O elemento DOR. Ele está na vida de todos.
É contraponto da alegria e do bem-estar. Não há coincidência ou capricho dos
deuses: é nosso maior ajuste emocional. Um tapa na cara do habito de sempre.
Não há esquiva. Sua experiencia é desgastante e fundamental. O elemento DOR
eleva nossa essência. Uma essência primitiva. DOR como guia é duvidosa, mas
real. Ele tem um disfarce: o sofrimento. Por carência ou desconhecimento,
idolatramos o sofrimento e seu amargor. Sofrimento chama atenção e atrai os
outros. Sofrimento como fim do medo da solidão é algo interessante. Somos então
dramáticos, fingidores e ingênuos. Todos nos olham e nós, afogados em
sofrimento. Um alerta: o sofrimento é um
anexo a mais da dor, não é a dor em si mesma. Logo, o elemento DOR nos
pertence, mas não é bom vive-lo como atração cinematográfica. O elemento DOR
não é status, é humano. É um tempo de contato consigo mesmo. Experiencia de
autoconhecimento, reencontro e, possível, liberdade. O elemento DOR é o momento
‘troca de pele da cobra’. Quem é você na intimidade de si mesmo? O elemento DOR
tem tempo de validade, de frequência e de intensidade, e cada um sabe de si.
Que peso você dá ao elemento DOR? Vale a pena? De acordo com o peso, a confusão
é certa. O que você decide? Quanta tristeza você aceita para viver as cenas dos
seus próximos capítulos? Quanto tempo ela vai durar? Lembra: o elemento DOR é
desgastante e fundamental, ou seja, um aprendizado. Seja um aprendiz de si
mesmo e aceite: o elemento DOR é
inseparável do ato de viver; e o sofrimento é artifício que nós mesmos
adicionamos. Então reconheça sua DOR; converse com ela; compreenda sua
chegada e permanência em seu corpo / mente; seja sincera em sua escuta; não
tenha medo de si mesma; mantenha o controle de sua força sem projeções inúteis;
aceite o tempo que vai durar e crie novos nichos de experiência,
principalmente, artística; responsabilize-se por ela e ajuste pequenas podas;
seja parceira de si mesma, mas, se precisar, peça ajuda; e aos poucos, vá se
libertando dela e de quem você era. Realmente “o de sempre sempre acaba”.
Amadureça com atenção, roteiro e edições constantes.
Prof.ª
Claudia Nunes (24.04.2021)
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