Há sempre o risco
de perder: eu aprendi. Mesmo nos livros de literatura, a chave magica sempre se
esconde em locais cujo risco é necessário para se ter gosto na conquista. Então
o jeito é saber respirar, sentir, pensar e agir sem sufoco, sem lugar marcado e
sem correria inútil. Assim é a vida. Não adianta sacudir a poeira quando não se
sabe o que fazer com o momento seguinte. Assim Sancha pesava os riscos dos seus
pensamentos. Ela aprendera a respirar para se equilibrar; mas sobreviver não
era só isso. Sobreviver era o risco do sucesso, da paz e da liberdade. As vezes
ficara tão ocupada que não percebera que a vida não tinha edições. Sancha
pesava sua mania de perfeição. Era seu erro e sua inconveniência. Era sua
defesa e seu maior prazer. Um mundo esperava dela uma volúpia que ela nunca
pensara viver: era um risco grande. Sancha pesava o risco da paciência. Nunca
teve esse superpoder, porém o reconhecia como preciosidade, senão a morte em
vida seria um fato. Sancha pesava sentidos e pensamentos. Tempo sem pressa.
Tempo de histórias. Tempo de noites quase sem fim. Quando se falha na
imaginação, é importante invocar sonhos e necessidades sem pés no chão. Depois
de um dia inteiro, sem rumo, dentro da própria casa, Sancha aprendeu a perder e
se guardou para outra oportunidade. É a hora de outra pessoa voar aos ‘mares
nunca dante navegados”, de nariz em pé e bom dinheiro no bolso. Que risco...
Prof.ª
Claudia Nunes (18.05.2021)
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