quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

SANCHA sem medo


De tempos em tempos, ou mudamos ou mudamos. O problema é que mudar parece ser um ato que vem do outro. Engano! Sancha estava aprendendo. Seus amigos lhe avisaram: cuidado, a vida tem seu preço. Era importante agir como quem não precisa partir ou voltar. Era importante ir e vir sem perder ou destruir. Sancha se perdia nessas horas: ela só sabia viver etapas, sem tentáculos. Ela tinha medo dos longos tempos afetivos. Sua vida então tinha despedidas demais e isso fora um aprendizado. Medos dos espaços vazios, dos novos objetivos, dos outros olhares e das tantas chegadas: tudo sombreava seu coração; nunca sua razão. Sancha tinha medos e uma força: sabia se proteger. Diante de um mundo cheio de invasões, era preciso ter cuidado com o corpo, a mente e as emoções. Amigos diziam: “mesmo assim agradeça”. Difícil. Sem querer o luto deu a Sancha uma surra de sentimentos. Evoluir, agradecer, fluir, celebrar, entender e aprender: como? Os amigos a convenceram: “hora de mergulhar em si; aceitar furacões e tempestades; e vibrar em redemoinhos controlados apenas pelo desejo de viver. Não precisa ser feliz, isso está no processo, apenas aceite que viver é se permitir se espalhar com uma única mala: sua essência. Afinal, dela só você sabe.” É isso! Seja o que for na eternidade do agora é ‘o agora’ sua melhor opção.

 

Prof.ª Claudia Nunes (05.05.2021)

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