Tempo. Tela. Tempo de tela.
Suporte de imagem e de vida. Hora de bem-estar e de sobrevivência. Tempo de
aprendizado. Hoje muito se pode pensar sobre as diferentes telas e o tempo que
podemos imergir. Todos os olhares se voltam para as crianças e os adolescentes.
Será um tempo permissivo ou positivo? Cognição disfuncional ou mais hábil?
Em tempos de pandemia, as telas
recrudesceram nossa vontade de superação, aprendizagem, convivência e contato.
Antes vistas como territórios dos riscos e dos prejuízos, elas seguem
‘salvando’ nossa sociedade da aridez das emoções mais depressivas, ansiosas ou
agressivas. Pense bem: podia ser pior.
Hoje pouco pensamos na
exposição, pensamos em salvação. Ainda assim, o EXCESSO é a tônica das
discussões. Ainda assim, para crianças em desenvolvimento, é preciso LIMITES.
Ainda assim é necessário que pais ou responsáveis, agora mais em casa, tenham
disponibilidade para limitar os acessos, oferecendo outras atividades mais
lúdicas ou intelectuais aos seus filhos.
Mais do que limite, a palavra
de ordem é CONTROLE. É essa falta que gera problemas nas funções cerebrais, nos
comportamentos físicos, nas formas de pensar e nas emoções. E o EXCESSO não é
bom para ninguém. Quando pensamos que todos formam a sociedade, devemos
reconhecer que todos são afetados pelo excesso de imersão e a falta de limites.
Alguns pensam em reduzir o tempo junto às tecnologias; mas é preciso
flexibilizar o tempo junto a outras atividades.
Em tempos pandêmicos, todos
precisamos de várias atividades para manter a saúde mental, a imaginação e a
criatividade. De novo, uma palavra comum para isso: sobrevivência.
Estamos outra vez falando sobre a responsabilidade dos responsáveis e da escola
no desenvolvimento infantil, principalmente quando o COM-TATO socializador não
pode ser realizado.
Cada faixa etária precisa de
organização para o acesso e uso das diferentes telas, jogos e atividades
lúdicas. Que tempo, tela, jogo ou atividade acontecerá num dia ou na semana das
crianças e dos adolescentes dependem da dinâmica e do interesse familiar. Em
algumas leituras, nós encontramos tempos de tela recomendados como:
ð Crianças entre 6 e 10
anos: no máximo 2 horas por dia;
ð Adolescentes entre 11
e 18 anos: até 3 horas diárias e aconselha-se nunca “virar a noite”.
Mas o melhor é observar seus jovens e determinar ações
mais adequadas, como por exemplo: comer com a família; acessar jogos depois dos
deveres de casa; tempo de acesso à noite; incentivar saída com amigos ou
visitas à familiares; brincar na rua; ler; fazer uma atividade física ou
esporte. E principalmente, quando puder, pais ou responsáveis devem estar junto
nos jogos, brincadeiras ou atividades intelectuais.
Responsável, você é a
melhor tela para seus filhos!
Prof.ª Ms. Claudia Nunes (01.07.2021)
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