Na vida, tudo tem um peso. Não apenas as
palavras, mas a energia das palavras tem um peso. Um peso que pesa na memória
mais afetiva. É difícil pensar nisso, mas esse peso para mim se chama
CONFIANÇA. É realmente difícil pensar nisso. No movimento dos dias, juntam-se
muitas pessoas e experiências. Nosso organismo, por associação, vai organizando
informações e decidindo: isso é importante; isso é aprendizado. Não é um
simples sim ou não. É observação, desafio, interesse, pensamento e sentimento:
é um esforço intenso. Sinergia de energias criando relações mais coloridas
(felizes) e outras, nem tanto (só relações). E nessa sinergia, nós ajustamos os
sentidos e criamos a aura da confiança. Há outros que tocam em nossos pontos
agradáveis: ponto cheios de informações boas. E o liame se fortalece. Somos
confiantes e criamos confianças. Confianças são como tentáculos de um polvo e
estes alcançam vários objetos e pessoas, às vezes esquisitas; e, essa onda,
planos, risos, planejamentos, gostos, amizades e a própria confiança. E nessa
onda, nós criamos expectativas.
Puft! Areia movediça pura! É nessa hora que perdemos o contato com a realidade,
colocamos antolhos emocionais e... acreditamos sem imaginar que o outro não
está na mesma ‘vibe’. É uma bola de neve descendo ladeira íngreme demais. Como
afirma “A coragem de ser imperfeito” (ano), “assim
como a confiança, a maioria das experiências de traição se acumula lentamente,
com uma bolinha de gude de cada vez”. É preciso ter cuidado. “A confiança é um produto da vulnerabilidade
que cresce com o tempo e exige trabalho, atenção e comprometimento total”.
Total? Eis o erro mortal. Desconfiar, sim, é o coelho na cartola de quaisquer
relações. No humano, em algum momento, surge o cheiro da maldade, da ‘puxada de
tapete’, e do desinteresse; e ai há a fragmentação das verdades, agora,
reconhecidas como cartas frágeis, utilizadas como andaime, numa construção, que
ficou apenas no primeiro andar. Sendo assim,“confiança
não é uma postura nobre – é uma coleção de bolinhas de gude que cresceu” e,
em sua expansão, em algum momento, pode perder seu foco ou sua essência: a
sinceridade. Ainda assim, desde que nascemos, nós não vivemos sozinhos;
precisamos de apoio; “precisamos de
pessoas que nos ajudem na tentativa de trilhar novas maneiras de ser e não nos
julguem; precisamos de uma mão para nos levantar quando cairmos (e se você se
entregar a uma vida corajosa, levará alguns tombos).” Então como nos
precaver: vez por outra, diálogo franco, ajustes emocionais realistas e certa
dose de resiliência. Ah, outra coisa: saiba viver sozinho, mesmo com gente
demais à volta.
Prof.ª
Ms. Claudia Nunes (08.05.20)
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