sábado, 9 de novembro de 2019

POR ENQUANTO...



De repente, o mundo vira ‘por enquanto’, uma locução adverbial que altera os sentidos da qualidade do tempo (adjetivo) e das ações. (verbo). É a dúvida do tempo presente... da vida do tempo presente. E, no meio de um nevoeiro de emoções, o ‘por enquanto’ exige experiência, memória e muita paciência. ‘Por enquanto’ eu serei isso, farei isso, viverei isso; e a roda da vida segue girando, agora, com fortes deformações. Sem as seguranças habituais só posso viver o ‘por enquanto’ com limites de uma ou duas decisões ao dia. O que se pode esperar? ‘Por enquanto’, nada! Esse ‘por enquanto’ finaliza tempos, jeitos, atividades, caminhos e crenças. As respirações se desorganizam e, ‘por enquanto’, meu olhar precisa se fixar no autoconhecimento relativamente sem controle, de novo, ‘por enquanto’. É difícil. É rascante. O movimento da vida, ‘por enquanto’, apresenta pedregulhos assustadores e, ‘por enquanto’, não há desvios saudáveis. Estou limitada no momento presente menos colorido e diante de um volume de nuances que precisam de atenção e solução ‘por enquanto’. Não há como correr. É enfrentar o ‘por enquanto’ e, ‘por enquanto’, saber o que fazer para viver feliz justamente no ‘por enquanto’. A vida está assim... ‘por enquanto’...

Profª Claudia Nunes (06/11/2019)

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