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O jogo do não sem não
Sem pensar, um perdão...
Não havia algo maior: que gratidão.
Na passagem do tempo, senão...
Nas dores, gestos repetidos, ilusão...
Quem disse que ser feliz era fácil,
não sabe nada não...
Aos sintomas, é preciso prestar
atenção...
Nunca o tempo será amigo ou dócil de
antemão
Somos crianças cegas e sem paz de
verão
Centelhas e disfarces a mais: uma
versão
Quem disse que ter amor era finito,
não sabe nada não...
Então, preste atenção:
Quando a emoção nega sua passagem,
aceite o vão.
Quando o jeito perder a força, resta o
não.
Quando o futuro perder o som, a vida é
um portão.
Somos fragmentos de um corpo cinza com
pinta e tensão.
Quem falou que sonhar tinha dor, não
sabe nada não...
Não! Quando as feridas teimarem em
arder, patrão!
Não! Quando os demônios lhe abraçarem,
conversão!
Não! Quando o orgulho lhe tomar,
sugestão...
Não! Quando o real perde imunidade,
ilusão...
Não! Quando o prazer doer, tesão!
Não! Quando perder a leveza do ser,
união!
Somos volumes cheios de emoção.
Quem disse que viver é picante, ainda
não sabe nada não...
Na passagem do tempo, então:
Invasão
Verão
E aceitação.
Quem disse que errar tem gosto de
limão
Não sabe o que é superação.
Claudia
Nunes
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