Da noite para o dia, nós nos interessamos
por nossas próprias vidas. É tempo de se perguntar: valeu a pena? Embora
estejamos mais tristes, é hora de pensar em gostos, crenças, amigos, trabalho,
diversão, amor. Em casa, estamos em crise, com medo, agoniados e, lógico,
esperançosos. É hora da experiência de expressão dos sentimentos: todos eles...
Por dentro sentimos que há borbulhas de emoções que precisam de livramento. Não
temos escapatória. Por vivermos num mundo altamente veloz, nunca paramos para
pensar realmente ‘quem somos nós’, na fila do banco. Nós sempre acreditamos que
seriamos a ‘última bolacha do pacote’. Puro engano! Em isolamento, nós
precisamos nos esforçar para reconhecer erros e defeitos. Primeiro, ignoramos
essa hora. Depois, sentimos que o melhor é aceita-las. Por último, abrimos o
peito para a vida. Estamos sós, por que não? O isolamento chama atenção para
tudo o que não temos atenção real: nós mesmos com nossas esquisitices. Estamos
traídos pelo tempo. E traídos, negamos, ignoramos, enfrentamos, nesta ordem. A
aura de segurança segue sendo corroída, vazada, escorrendo. Não devemos nos
privar desta hora. Nós devemos aceitar a capacidade de viver e sentir sozinhos.
Nós devemos aproveitar a hora e trilhar novas maneiras de ser. É cobrir o corpo
e a mente com outro véu protetor. Um véu mais poroso, com tramas fortes e
multicolorido. É hora de se entregar à necessidade de ser feliz, num mundo
totalmente diferente. Como? Sei lá! Se joga!
Prof.ª
Ms. Claudia Nunes (12.05.20)
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