Um dos aspectos
básicos do destino é o caráter. Somos o inevitável caráter que construímos e
assumimos ao longo das convivências e do crescimento. Destino. Eis a palavra
mais difícil. Destino como ausência de certeza e uma sensação de vazio. Destino
não tem pés ou lar. É a roda da fortuna de desejos e muitos sonhos. Destino:
nada a ver com sorte. Destino é trabalho. É a vida sendo talhada ou garimpada
sem cessar. Destino é a busca do ouro, da força e do sucesso. Sancha pensava
nisso. Qual seria seu destino? Em nova vida, qual seria eu destino? Descartada
a morte, seu tempo de vida tinha apenas uma direção e uma ação: em frente em
passadas calmas e contínuas. Sancha aceitava uma predestinação: o agora. Seu
destino era agora reconhecendo a presença das Moiras e suas decisões bipolares
e repentinas. Fora da zona do caos, ela tinha que se controlar e começar uma
história todo dia. O futuro tinha parceria: um fio dos instantes cheios de
agora. Sancha tinha que ser feminina e tecer uma hora de cada vez, em voltas
como um carretel. Horas de julgamento, vinganças, equilíbrios e ventos fortes.
Horas para fiar, mediar e se transformar fatos diários. Horas que mudam seu
teor e consistência. Horas que mudam o destino, mesmo tendo várias habilidades.
Sancha, nessas horas, precisava de limites. Tudo tão embaraçoso e complexo. É o
ciclo da vida, do tempo e da força. Agora, de pernas para cima, Sancha se
envolvia em planejamentos, focos, intenções e rigorosa necessidade de ser
prioridade. Destino é isso: o inevitável peso do instantâneo agora. “Que venha
o mundo!”.
Prof.ª
Ms. Claudia Nunes (12.05.2021)
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