quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Olhar para trás para amar e seguir...


Um dia algo acontece e só ficamos com lembranças. Já perdeu um amigo, um emprego, um objeto, um tempo, um sonho? Pois é... só ficam as lembranças. Elas são nossas bagagens mais constantes. Não vamos à lugar algum sem elas. Só que dizem: ‘não é bom viver no passado’ ou ‘... de lembranças’. Além delas, surge outra palavra: limite. Não sei se há razão nisso. Apenas sei que qualquer perda é inevitável; lembrar é busca de equilíbrio e/ou de segurança; mas é preciso aproveitar a vida. Por gratidão, para superação, por liberdade ou pela cura geral, nós precisamos saber cair, levantar e continuar caminhando, utilizando as lembranças como força motriz da existência. É uma outra experiencia de realidade. Sentir, lembrar, pensar e agir, ações que alimentam o movimento das respirações mais criativas e livres. Então ‘olhar para trás’ é outra forma de fortalecer tudo o que se viverá na frente. Esqueçam a questão de ser um ato aprisionador. ‘Olhar para trás’ é reconhecer a existência de uma memória favorável às novas atitudes ou aos novos sentimentos. Vamos lembrar sim! Vamos falar sim! Nem sempre o apego é ruim. Apegos também servem para que não erremos do mesmo jeito ou para escolhermos melhor nossas decisões de vida. De que adianta tem portas abertas ao mundo, se não temos força para NOS enfrentar? Apego assim torna-se amor a si mesmo; forma de segurança; e terreno dos confortos ou das pranchas das quais podemos pular para vivenciar profundamente o futuro. Pensem nisso e ‘olhem para trás’ sempre que se sentirem desengonçados em suas emoções. Nós nos realizamos na solidão dos outros ou no barulho de nossas memórias. Experimentem...

 

Prof.ª Claudia Nunes (22.05.2021)

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