terça-feira, 18 de abril de 2023

Nunca estamos sós

 

Nunca estamos sós

 

Nunca estamos sós.

Somos nós e a morte.

Eis nossa perseguidora.

Uma parceira que ceifa nossa memória

Com uma força duradoura.

 

Nunca estamos sós

Somos nós e os vazios.

A morte faz colheitas

Ignora destinos

E cria novas histórias.

Somos eleitas.

Mãos no peito

É inacreditável a certeza

Experiencia de loucura

De redemoinho

De vazio

Surpresas.

 

Nunca estamos sós

Somos nós e outros desajustados

É alucinação de olhos abertos

É vida fora da caixa

É tempo reforçado de fragilidades

É hora de emoções descortinadas

E nós sem contar idades.

 

Nunca estamos sós

Somos nós e os invisíveis

Imaginação que conforta e engana

Imaginação que paralisa e alucina

Com gana.

 

Não sei mais o que pensar

Nunca estamos sós

Mas Carpinejar avisou:

Depois é nunca,

Mesmo em dias de estranhos sóis

 

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (25.01.2022)

 

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