Diante de uma Natureza vibrante velha certeza: as coisas mudam. Tudo mudou. Pessoas, objetos, sentidos, rotina, tudo fora do lugar. E lá está a Natureza. Da janela, olho e sei: eu perdi. No caminho, hábitos e certezas perderam o rumo. E o tempo alterará os amontoados criados pela realidade. Amontoados de coisas conhecidas e queridas, mas amontoados. É importante uma reorganização lenta e quase imperceptível para que eu possa saber e entender que perdi sem me perder. Nunca imaginei, pensei ou percebi a curva perigosa em meu caminho, mas ela veio e lá está a Natureza. Ela não se perde, ela se renova e eu fragmentada em um redemoinho de emoções. É luto e muita luta. Penso em nova versão, em Naturezas e em quatro estações. A vida tem quatro estações com que precisamos atravessar para aprender e crescer. Estações de tempo, movimentos e vários descartes. E como diz o samba “na limpidez do espelho só vi coisas limpas”. Eis a versão na inversão da ação do tempo que nos presenteia com a dor. Eis a minha versão. Apesar de tudo, eu credito em dias bons e cheirosos. Sou eu e a Natureza até o fim.
Prof.ª
Ms. Claudia Nunes (18.11.2021)
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