No
meio da vida...
No meio da vida
A morte
A falta
O vazio
No meio da vida
A sensação de afogamento
Um demônio que ri do dia.
Não há proteção
Nunca se pensa nela
Doí a dor antecipada.
Fingimos demência
Ignoramos instintos
E andamos com figas na lapela.
E na plateia, a morte sorri
Ela debocha
Ela é a dona do tempo
Ela é real, irônica, fatal.
No meio da vida
Suspiramos pelo vazio alheio
E de esguelha nosso coração bate acelerado
Medo...
E a vida é adiada
E no meio da vida:
A morte.
É brilho, é luz, é choque, é obsessão.
Olhos mudam, intuição nasce, saudades se
enraízam.
Ela chega e viramos a esquina
Cheia de sombras e escuridão.
No meio da vida,
A morte, a transição, o crescimento
A loucura, a vida.
Prof.ª
Ms. Claudia Nunes (24.01.2022)
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