Embora saibamos
que a vida tem altos e baixos, as vezes os baixos muito mais profundos do que
esperávamos. Nesta hora, no profundo das situações, nós pensamos em estilos de
vida. Estamos mergulhados em aguas lamacentas e tortuosas, e procuramos tábuas
de salvação: informações em nossas memórias que nos ajudem a criar uma
estratégia de subida. Não podemos nos acostumar com o que nos aconteceu. Nada é
‘assim mesmo’. É a memória nossa sustentação. Sobreviver é questão de um bom
uso da memória. E, em quaisquer dificuldades, uma pergunta-pilar: ‘que atitudes
posso tomar?’ Ou ‘que atitudes gerarão consequências mais fáceis de resolver?’
Toda atitude de sobrevivência ou de superação tem consequências. É a hora de
lembrar estilos de vida. É a hora da concentração e das lembranças. É a hora da
atenção focada e da memória. Sancha está assim. De repente, depois de passada
uma onda de muitos metros de altura, ela se viu mergulhada em águas tortuosas e
cegantes. Seu corpo procurava fixidez. Sua consciência procurava direção. Suas
emoções não tinham clareza. Mas uma ideia tinha realidade: enquanto se debatia
à procura de nova respiração, ela precisava lembrar. Era a hora da revisão
interna, da limpeza emocional e das promessas de mudança. Com seu corpo e mente
sem certezas conhecidas, ela sabia que sua saúde mental estava em cheque. ‘Que
estilo escolher ou descartar?’ As águas profundas tinham uma senha: menos
inércia ou adiamentos; mais responsabilidade. Não havia permissão para
distração, silêncios ou ignorâncias. Os baixos profundos da vida descascavam
Sancha de forma dolorida. E ela se debatia menos. Ela nasceu para ser mais do
que lhe aconteceu. Ela sabia que tudo dependia de ela despertar de outra
maneira. Ela precisava apenas lembrar e aprender com o impacto daquele momento.
E ela se debatia menos. Pontos de luz faziam conexão em sua mente e em seus
sentidos. Padrões de comportamentos estavam fora. Emoções toxicas estavam
aguadas. Crenças estavam fragmentadas. Braços e pernas entraram em movimento cadenciados,
ela sabia onde queria chegar: lembrar, escolher, agir e subir. Sancha era a
mudança que desejava; logo, lembrando, poupava seu tempo de vida sem perder
suas próprias experiências e emergia com tesouros preciosos: motivação,
vontade, equilíbrio, foco, sensatez, liberdade, autoestima e autoconhecimento.
Prof.ª
Claudia Nunes (23.08.2020)
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