Para viver uma vida moderninha, temos que
aceitar os silêncios. Silencio é uma luz no fim do túnel e uma sombra na noite
escura. Nosso olhar é ativado por muitas cores e sons; mas é o silencio que
fala mais alto. Cores e sons berrantes são monstros e obstáculos que nos
atravessam sem nosso controle; e o silencio pode nos proteger / defender.
Dentro do tempo, os sentimentos, as estações e os devidos silêncios. Bom ou
ruim? Não há qualidade, pois ambas são necessárias. Silencio e relaxamento são
para poucos: é preciso ouvi-los. Não tem jeito. O momento do silencio só é real
se soubermos delimita-lo e vive-lo. É o espaço entre o barulho e o barulho. É
meio de caminho. É suspensão dos sentidos, pelo menos, para se viver um
pensamento e uma atitude. É um começo de uma nova vida. É fácil? Não! No mundo
moderno, o silencio é estranheza e uma prisão: nós precisamos, mas não sabemos
faze-lo. Ele é livre: surge no inesperado. E o inesperado acontece quando tudo
é como é. No silencio do absoluto, o incomodo do tempo. Inútil agitar-se para
provar algo, correr atrás de sucessos ilusórios ou tentar agarrar a cauda dos
cometas. É respirar, saborear a brisa e recuperar a calma perdida. E só
lembrando: silencio é o barulho que negamos em tempo integral. Não seja
distraído. O silencio é outra maneira de atravessar nossos sentidos e, por
isso, é um animal à espreita. Cuidado!
Prof.ª
Ms. Claudia Nunes (18.07.2021)
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