Tem horas que o medo é amor sem calor
Alívio das pressões e muito dissabor
É necessidade dos destemidos
E clamor dos mais famintos.
Quero viver uma vida criativa
Sem tantas verdades
Ou falsas iniciativas.
Quero o caminho dos corajosos
E dos amantes mais fogosos.
Quero coragem para causar
E viver a pele mais calma
Que eu puder despertar.
Não quero caminho errado
Quero o amigo mais amável
E a emoção menos louvável.
Quero a sobrevivência básica,
Evolução de um corpo,
Espaço das brincadeiras reais
E da alegria mais clássica.
É a minha Natureza,
Minha leveza,
Minha orgulhosa realeza.
Quero me proteger dos perigos fatais
Sem dúvidas letais
Ou genes imortais.
Sei que o mundo não tem rascunho.
Ele me inunda de energias sem um fundo
E me enlouquece como um dia infecundo,
Mas sinceramente, ele não tem rascunho
E isso é prazeroso, como sacudir um
punho.
Sou despertar. Sou proteção
Sou ilusão sem qualquer encenação,
Por isso não alimento alheia opinião.
Hoje, à noite, quero flertar com a morte
mais sangrenta
Para viver os dias de pura tormenta
E aprender a dizer, muito atenta e
pirracenta:
- Querida, não esquentaaaa!
Profª
MSc. Claudia Nunes (31.03.20)
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