exige observação e escuta. Mudar
age como eliminador de sombras. Nada de reafirmar as sombras da caverna de Platão
ainda que mudar seja assombroso mesmo. É o fora da caixinha; é saída da zona de
conforto; é maturação lenta e gradual; é um ambiente sem garantias; é a
contemplação das incertezas; é a sensação de insegurança; é o medo e a
ansiedade; mas também é CRESCIMENTO.
A conexão
humana é um fluxo de saltos ao crescimento às vezes de forma inconsciente e, em
diferentes momentos, obriga-nos a mudar. E mudar precisa de motivos e
objetivos: quais serão eles para 2018? Como bem sabe um compositor musical,
mudar exige SUA PROPRIA musicalidade, cadência, rima e harmonia; e nada vem
antes do tempo. Não podemos ter medo de nada, mas devemos entender que mudar é
um DESAFIO (terreno pantanoso onde vivenciamos nosso imaginário e desejos) com
atitude e mínimos bloqueios. É guerra!
Mesmo sem
guerra vivemos em preparação para ela: mudar é aceitar outros movimentos que
nos mantenham preparados para o que der e vier. Com treinos constantes, é GUERRA
mesmo! E, em 2018, outra guerra nos espera já que somos homens questionadores e
vivemos sempre junto a elementos da juventude como CURIOSIDADE, CRIATIVIDADE,
VONTADE, ATITUDE e RISCOS. Estes elementos nos aproximam de precipícios, mas,
de acordo com Shakespeare "a
prudência é a melhor parte da ousadia". Eis os dois ‘Ps’ da
contradição humana: precipício e prudência.
Mudar é ser
prudente e mesmo assim invadir o desconhecido com estratégia. E como fazê-lo
com poucos percalços? Entremos em paralelo com o OUTRO e, mesmo de esguelha,
observemos comportamentos, atitudes, ideias, escolhas, relações, estudos e
formas de felicidade. Livros, revistas, artigos, cursos, palestras, internet, também
são importantes e boas moedas de troca; mas o OUTRO + formas de aplicação
(experiência) são fundamentais para mudar, mudar e mudar.
Humanos entre
humanos criam tendências, aderências, abrangências, ambiência, antecedência,
audiência, benevolência, cadência e ciência de ser GENTE sendo gente, mesmo se
a verdade não for obtida. Mudar então é busca e nessa busca não há controle,
limites; apenas precisamos correr, de novo, na frente de nosso prejuízo nato:
reconhecimento da morte. Sendo assim:
ð
Abra-se
ao mundo. Aceite as diferenças. Reconheça outras verdades. Viva nossos ângulos
e respirações. Experimente novas cores. Busque oportunidades. Dê linha em sua
pipa de responsabilidades. Reformule suas vontades e objetivos. Estude muito.
Relacione-se sem medo. Faça silêncios momentâneos. Planeje passos e prazos
reais. Tenha atenção ao seu coração e intuição. Movimente-se. Reflita. Crie.
Perca rumos. Conforte-se e desconforte-se sem culpa ou justificativa. Seja
corajoso.
2018 é
promessa, logo um pacto, um compromisso, uma obrigação cuja força à mudança
desejada vem com o tempo, nas boas vibrações e a partir da nossa fé. A fé move
montanhas? Não sei... Mas tenho certeza que ajuda a mover o corpo, lidar com os
outros e criar mais emoções positivas de vida.
Que venha
mesmo 2018!
Profa
Claudia Nunes
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