De tempos em
tempos, ou mudamos ou mudamos. O problema é que mudar parece ser um ato que vem
do outro. Engano! Sancha estava aprendendo. Seus amigos lhe avisaram: cuidado,
a vida tem seu preço. Era importante agir como quem não precisa partir ou
voltar. Era importante ir e vir sem perder ou destruir. Sancha se perdia nessas
horas: ela só sabia viver etapas, sem tentáculos. Ela tinha medo dos longos
tempos afetivos. Sua vida então tinha despedidas demais e isso fora um
aprendizado. Medos dos espaços vazios, dos novos objetivos, dos outros olhares
e das tantas chegadas: tudo sombreava seu coração; nunca sua razão. Sancha
tinha medos e uma força: sabia se proteger. Diante de um mundo cheio de
invasões, era preciso ter cuidado com o corpo, a mente e as emoções. Amigos
diziam: “mesmo assim agradeça”. Difícil. Sem querer o luto deu a Sancha uma
surra de sentimentos. Evoluir, agradecer, fluir, celebrar, entender e aprender:
como? Os amigos a convenceram: “hora de mergulhar em si; aceitar furacões e
tempestades; e vibrar em redemoinhos controlados apenas pelo desejo de viver.
Não precisa ser feliz, isso está no processo, apenas aceite que viver é se
permitir se espalhar com uma única mala: sua essência. Afinal, dela só você
sabe.” É isso! Seja o que for na eternidade do agora é ‘o agora’ sua melhor opção.
Prof.ª
Claudia Nunes (05.05.2021)
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