Vendo uma cena do filme “Ghost,
Outro lado da vida” (1990), em que Patrick Swaze e Demi Moore se sentam juntos
para remodelar o barro em busca de criar uma jarra num clima de muito amor e
paixão, pensei no processo de aprendizagem dos jovens hoje. As mídias digitais
já processam uma remodelação intensa e, quando parceiras nas metodologias educacionais,
ensinar torna-se observar, restaurar, reestruturar, reorganizar elementos
emocionais de dentro para fora do organismo humano.
Mas, dentre todas as ações
dirigidas aos jovens, OBSERVAR suas formas de atuar no coletivo, com respeito,
é fundamental. O mundo mudou totalmente e adaptações cognitivas são
necessárias. Cada jovem tem sua essência genética e modelagem contextual, utiliza
recursos diversos para interagir com pessoas, emoções e objetos, logo, por isso,
ele precisa ser estimulado, minimamente, dentro de procedimentos que evidenciem
sensações de pertencimento. Ensinar representa um desafio à qualificação da
autoestima, da criatividade, da imaginação e da liberdade de expressão.
Nós precisamos “melhorar a
capacidade das pessoas de pensar e perceber, modelando o sistema nervoso por
meio do exercício de áreas de processamento específico, de modo que elas
realizem um trabalho mental mais intenso”. Todos os lobos cerebrais precisam
continuar se integrando com força e qualidade. Mas quais exercícios são
possíveis? De pronto devemos pensar em dois recursos metodológicos: dinâmica de
grupo e desafios imagéticos. Ambos potencializam imaginação, memória e
tipificam as funções executivas. Ambos são incentivos a neuroplasticidade e
melhoram o funcionamento cognitivo (formas de aprender, pensar, perceber e
lembrar). A que nos referimos? Potencialização e aprimoramento das
aprendizagens através de repetição e trabalho em grupo. Ambos os recursos
aumentam a precisão e a assertividade dos resultados por causa, justamente, da
união de informações, liberdade e atitude (tipos de criatividade para se chegar
aos resultados).
De acordo com Merzenich, este é o
momento em que podemos mudar a estrutura do cérebro e aumentar sua capacidade
de aprender. De novo, a que nos referimos? Processos adaptativos. Nossos alunos
precisam ser desafiados em suas formas de perceber, pensar, organizar e evocar
memórias constante e diversificadamente. O cérebro que Merzenich descreve não é
um recipiente inanimado que preenchemos de forma desconectada; “na realidade,
parece mais uma criatura viva dotada de apetite, uma criatura que pode crescer
e se transformar com nutrição e exercícios adequados”. E justamente neste
APETITE que nós, professores, precisamos tocar e encantar com práticas alinhadas
com a formação humana e positiva. É um apetite de vida, de futuro, de conforto,
de construção, de ser vivo humano desejante.
Alguns exemplos:
-
roda de discussão temática com produção de atividade, no coletivo;
-
trabalhos manuais, principalmente com cores;
-
projetos diversos com trabalho em grupo;
-
pesquisas com diferentes tipos de entrevista sobre o assunto;
-
desafios de raciocínio lógico;
-
montagem de mural imagético ou vídeos sobre tema específico;
-
experimentação de quaisquer das manifestações artísticas;
Prestem atenção,
por favor!
Profª Claudia Nunes
(29\10\19)
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