sábado, 9 de novembro de 2019

Tomar consciência de... é experimentar capacidades desconhecidas ou ignoradas



Enquanto aos hábitos seguem sendo experimentados, tomar consciência de si é bem difícil. Embora seja importante e politicamente correto mudar, tomar consciência dessa necessidade é bem difícil. Há momentos em que trocar a pele feito a cobra é natural, é etapa da vida, é maturidade; mas há momentos em que, apesar de tudo, inclusive dos hábitos, mudar é angustiante. É um passo que exige estratégia? Sim! E exige impulsividade? Sim também! Tomar consciência de quaisquer dessas possibilidades estabelece o reconhecimento de que quem se é não pode mais existir. É preciso experimentar outra perspectiva. É precisa despertar abrindo bem os olhos em outras paragens importantes e que, normalmente, mexerão com nosso interior. Você já tomou consciência de? Você já tomou consciência disso? Não se ignore! É um passo para uma revolução sem adjetivação boa ou má. É apenas um passo para uma revolução, uma mexida em campo minado, um toque em lago cheio de pequenas marolinhas. Tomar consciência de... é desprendimento, é avanço e traz a sensação de merecimento. Hábitos adormecem, ainda que prazerosos. Hábitos nos descentram da evolução. Hábitos nos drogam inconscientemente. Hábitos descolorem nossas emoções e nos carregam de tons acinzentados e solitários. Para onde foi sua necessidade de conhecer o sentido da vida? Hoje em dia, essa resposta tem uma palavra corriqueira e confortável: CONEXÃO. Nós precisamos tomar consciência de nós tanto na tranquila (e coletiva) conexão, quanto no ‘barato’ da desconexão, solidão e desequilíbrio. Não há crescimento sem isso. Não há autoconhecimento sem isso. Por que escrevo isso? Diante do que vem acontecendo com minha mãe, hoje fiz macarrão, arroz, carne moída temperada e salada. Hoje fiz almoço e jantar; lavei e estendi roupa; limpei e arrumei casa; e organizei banho, remédios e curativo. Eu o fiz sem menosprezar meus reconhecidos hábitos: montei aulas e provas; corrigi e revisei textos; analisei artigos e trabalhos; escrevi; e li. Eu mais que eu, fui eu além do eu sem perdeu meu eu mais querido. Na desconexão dos hábitos, o ‘insight’ ou a ‘iluminação’ foi guia ao alcance do extraordinário: eu, de novo e dobrada.
“Sabemos o que somos, mas ainda não sabemos o que podemos chegar a ser.” (William Shakespeare)

Profª Claudia Nunes (14.09.2019)

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