terça-feira, 18 de abril de 2023

De repente o mundo...

 

De repente o mundo...

 

De repente o mundo ficou diferente.

Doença, pandemia, morte e solidão.

Furor e rotinas cheias de dramas.

Nessa loucura, eu não sei de mim.

Só tenho meu pente na mão

 

É desconforto, dor, desconfiança

Nada permanece ou desaparece

É confusão que nunca apetece

Só perdi a aliança apesar da prece.

 

Quero os prazeres livres

Das cores mais pungentes

Beijos mais ardentes

E lentes plenas de rosas e mais rosas

Completamente sem dentes.

 

Vou adiar meu tempo

Porque estou descartada.

Por que sou assim?

Por que me tornei isso?

Porque sou chata

Quando sou o meu pior.

Sempre e sempre na hora exata.

 

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (15.01.2022)

 

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