quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

GAZZANIGA e meus pensamentos


Neurociência cognitiva: campo em ascensão. Neurônios mudando seu papel funcional de acordo com os estímulos ao longo do tempo. Diferentes formas de decisões e de comportamentos, rastreados no cérebro, são indicativas do alcance e da excitação da capacidade cognitiva. Ciência em pesquisa constante: será que temos um cérebro mágico? Cérebro e mente em confluência e alterando tudo o que, num momento, é reconhecido como certo / certeza. E nessa onda saltitante continuamos evoluindo, nos superando e também descartando de tudo um pouco. A ciência cria um padrão de crescimento, desenvolvimento e maturação cerebral (dinâmico) que se torna específico e fixo, em um momento. Mas nós, os seres vivos humanos, no momento seguinte, mostramos que padrões não são parte do nosso show da vida. As experiências promovem mudanças nas estruturas cerebrais, nas dinâmicas das conexões neuronais e, lógico, nos comportamentos, principalmente, emocionais. O que move a ciência a continuar pesquisando ou a rever alguns conceitos? A plasticidade do sistema nervoso humano. Esta capacidade de mudança constante e ‘imparável’ causa respostas comportamentais surpreendentes, enquanto o humano se desenvolve e convive. A plasticidade cerebral é uma ousadia e um xeque-mate contínuo, por exemplo, aos paradigmas relacionados à vida humana. Importante: compreender como as funções cognitivas em funcionamento sinérgico, principalmente, as superiores, incorporam novas performances ao ‘jeito de ser’ ser vivo humano também entre iguais. Atenção então aos avanços tecnológicos que favorecem todas as leituras, as escritas e as pesquisas neurocientíficas. Sugestão: estudem o tema ‘neurociência cognitiva da atenção e da memória’. Pesquisas indicam que áreas antes consideradas apenas de funções motoras realmente contêm circuitos relacionados às funções executivas e límbicas, e isso dá complexidade a distinção entre cognição e processos motores. Por outro lado, a pesquisa sobre a memória está fornecendo grandes insights sobre como os humanos imaginam eventos futuros. E, novos modelos de reconsolidação e recuperação estão surgindo, oferecendo ideias de que diferenças individuais nos padrões de ativação cortical durante diferentes episódios trazem uma recuperação inusitada forçando uma reavaliação cuidadosa dos princípios centrais da análise da imagem funcional. É necessário lembrar, dentre outros itens relacionados ao movimento plástico do cérebro, que estímulos e emoções (sempre fisiológicas), são os maiores responsáveis pelas respostas comportamentais cognitivas e físicas. Fique atento, pois ninguém terá a mesma dinâmica neuronal quando passa por determinadas situações com ou como você. Respeite a natureza de cada um.

 

Referencia:

GAZZANIGA, Michael S. Preface. In. The Neurocienca Cognitives. 4ª edition. England: institute de Technology, 2009.

 

Prof.ª Claudia Nunes (01.05.2021)

Nenhum comentário:

Nada nunca é igual

  Nada nunca é igual   Enquanto os dias passam, eu reflito: nada nunca é igual. Não existe repetição. Não precisa haver morte ou decepçã...