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(12.01.16) Um nada...
Carolina tomou um susto. Ao abrir a
porta, o mundo se foi. Nem o tapete da porta contaria sua história. Tudo era
branco e sem cor. O corpo paralisou: não tinha para onde ir. Quando o coração
acalmou, decisões: ou fugia, ou mudava, ou enfrentava. Nunca as consequências
foram tão velozes: ela perdera tudo de repente. Cega, andava pelas ruas pedindo
algo para comer e reviver. O caminho não tinha mais ritmo, apenas um pedido:
por favor, pode me ajudar? Claudia Nunes
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(12.01.16) Sem volta
Os pensamentos surgem por causa de
gatilhos dos sentidos. Estes sim merecem nossa atenção constante. Eles são
crianças que nos acessam quando querem e estimulam nossas memórias mais
guardadinhas. Estudando memória, Selena se perdera em sua própria vida. Não
sabia reencontrar o foco. Sabia que suas emoções estavam liberadas e não havia
como parar. Duras e prazerosas, elas ganharam seu corpo e tiraram sua querida
passividade: ela era ela sem ser o ‘ela’ de sempre. Ela não tinha paz; mas ‘ela’
tinha controle. Ela tinha liberdade; mas ‘ela’ vivia dentro de limites. Elas
não se completavam e eram a mesma pessoa. Muito barulho e pontas, e ela com
profundos andaimes de atenção e linguagem pelo corpo. Selena não tinha como
voltar; não sabia como voltar; os caminhos eram um pó elétrico se chocando entre
si e criando outros comportamentos e emoções dentro dela. O que pode ser mais
fútil, insensato ou insano do que criar resistências? E assim se rendeu e se
encontrou. Sim! Serena era a melhor pessoa do mundo, diziam seus amigos
psicólogos! Claudia Nunes
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(12.01.16) Opções
Sem perder tempo, não leve a vida tão
a sério; acredite no tempo; limpe as coisas e armários ruins; sinta a leveza da
vida, da paz e do sorriso; aja com cuidado, carinho e humor; respeite o futuro
e o alheio; nunca seja vítima de si mesmo e das palavras; apodere-se de quem é
e dos ensinamentos; lustre os recantos emocionais e seus entulhos; tenha atitudes
bonitas e loucas; festeje os dias e a vida; ache a senha do silencio e do
beijo; perdoe ansiedades, amores e amigos; mude o gesto, o jeito, o peito;
cresça com coração, oração e gratidão; honre pai, mãe, amigos e a si mesmo;
lute com fé, a pé e todos os ‘zés’ da vida; e, com tudo isso, Claudio inventou
uma linha para a vida: a consciência e o otimismo. Claudia Nunes
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(14.01.16) FÉRIAS...
E ela foi às férias. Sem crachá e
identidade, ela foi à vida para respirar. Nada suspenderia seu momento. Iria respirar
o que fosse necessário, sozinha e independente. Seus passos tinham memórias;
mas seu futuro estava sombreado e em paz. Ela tinha que respirar e esquecer.
Anos pensando em mudanças, planos, atitudes, amores e loucuras. Anos sendo o
fenômeno de humano da força, da fé e da compreensão. Anos se trocando, se
doando, se esquecendo, se controlando. Agora foi às férias. Férias definitivas.
Férias das lutas, dos descasos, das necessidades, das responsabilidades e das
farsas. Sim, ela queria ficar longe das farsas das relações de todo dia. Que
prazer! Que amor! Que sol! Que luz! Se mais, Camila desligou os aparelhos que
mantinham sua mãe viva há 03 anos: férias... Claudia Nunes
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