segunda-feira, 2 de julho de 2018

Benefício da dúvida

Hoje passei o dia pensando na expressão ‘benefício da dúvida’. Atualmente tenho ficado atenta a isso. Não sei trabalhar com culpa ou julgamentos. O tempo é de entendimento e compreensão. Se eu não vi ou ouvi, tudo pode ser contado por interesse e com grande ênfase em certos defeitos. Eu tenho cuidado. Eu preciso de cuidados. Observo trejeitos, ouço as vozes, vejo a direção dos olhos: tudo para tentar pescar o deslize e a artimanha. Para cada caso, um pensamento: será mesmo? será tudo isso mesmo? Não dá pra aceitar tudo do outro ainda que o outro carregue verdades. Estas são pequenas verdades editadas como narrativa que mina ou destrói relações. Nada pode ter acontecido. Ou tudo aconteceu de forma insossa e diferente. Lembro sempre do filme ‘Beleza Americana’. O problema está tanto na ênfase, quanto, na razão da expressão. Contar para que? O benefício da dúvida está rente com a confiança. Será que devemos confiar tanto em histórias orais ou escritas? A dúvida em si já é um problema. Desconfiança então é desrespeito. Sugiro o seguinte: siga a vida; conheça-se claramente; respeito diferenças; entenda processos; não seja idiota manipulável; aja com menos certezas; ignore modismos; cuidado com suas fontes de informação; reflita sobre o personagem principal de qualquer historia; evite agradar por obrigação; aceite a mediocridade como paz; analise quem fala do outro, com cuidado; caminhe com passos firmes; ninguém é culpado se suas portas e janelas estão abertas; em dúvida, procure provas em silêncio; expresse pensamentos de alguma maneira; observe com mais cuidado ‘falante’ e ‘falado’; e se perca nas próprias conquistas. A vida é curta demais para atender aos reclames da insegurança e da fragilidade emocional de outros, sem atenção a si mesmo. Dúvida é força motriz à experiência de vida, mas também nos capacita a ser mais gente. Portanto, diante da dúvida, sempre dê o benefício da dúvida e tire a mágoa do coração. O mundo é sempre colorido para quem precisa apenas de paz, nunca de toda a razão.
Profª Claudia Nunes

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