segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O JOGO DO NÃO SEM NÃO (Experiencia de sensibilidade 172)

172 O jogo do não sem não

Sem pensar, um perdão...
Não havia algo maior: que gratidão.
Na passagem do tempo, senão...
Nas dores, gestos repetidos, ilusão...
Quem disse que ser feliz era fácil, não sabe nada não...

Aos sintomas, é preciso prestar atenção...
Nunca o tempo será amigo ou dócil de antemão
Somos crianças cegas e sem paz de verão
Centelhas e disfarces a mais: uma versão
Quem disse que ter amor era finito, não sabe nada não...

Então, preste atenção:
Quando a emoção nega sua passagem, aceite o vão.
Quando o jeito perder a força, resta o não.
Quando o futuro perder o som, a vida é um portão.
Somos fragmentos de um corpo cinza com pinta e tensão.
Quem falou que sonhar tinha dor, não sabe nada não...

Não! Quando as feridas teimarem em arder, patrão!
Não! Quando os demônios lhe abraçarem, conversão!
Não! Quando o orgulho lhe tomar, sugestão...
Não! Quando o real perde imunidade, ilusão...
Não! Quando o prazer doer, tesão!
Não! Quando perder a leveza do ser, união!
Somos volumes cheios de emoção.
Quem disse que viver é picante, ainda não sabe nada não...

Na passagem do tempo, então:
Invasão
Verão
E aceitação.
Quem disse que errar tem gosto de limão
Não sabe o que é superação.

Claudia Nunes


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