Enquanto aos
hábitos seguem sendo experimentados, tomar consciência de si é bem difícil.
Embora seja importante e politicamente correto mudar, tomar consciência dessa
necessidade é bem difícil. Há momentos em que trocar a pele feito a cobra é
natural, é etapa da vida, é maturidade; mas há momentos em que, apesar de tudo,
inclusive dos hábitos, mudar é angustiante. É um passo que exige estratégia?
Sim! E exige impulsividade? Sim também! Tomar consciência de quaisquer dessas
possibilidades estabelece o reconhecimento de que quem se é não pode mais
existir. É preciso experimentar outra perspectiva. É precisa despertar abrindo
bem os olhos em outras paragens importantes e que, normalmente, mexerão com
nosso interior. Você já tomou consciência de? Você já tomou consciência disso?
Não se ignore! É um passo para uma revolução sem adjetivação boa ou má. É
apenas um passo para uma revolução, uma mexida em campo minado, um toque em
lago cheio de pequenas marolinhas. Tomar consciência de... é desprendimento, é
avanço e traz a sensação de merecimento. Hábitos adormecem, ainda que
prazerosos. Hábitos nos descentram da evolução. Hábitos nos drogam
inconscientemente. Hábitos descolorem nossas emoções e nos carregam de tons
acinzentados e solitários. Para onde foi sua necessidade de conhecer o sentido
da vida? Hoje em dia, essa resposta tem uma palavra corriqueira e confortável:
CONEXÃO. Nós precisamos tomar consciência de nós tanto na tranquila (e
coletiva) conexão, quanto no ‘barato’ da desconexão, solidão e desequilíbrio.
Não há crescimento sem isso. Não há autoconhecimento sem isso. Por que escrevo
isso? Diante do que vem acontecendo com minha mãe, hoje fiz macarrão, arroz,
carne moída temperada e salada. Hoje fiz almoço e jantar; lavei e estendi
roupa; limpei e arrumei casa; e organizei banho, remédios e curativo. Eu o fiz
sem menosprezar meus reconhecidos hábitos: montei aulas e provas; corrigi e
revisei textos; analisei artigos e trabalhos; escrevi; e li. Eu mais que eu, fui
eu além do eu sem perdeu meu eu mais querido. Na desconexão dos hábitos, o
‘insight’ ou a ‘iluminação’ foi guia ao alcance do extraordinário: eu, de novo
e dobrada.
“Sabemos o que somos, mas ainda não sabemos o que
podemos chegar a ser.” (William Shakespeare)
Profª Claudia Nunes (14.09.2019)
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