Quando pensamos na
opção urgente de ensino a distância, para o Ensino Médio, nós, professores,
temos duas linhas convergentes como opção: aproveitamos o conhecimento a partir
de experiencias anteriores e (quando o medo passar) realizamos um salto
qualitativo, no escuro mesmo, e exploramos o ambiente virtual ainda não
testado.
Em nossos
discursos pré-isolamento, nós reconhecemos a importância das tecnologias no dia
a dia e reclamamos de seu uso excessivo pelos aprendentes, mas nunca realmente
sentimos o medo e o prazer que seu uso oferece.
Em um momento de
urgência, a incerteza é o poder e a opção de superação para a sobrevivência
profissional. O ambiente de aprendizado escolar é outro; o conhecimento docente
é o mesmo; mas o traquejo entre os recursos, inclusive, virtuais é diferente.
Há reclamações fruto do receio e da insegurança. Só que estamos diante da
palavra URGENCIA, logoo ambiente
virtual é uma opção real e precisamos aproveitá-lo.
É um tempo em
que docentes e discentes estão em dúvida e ansioso pela novidade de ensinar e
aprender sem a relação presencial. E os pedidos são os mesmos: incentivo à
proatividade; uso de múltiplos recursos e estratégias inovadoras. Pensem: “As regras do mundo raramente permanecem as
mesmas por muito tempo e é por isso que os animais precisam pegar o que
aprenderam e alterar isso com tentativas de novas descobertas” (EAGLEMANe
BRANDT, 2020, p. 30).
Nós,
professores, nos tornamos então exploradores de oportunidade ao mesmo tempo que
nos modificamos como profissionais. Exploração e atualização acontecendo na
relação docente e discente, apesar da distância, afinal “no reino animal, o conhecimento adquirido a duras penas é
contrabalançado por novas buscas” (2020, p. 30). E o cérebro humano chega“ao meio-termo entre aproveitamento e
exploração que equilibra flexibilidade e rigor” (2020, p. 30).
Professores,
previsibilidade não faz parte da evolução humana, nós evoluímos aos saltos; logo
também não faz parte de nossa qualificação profissional. Nosso conhecimento
serve para empreendermos criatividade às práticas pedagógicas, mesmo em
ambiente virtual. Pare, pense, reveja e, a partir da logística de cada
plataforma virtual de ensino, crie uma dinâmica confortável para você e
adequada ao seu aprendentes.
Este tempo
virótico e de isolamento vai passar e ai, com certeza, não voltaremos ao
cotidiano normal de pensamento e atuação; nós voltaremos modificados pela
experiencia do ensino a distância e com a oportunidade de utilizar estes novos
recursos às nossas práticas e tipos de avaliação, mesmo em espaços presenciais.
Pense nisso!
ProfªMSc
Claudia Nunes (17.04.20)
Referência:
EAGLEMAN, David e BRANDT, Anthony. Como
o cérebro cria: o poder da criatividade humana para transformar o mundo. Rio de
janeiro: Intrínseca, 2020.
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