quinta-feira, 8 de abril de 2021

Como podemos ser fortes na vida?

Nunca! Eis a grande revelação. O processo da vida tem organização, desorganização e reorganização. É caminhar em uma corda bamba que balança em cima de um penhasco sem proteção. Cair é possível, pois nem sempre morremos, mas nos machucamos muito. É a hora da resiliência e de um retorno passo a passo penhasco acima. Nessa hora um sentimento gostoso: satisfação. Penhasco acima a sensação de força, inteligência, autoconhecimento. E novas pedrinhas seguem rolando... Hoje eu percebo que nem sempre as pessoas sobem o penhasco do mesmo jeito. A velocidade de subida é determinada pela memória afetiva. Ela é o impulso àquele que consegue se levantar após a queda. É o momento que ignoramos a força das Moiras (destino). Mas há o que duvidam de si, se montam na seara do orgulho e não processam as frustrações como molas de apoio à subida. Ser forte é saber processar as frustrações vislumbrando novo foco, novo sonho e nova conquista, talvez usando outras artimanhas ou ferramentas. Mas há os que duvidam de si e se encerram numa fortaleza de passado, reclamações, vícios e, de novo, medos, muitos medos. Somos fortes porque continuamos a vida apesar de; porque criarmos redes de amigos e energia positiva; e porque aceitamos perder hábitos. Somos fracos porque aceitamos negativismos, falta de humor, ações interesseiras, limites intraduzíveis, leituras de vida e pessoas sempre tóxicas, projeções invejosas, vícios destruidores. Nós decidimos e aceitamos tudo isso. E ainda assim a palavra ‘perdão’ sempre aparece vazia e sem sentido. Que pena! Difícil lidar com isso. Difícil lidar com pessoas cheias de antolhos emocionais internos. Elas não tem resistência para subir com mais rapidez o penhasco. Elas se ralam e se cortam muito. Elas se cansam com facilidade. Eu hoje sou plateia de algumas pessoas assim. A confiança, o apoio, a escuta, a compreensão e a disponibilidade acabaram. E só me sento, ao fundo, para assistir suas performances sempre muito teatrais, em enredos absurdos e com destino incerto e problemático. Que pena! Não posso dar conta de situações, problemas ou emoções que não são minhas. Que a força esteja em todos!

 

Prof.ª Claudia Nunes (12.08.2020)

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