sexta-feira, 3 de abril de 2020

JOVENS e CRIATIVIDADE: mãos na massa


O que falta nos jovens hoje? Perspectiva. Fala-se em inovação; mas o terreno de idéias onde esta inovação poderia acontecer está meio árido. Jovens são volúpia e o cotidiano está linear e hierárquico. Não precisamos ser difíceis, nós precisamos ser simples. Educador, o simples é o fácil. De frente a nós, jovens com olhos brilhantes, artistas em potencial; mas também seres com autoestimas baixas e mentes carregadas de estigmas. Paradoxo. Contradição. Ambiguidade. Ou seja, grandes desafios docentes.
Em tempo de vírus e quarentena (exceção), nós, professores, precisamos repensar o tempo, a ação e o futuro, tanto nosso, quanto deles. O que fazer então? Dar estímulo e valor às criatividades. Como? Voltemos nossos olhos e mentes aos contextos em que os jovens vivem.
Nós sabemos que há problemas; que algo precisa ser feito; e que jovens são muito curiosos. Então, que iniciativas devemos desenvolver para mantê-los na ‘onda da criatividade’, com pensamentos produtivos e atitudes significativas? Ai depende de cada um, em sua área de saber e com força de vontade. Mas a base é a mesma e esta segue o conselho de nossos pais: o jeito é colocar ‘mãos na massa’.
Pense! Reveja metodologias! Respeite as faixas etárias! Não haverá mudanças rápidas; mas nós podemos mudar caminhos, estruturas, comportamentos, olhares, ponto a ponto, hora a hora, dia a dia. Essa é a raiz da novidade: observar, lembrar e realizar o que for, com menos padrões ou grilhões. Ainda assim, algumas sugestões:

ð  Tenha seu plano ou planejamento como linha mestra e não como ponto final;
ð  Ofereça outros espaços como sala de aula;
ð  Pesquisa várias leituras sobre mesmo tema;
ð  Incentive o desenvolvimento de soluções imprevistas;
ð  Trabalhe com possibilidades e não com respostas certas;
ð  Ouça bastante e anote idéias diferentes;
ð  Faça muitas perguntas e desafia o pensamento em grupo;
ð  Apresente diferentes desafios, mesmo os mais incongruentes, sobre a ou a partir da realidade;
ð  Dê movimento real à sala de aula com aprendentes ativos e curiosos;
ð  Ofereça oportunidade de todos os sentidos também estabelecerem o pensamento ou o insight;
ð  Contribua com múltiplos recursos pedagógicos ou não e favoreça o aparecimento de soluções de maneira individual ou em grupo;
ð  Seja facilitador, mediador, mentor, desafiador de potencialidades aprendentes;
ð  Torne sua sala de aula uma oficina de experimentações e descobertas.

E assim, com o tempo e a rotina, aspectos importantes à aprendizagem surgirão. A saber: respeito em geral; empatia; solidariedade; perspectivas e objetivos; proatividade; pensamentos crítico; flexibilidade cognitiva; solidariedade.
Vamos que vamos que os anos 2020 serão de muitos sustos e muitas mudanças em nossas relações HUMANAS.

Profª MSc Claudia Nunes (21.03.20)

Nenhum comentário:

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...