quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

TELA da responsabilidade e do exemplo


Tempo. Tela. Tempo de tela. Suporte de imagem e de vida. Hora de bem-estar e de sobrevivência. Tempo de aprendizado. Hoje muito se pode pensar sobre as diferentes telas e o tempo que podemos imergir. Todos os olhares se voltam para as crianças e os adolescentes. Será um tempo permissivo ou positivo? Cognição disfuncional ou mais hábil?

Em tempos de pandemia, as telas recrudesceram nossa vontade de superação, aprendizagem, convivência e contato. Antes vistas como territórios dos riscos e dos prejuízos, elas seguem ‘salvando’ nossa sociedade da aridez das emoções mais depressivas, ansiosas ou agressivas. Pense bem: podia ser pior.

Hoje pouco pensamos na exposição, pensamos em salvação. Ainda assim, o EXCESSO é a tônica das discussões. Ainda assim, para crianças em desenvolvimento, é preciso LIMITES. Ainda assim é necessário que pais ou responsáveis, agora mais em casa, tenham disponibilidade para limitar os acessos, oferecendo outras atividades mais lúdicas ou intelectuais aos seus filhos.

Mais do que limite, a palavra de ordem é CONTROLE. É essa falta que gera problemas nas funções cerebrais, nos comportamentos físicos, nas formas de pensar e nas emoções. E o EXCESSO não é bom para ninguém. Quando pensamos que todos formam a sociedade, devemos reconhecer que todos são afetados pelo excesso de imersão e a falta de limites. Alguns pensam em reduzir o tempo junto às tecnologias; mas é preciso flexibilizar o tempo junto a outras atividades.

Em tempos pandêmicos, todos precisamos de várias atividades para manter a saúde mental, a imaginação e a criatividade. De novo, uma palavra comum para isso: sobrevivência. Estamos outra vez falando sobre a responsabilidade dos responsáveis e da escola no desenvolvimento infantil, principalmente quando o COM-TATO socializador não pode ser realizado.

Cada faixa etária precisa de organização para o acesso e uso das diferentes telas, jogos e atividades lúdicas. Que tempo, tela, jogo ou atividade acontecerá num dia ou na semana das crianças e dos adolescentes dependem da dinâmica e do interesse familiar. Em algumas leituras, nós encontramos tempos de tela recomendados como:

ð  Crianças entre 6 e 10 anos: no máximo 2 horas por dia;

ð  Adolescentes entre 11 e 18 anos: até 3 horas diárias e aconselha-se nunca “virar a noite”.

 

Mas o melhor é observar seus jovens e determinar ações mais adequadas, como por exemplo: comer com a família; acessar jogos depois dos deveres de casa; tempo de acesso à noite; incentivar saída com amigos ou visitas à familiares; brincar na rua; ler; fazer uma atividade física ou esporte. E principalmente, quando puder, pais ou responsáveis devem estar junto nos jogos, brincadeiras ou atividades intelectuais.

 

Responsável, você é a melhor tela para seus filhos!

 

Prof.ª Ms. Claudia Nunes (01.07.2021)

Nenhum comentário:

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...