Sancha estava
revendo o filme o ‘Silêncio dos Inocentes’ e ficou intrigada com essa
expressão. Nos tempos atuais, essa é uma expressão sem sentido. Hoje vale a
pena fazer barulhos para ecoar palavras, argumentos e desejos. Estar em paz de
corpo e alma não tem preço, mas hoje, em que tomamos diversas tarjas pretas,
não queremos tanta inércia ou concordância; queremos mudanças para chegar à paz
desejada. E para isso o silencio não tem inocência; ele tem valor, vontade,
emoção, expressão, enfim é a esperança de um novo tempo sem ilusões de ótica.
O silencio fomenta
a culpa, o arrependimento, o descontrole, a tristeza e muita ansiedade.
Reconhecemos que quando se quer o controle de tudo, não se tem o controle de
nada; mas certos acontecimentos, ações e emoções precisam de sérios limites e
um bom final; senão corremos o perigo de naturalizar nossa primitividade em
todos os setores da vida.
Sancha vivia altos
e baixos emocionais e sociais; mas tinha que escolher como lidar com tudo e,
principalmente, consigo mesmo. Segundo sua mãe, havia duas opções básicas:
aprender com a dor ou com o amor. Ambos trariam consequências e devemos estar
preparados para vive-las, afinal é preciso responsabilidade ao mexer com os
barulhos alheios.
Diante do filme,
uma certeza: de qualquer jeito, diante de tantos sustos ou desafios, a vida
representa sempre um copo meio cheio. Sempre meio cheio. Então nada de
silêncio, vamos ao ritmo das ondas... e algumas serão perfeitas, bem perfeitas,
com certeza.
Prof.ª
Claudia Nunes (08.05.2021)
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