De acordo com Brenè Brown, em seu livro,
‘A coragem de ser imperfeito’, nós precisamos fazer algumas perguntas quando em
isolamento social: “Como sei se posso
confiar em alguém o bastante para ficar vulnerável?”; “Só me mostrarei
vulnerável a alguém se estiver seguro de que essa pessoa não me decepcionará.”;
“Como saber se alguém irá trair minha confiança?”; “Como desenvolver a
confiança nas pessoas?”. Em casa, brincamos ansiosamente com algumas
palavras, como: confiança, decepção, fragilidade e superação. Depois de
estabelecer quais atividades realizaremos para não enlouquecer, sempre
precisamos de um tempo para respirar, descansar, sentir e pensar. Ai a mente,
às vezes, é carrasca. Em atividade, ela fica à espreita; mas quando nos
distraímos, ela nos cobre com suas artimanhas surpreendentes. Mas às vezes, as
surpresas são tóxicas. É uma traição. De novo, uma luta sinistra. Diante do véu
caído, o jeito é enfrentar, catar os cacos e remontar o quebra-cabeças. O tempo
precisa ser bem usado e ai brincamos de ressentir mágoas, decepções, amigos,
segredos, risadas com uma intensidade que não imaginávamos ter. Em isolamento,
a mesa da vida está posta e precisamos abrir seus vários potes e vasilhas para
deixar fluir intransigências, orgulhos e até sonhos. Talvez os problemas
emocionais relacionados ao grande período de isolamento social, se deve ao
desaguamento ininterrupto de potes e vasilhas pessoais cujo fim ainda não
sabemos quando será. Sem problemas, limpezas e arejamentos psíquicos são sempre
interessantes, logo descubramo-nos, de um jeito ou de outro, sempre seremos
diferentes.
Profª
Ms Claudia Nunes (01.05.20)
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