Quando pensamos em liberdade, pensamos em
uma vida livre de toda e qualquer regra. Que engano! A conquista de liberdade é
algo diário cujo melhor resultado é o respeito dos outros sobre você. Liberdade
exige descartes, negações, limites claros e muita responsabilidade. Em
isolamento, se nós estamos sozinhos, o ideal é criar suas próprias liberdades
como fazem os pinguins: uma marcha eivada de pequenas decisões, alguns cansaços
gostosos e desafios fora dos costumes, mas uma marcha contínua. Liberdade, em
isolamento, é envolver-se de bons pensamentos, boas posturas e boas ações que
ajustem ou desbastem emoções e pensamentos. Não há total assepsia do corpo e da
alma, estamos impuros demais, nossa primitividade é nosso ‘tendão de Aquiles’;
mas é inevitável viver e crescer, apesar de. Liberdade é aceitar a incerteza,
os riscos e certa exposição emocional; e ainda assim, acreditar que tudo vai
mudar para melhor ou que os problemas não são tão grandes ao ponto de não
poderem ser resolvidos. Hoje estamos em xeque-mate. A tal primitividade está em
xeque-mate. Os vínculos não são os mesmos. De acordo com Brenè Brown, em seu
livro, ‘A coragem de ser imperfeito’, algumas perguntas nós devemos nos fazer: 1. O que eu faço quando me sinto
emocionalmente exposto? 2. Como me comporto quando me sinto muito
desconfortável e inseguro? 3. Estou disposto a correr riscos emocionais?
Brown refere-se ao conceito de vulnerabilidade; nós, em isolamento, nos
referimos à palavra LIBERDADE e essas perguntas exigem que pensemos sobre ela,
principalmente, sobre a liberdade de expressão, que não se refere apenas a
fala, mas também aos comportamentos relacionados aos diferentes tipos de convivência,
inclusive conosco mesmos. Liberdade como inventário da vida: como pensamos,
reagimos, falamos, ouvimos, agimos até aquele momento? Oh como é estranho,
duro, difícil! É uma batalha de uma pessoa real com muitas outras imaginárias;
e nós nunca chegamos ao ponto de origem. Isso é importante! É só uma forma de
voltar a luta com outros pontos de contato cognitivos para continuar a
experiência de confiança, reciprocidade, compartilhamento, limites,
relacionamento e alguns falências naturais. Humanos entre humanos depois que
sairmos de casa vão precisar estar prontos para outras liberdades.
Profª
Ms Claudia Nunes (01.05.20)
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