Audácia é o atrevimento que o medo nunca espera.
(Claudia Nunes)
AUDÁCIA, elemento
que gera coragem para enfrentar as dificuldades cotidianas. É a chamada hora da
verdade. É aquele impulso que nos desperta para outros caminhos, outras
crenças, outras formas de sentir e agir. Sempre há aquela hora em que é preciso
arriscar. Sem medo do olhar alheio, nós sempre temos a hora em que todos os
esforços refletem uma atitude e uma conquista. Mas nos dias atuais, cadê a
audácia?
O medo é o dono da
nossa respiração; impõe barreiras fortes (angústia, ansiedade, insegurança,
dúvida); e nos distancia de nossos sonhos e desejos. O medo escapou do seu
cerquinho e alcançou espaço demais, em nosso cotidiano. Então cadê a audácia ou
a inspiração?
Em vários estudos
científicos, nós sabemos que temos uma capacidade de adaptação incrível, mas
percebe-se uma crosta psicológica que interrompe nossos insights mais
aventureiros. Nós estamos resistentes... duramente resistentes... e
extremamente umbilicais. Como nos descascar? Como nos libertar? Como reaprender
a voar?
Nos tempos atuais,
quando pensamos em mobilizar recursos internos para criar atenção, foco e
concentração em busca de objetivos prazerosos, as adversidades imaginadas, por
antecedência, nos paralisam. É a hora do engodo, do disfarce, da negação. Não
sabemos mais pontuar a vida em areia movediça, em pequenos desequilíbrios, ou
em experimentações ‘fora do padrão’. Sem perceber, nós estamos nos perdendo e
formando novos seres ‘mecânicos’ e chatos. Como mudar o rumo “dessa prosa”?
Em livros e mais
livros sobre desenvolvimento pessoal, a motivação à reconquista da audácia
perdida está em saber investir no próprio bem-estar e, para isso, o
autoconhecimento é a senha. E, nessa linha, saber gerenciar estresse e
ansiedade é o primeiro passo. É algo mais profundo do que apenas “correr risco’:
é revitalizar a si mesmo com ferramentas confortáveis e conhecidas.
A busca da audácia
perdida se dá na memória que nós visitamos a fim de agir com estratégias
afinadas, com as tantas habilidades e conhecimentos, que descobrimos ao longo
desse processo. Importante então
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Saber
parar e respirar para reorganizar o pensamento (dormir bem, também serve);
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Anotar
todas as necessidades e responsabilidades (de preferência semana a semana);
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Tomar
decisões calmamente (talvez um pouco cada dia);
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Experimentar
agir ou pensar sem suas crenças de sempre (só um pouquinho...);
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Entender
o momento de procrastinação, mas não ficar nele tempo demais;
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Assumir
seus atos e loucuras (bom demais!);
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Acreditar
em seu direito de ser vulnerável;
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Se
afastar do seu cotidiano ou de sua rotina, vez por outra.
Quem tem pouca
tolerância ao risco, cujo comportamento é guiado pelo receio, tem uma baixa
propensão para o sucesso. A escolha não está entre o sucesso e o fracasso; está
entre escolher o risco e lutar pela grandeza, ou não arriscar nada e ter a
mediocridade como certa. Por isso, quando, vagarosamente, nós decidimos sentir,
pensar e agir de outro jeito, nós criamos um ambiente de exercício de nós
mesmos, num mundo que antes nos metia medo. É nesse processo que vencemos
medos, ansiedades, incertezas; e diminuímos o nível das reclamações. É nesse
processo que o erro, as decepções e as perdas vão se transformando em
aprendizado.
Audácia é uma
atitude de sobrevivência às noites de vida suspensa.
Prof.ª
Claudia Nunes (30.06.2021)
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