O que falta nos jovens hoje? Perspectiva. Fala-se em inovação; mas o
terreno de idéias onde esta inovação poderia acontecer está meio árido. Jovens
são volúpia e o cotidiano está linear e hierárquico. Não precisamos ser
difíceis, nós precisamos ser simples. Educador, o simples é o fácil. De frente
a nós, jovens com olhos brilhantes, artistas em potencial; mas também seres com
autoestimas baixas e mentes carregadas de estigmas. Paradoxo. Contradição.
Ambiguidade. Ou seja, grandes desafios docentes.
Em tempo de vírus e quarentena (exceção),
nós, professores, precisamos repensar o tempo, a ação e o futuro, tanto nosso,
quanto deles. O que fazer então? Dar estímulo e valor às criatividades.
Como? Voltemos nossos olhos e mentes aos contextos em que os jovens vivem.
Nós sabemos que há problemas; que algo
precisa ser feito; e que jovens são muito curiosos. Então, que iniciativas
devemos desenvolver para mantê-los na ‘onda da criatividade’, com pensamentos
produtivos e atitudes significativas? Ai depende de cada um, em sua área de
saber e com força de vontade. Mas a base é a mesma e esta segue o conselho de
nossos pais: o jeito é colocar ‘mãos na massa’.
Pense! Reveja metodologias! Respeite as
faixas etárias! Não haverá mudanças rápidas; mas nós podemos mudar caminhos,
estruturas, comportamentos, olhares, ponto a ponto, hora a hora, dia a dia.
Essa é a raiz da novidade: observar, lembrar e realizar o que for, com menos
padrões ou grilhões. Ainda assim, algumas sugestões:
ð Tenha seu plano ou planejamento como linha
mestra e não como ponto final;
ð Ofereça outros espaços
como sala de aula;
ð Pesquisa várias leituras
sobre mesmo tema;
ð Incentive o
desenvolvimento de soluções imprevistas;
ð Trabalhe com
possibilidades e não com respostas certas;
ð Ouça bastante e anote
idéias diferentes;
ð Faça muitas perguntas e
desafia o pensamento em grupo;
ð Apresente diferentes
desafios, mesmo os mais incongruentes, sobre a ou a partir da realidade;
ð Dê movimento real à sala
de aula com aprendentes ativos e curiosos;
ð Ofereça oportunidade de
todos os sentidos também estabelecerem o pensamento ou o insight;
ð Contribua com múltiplos
recursos pedagógicos ou não e favoreça o aparecimento de soluções de maneira
individual ou em grupo;
ð Seja facilitador,
mediador, mentor, desafiador de potencialidades aprendentes;
ð Torne sua sala de aula
uma oficina de experimentações e descobertas.
E assim, com o tempo e a
rotina, aspectos importantes à aprendizagem surgirão. A saber: respeito em
geral; empatia; solidariedade; perspectivas e objetivos; proatividade;
pensamentos crítico; flexibilidade cognitiva; solidariedade.
Vamos que vamos que os
anos 2020 serão de muitos sustos e muitas mudanças em nossas relações HUMANAS.
Profª MSc Claudia Nunes (21.03.20)
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