Força emocional é
autocontrole. Nada tem a ver com egoísmo, autoritarismo, dureza ou
inflexibilidade. Força emocional é resistência e reconhecimento de certos fatos
da vida como naturais. Aqueles que são fortes são aqueles que conseguem, em
situações críticas, agir com mais escuta, silencio, moderação, equilíbrio e paz
interior consigo mesmos. É uma aprendizagem diária. É algo que não ‘vem de
fábrica’. Não há frieza ou repressão; há a habilidade para reconhecer e escarar
a realidade, ainda que os sentimentos sejam muito tristes ou intensos. Os
‘fortes’ aprendem a diminuir o transbordamento de reações incongruentes ou
insanas cuja permanência não possam reelaborar ou reajustar junto ao tempo ou
às pessoas. Os ‘fortes’ pouco se perdem em si mesmos, ainda que reconheçam
dores e sofrimentos internos. Os ‘fortes’ tem AUTOCONTROLE e AUTOCONFIANÇA,
ambas atitudes que levam tempo e muita experiência de si no mundo para serem
internalizadas. A ideia é não prejudicar a si e ao outro com reações cujas
desculpas não valerão de nada. É um aprendizado cotidiano
ð
de
autovalidação para poder conviver com os outros;
ð
de
construção de variadas parcerias como sobrevivência mental;
ð
de
compartilhamentos quase desinteressados para uma aprendizagem continuada;
ð
de
eliminação de certas dependências, nem que seja pelo silêncio;
ð
de
busca de critérios realistas de vida;
ð
de
participação real em seus contextos familiares e afetivos;
ð
de
encontrar nas rejeições força para se superar sem grandes danos;
ð
de
agir menos por impulso e mais a partir do autoconhecimento e reflexão;
ð
de
ser sagaz em escolher seus afetos, ainda que as vezes caiam em armadilhas;
ð
de
encarar mudanças como forma de maturação, vitalidade e conhecimento, ainda que
pequenos medos atrapalhem o processo;
ð
de
aceitar que somos seres interdependentes, por isso respeitar e valorizar o
outro é fundamental e saudável;
ð
de
saber questionar suas dúvidas, com clareza e sem aceitar tendências que todo
mundo segue como certas ou boas.
O mundo não é dos
‘fortes’; o mundo é daqueles que se adaptam constantemente às novidades do
mundo eseguem reaprendendo a ‘ser gente’ nesse mundo doido ou doído.
Prof.ª
Claudia Nunes (30.09.2020)